A atuação da fisioterapia na fase I da reabilitação cardíaca após infarto agudo de miocárdio
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v19i3.2436Abstract
Objetivo: Entender o perfil do paciente após o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e verificar as diferentes abordagens e realizações de condutas fisioterapêuticas presentes na fase I do programa de reabilitação cardíaca para pacientes após o IAM. Método: Trata-se de um estudo de revisão, o qual foi realizado na Fundação Universitária Vida Cristã (FUNVIC). A busca dos artigos foi realizada no período de 01/2015 a 02/2018, e foram utilizados artigos em português, espanhol, inglês e italiano de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, e nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e Pedro, publicados entre os anos de 2002 a 2018. Para a construção do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, em que a população-alvo da pesquisa fosse composta por indivíduos que foram diagnosticados com IAM e incluídos em algum protocolo de tratamento de reabilitação cardíaca em âmbito hospitalar para dar início a fase I. Resultados: Foram encontrados 44 artigos científicos, dos quais 16 estavam de acordo com os critérios de inclusão previamente estabelecidos para a revisão e 28 foram excluídos. Os artigos inclusos nesta revisão foram publicados em periódicos nacionais e internacionais em português, espanhol, inglês e italiano entre os anos de 2008 a 2018, e foram agrupados em categorias que abordavam autor, ano de publicação, método, objetivo, protocolo e resultado. Após o estudo dos artigos, os mesmos demonstraram que a fase I de reabilitação cardíaca pode ser dividida em três estágios. A intensidade do programa de exercício é considerada importante, porém é uma variável subjetiva, visto que se utiliza um índice quantitativo, sendo esta a escala de esforço percebida denominada Borg, também por meio do Equivalente Metabólico (MET) ou a classificação de incrementos fixos nos valores de aumentos da frequência cardíaca, como 30 batimentos por minuto (bpm) para pacientes infartados ou 20 bpm para pacientes após cirurgias cardíacas, com um programa de duração de aproximadamente 20 minutos que pode ser constituído por exercícios cinesioterapêuticos de baixa intensidade e exercícios respiratórios. Conclusão: São evidentes os benefícios das intervenções e condutas fisioterapêuticas instituídas e adequadas em pacientes internados e submetidos í reabilitação cardíaca após o IAM, por contribuir para com a sua melhora tanto física, por meio da mobilidade, força muscular e realização de atividades diárias, como psicossocial por meio da reintegração í sociedade.
Palavras-chave: infarto do miocárdio, coração, exercício, reabilitação, Fisioterapia.
References
Steg G, James SJ, Atar D, Badano LP,Lundqvist CB, Borger MA. ESC guidelines for the management of acute myocardial infarction in patients presenting wit ST – segment elevation: The task force on the management of ST – segment elevation acute myocardial infarction of the European Society of Cardiology (ESC). EHJ 2012;33(20):2569-619.
Yeh RW, Sidney S, Chandra M, Sorel M, Selby JV, Go AS. Population trends in the incidence and outcomes of acute myocardial infarction. N Engl J Med 2010;362:2155-65.
Anzai T, Ogawa S. Key points and pitfalls in electrocardiographic diagnosis of acute myocardial infarction. JMAJ 2002;45(4):135-79.
Reed GW, Rossi JE, Cannon CP. Acute myocardial infarction. Lancet 2017;389(10065):197-210.
American Heart Association. 2015; [citado 2015 Oct 5]. DisponÃvel em: http://www.heart.org/HEARTORG/Conditions/HeartAttack/AboutHeartAttacks/About-Heart-Attacks_UCM_002038_Article.jsp
Nonogi H. Complications of Acute Myocardial Infarction. JAMAJ 2002;45(4):149-54.
Piotrowics R, Jadwiga W. Cardiac rehabilitation following myocardial infarction. Cardiol J 2008;15(5):481-7.
Roseli E, Dallazen F, Beerbaum A, Cristina J, Windmoller P. Analysis of steps adapted protocol in cardiac rehabilitation in the hospital phase. Braz J Cardiovasc Surg 2015;30(1):40-8.
