Modelos de percepção do tempo: um novo paradigma para o fisioterapeuta
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v17i2.204Resumo
A percepção do tempo é subjetiva e relativa, além de modulada por aspectos neurofuncionais como a emoção, memória e atenção, e está alterada em algumas patologias neuropsiquiátricas. Entretanto, ainda existe muita discussão sobre quais modelos de percepção do tempo são mais aceitáveis e como estão envolvidos nas doenças neurológicas. Desse modo, o conhecimento do fisioterapeuta sobre a percepção do tempo e seus modelos é um fator que pode direcionar ao tratamento do paciente, pois há uma ativação de áreas corticais na percepção do tempo que também são envolvidas na motricidade. Um modelo geral de processamento de informação temporal deve comportar um oscilador, acumulador e comparador dos dados obtidos com a memória. No entanto, as bases neurofisiológicas dos mecanismos de percepção do tempo ainda não são totalmente determinadas, existindo modelos que apontam a existência de um mecanismo neural único ou a de vários dispositivos especializados em diferentes escalas. Embora as mudanças na percepção do tempo não caracterizem uma doença, diversos comprometimentos neurológicos podem acometer a percepção temporal. Apesar dos esforços não se pode concluir sobre quais áreas desempenham a função temporizadora, apenas inferir por meio de experimentos realizados em animais e humanos.
Palavras-chave: percepção do tempo, doença de Parkinson, neuroanatomia, neurofisiologia.
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