A atuação da fisioterapia na fase I da reabilitação cardí­aca após infarto agudo de miocárdio

Autores

  • Felipe Moreira Benega Alves FAPI
  • Vânia Cristina dos Reis Miranda FAPI
  • Wendry Maria Paixão Pereira FAPI
  • Karla Garcez Cusmanich UNITAU
  • Elaine Cristina Martinez Teodoro FAPI

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i3.2436

Resumo

Objetivo: Entender o perfil do paciente após o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e verificar as diferentes abordagens e realizações de condutas fisioterapêuticas presentes na fase I do programa de reabilitação cardí­aca para pacientes após o IAM. Método: Trata-se de um estudo de revisão, o qual foi realizado na Fundação Universitária Vida Cristã (FUNVIC). A busca dos artigos foi realizada no perí­odo de 01/2015 a 02/2018, e foram utilizados artigos em português, espanhol, inglês e italiano de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, e nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e Pedro, publicados entre os anos de 2002 a 2018. Para a construção do trabalho foram incluí­dos estudos que estivessem disponí­veis na í­ntegra, em que a população-alvo da pesquisa fosse composta por indiví­duos que foram diagnosticados com IAM e incluí­dos em algum protocolo de tratamento de reabilitação cardí­aca em âmbito hospitalar para dar iní­cio a fase I. Resultados: Foram encontrados 44 artigos cientí­ficos, dos quais 16 estavam de acordo com os critérios de inclusão previamente estabelecidos para a revisão e 28 foram excluí­dos. Os artigos inclusos nesta revisão foram publicados em periódicos nacionais e internacionais em português, espanhol, inglês e italiano entre os anos de 2008 a 2018, e foram agrupados em categorias que abordavam autor, ano de publicação, método, objetivo, protocolo e resultado. Após o estudo dos artigos, os mesmos demonstraram que a fase I de reabilitação cardí­aca pode ser dividida em três estágios. A intensidade do programa de exercí­cio é considerada importante, porém é uma variável subjetiva, visto que se utiliza um í­ndice quantitativo, sendo esta a escala de esforço percebida denominada Borg, também por meio do Equivalente Metabólico (MET) ou a classificação de incrementos fixos nos valores de aumentos da frequência cardí­aca, como 30 batimentos por minuto (bpm) para pacientes infartados ou 20 bpm para pacientes após cirurgias cardí­acas, com um programa de duração de aproximadamente 20 minutos que pode ser constituí­do por exercí­cios cinesioterapêuticos de baixa intensidade e exercí­cios respiratórios. Conclusão: São evidentes os benefí­cios das intervenções e condutas fisioterapêuticas instituí­das e adequadas em pacientes internados e submetidos í  reabilitação cardí­aca após o IAM, por contribuir para com a sua melhora tanto fí­sica, por meio da mobilidade, força muscular e realização de atividades diárias, como psicossocial por meio da reintegração í  sociedade.

Palavras-chave: infarto do miocárdio, coração, exercí­cio, reabilitação, Fisioterapia.

Biografia do Autor

Felipe Moreira Benega Alves, FAPI

Estudante do Curso de Fisioterapia, Fundação Universitária Vida Cristã (FUNVIC), Faculdade de Pindamonhangaba (FAPI), Pindamonhangaba/SP

Vânia Cristina dos Reis Miranda, FAPI

Ft., D.Sc., Professora Curso de Fisioterapia da FUNVIC, FAPI, Pindamonhangaba/SP

Wendry Maria Paixão Pereira, FAPI

Ft., D.Sc., Professora Curso de Fisioterapia da FUNVIC, FAPI, Pindamonhangaba/SP

Karla Garcez Cusmanich, UNITAU

Ft., M.Sc., Professora Curso de Fisioterapia da Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté/SP

Elaine Cristina Martinez Teodoro, FAPI

Ft., D.Sc., Professora Curso de Fisioterapia da FUNVIC, FAPI, Pindamonhangaba/SP

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Publicado

2018-07-13