University of Ottawa- Heart Institute. 2013. [citado 2015 Oct 12]. DisponÃvel em: http://www.ottawaheart.ca/patients_family/inpatient-program.htm
Nebraska Medicine. [citado 2015 Oct 12]. DisponÃvel em: http://www.nebraskamed.com/heart/cardiac-rehab/in-patient
Witt B, Jacobsen Steven, Weston S, Killian J, Meverden R, Allison T et al. Cardiac rehabilitation after myocardial infarction in the community. J Am Coll Cardiol 2004;44(5):987-6.
Nanette K. Current status of cardiac rehabilitation. J Am Coll Cardiol 2008;51(17):1619-31.
Macedo R, Faria J, Costantini C, Casali D, Muller A, Costantini R et al. Phase I of cardiac rehabilitation: A new challenge for evidence based physiotherapy. World J Cardiol 2011;3(7):248-55.
GarcÃa S, Oquendo J, Estany E. Hospitalization phase of cardiac rehabilitation: protocol for acute coronary syndrome. CorSalud 2014;6(1):97-104.
Babu A, Noone M, Hannef M, Naryanan S. Protocol-Guided phase 1 cardiac rehabilitation in patients with ST-elevation myocardial infarction in a rural hospital. Heart Views 2010;11(2):52-56.
Ghisi GM, Chaves GS, Loures JB, Britto RR, Corrêa UA. Hábitos de vida socioeconômico de pacientes atendidos em um serviço de reabilitação. Assobrafir Ciência 2017;8(2):195-226.
Avezum Junior A, Feldman A, Carvalho AC, Sousa AC, Mansur A de P, Bozza AE, et al. [V Guideline of the Brazilian Society of Cardiology on Acute Myocardial Infarction Treatment with ST Segment Elevation]. Arq Bras Cardiol 2015;105(2Suppl1):1-105.
Chagas AM, Silva YM, Alencar AM. Reabilitação cardÃaca fase I: uma revisão sistemática. 2016;7(3):51-60.
Neves MS, Oliveira MF. Reabilitação cardÃaca precoce em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio. Rev Fac Ciênc Méd Sorocaba 2017;19(3):105-10.
Gadéa SF, Rodrigues M, Silva GC, Junior EA. Reabilitação cardÃaca após infarto agudo do miocárdio (IAM): uma revisão sistemática. Revista Ciência 2017;1(5).
Alvarez RB, Maia AB, Turienzo TT, Souza CA, Aquino FA, Barbosa ML. Prescrição de exercÃcios fÃsicos para cardiopatas. UNILUS 2014;11(25):39-45.
Hiss MD, Neves VR, Hiss FC, Silva E, Silva A, Catai AM. Segurança da intervenção fisioterápica precoce após o infarto agudo do miocárdio. Fisioter Mov 2012;25(1):153-63.
Oliveira MF, Zanussi G, Sprovieri B, Lobo DM, Mastrocolla LE, Umeda II et al. Alternatives to aerobic exercise prescription in patients with chronic heart failure. Arq Bras Cardiol 2016;106(2):97-104.
Peixoto TC, Begot I, Bolzan DW, Machado L, Reis MS, Papa V, et al. Early exercise-based rehabilitation improves health-related quality of life and functional capacity after acute myocardial infarction: a randomized controlled trial. Can J Cardiol 2015;31(3):308-13.
Umeda IIK, Ramos RF, Meneghelo RS, Ferraz AS. Teste de caminhada de seis minutos após infarto agudo do miocárdio: comparação com teste ergométrico. Rev Soc Cardiol Estado São Paulo 2015;25(3):93-7.
Ravagnani CF, Melo FC, Burini FH, Burini RC. Estimativa do equivalente metabólico (MET) de um protocolo de exercÃcios fÃsicos baseada na colorimetria indireta. Rev Bras Med Sporte 2013;19(2):134-138.
Acevedo M, Varleta P. Exámenes diagnósticos cardiovasculares: ¿diferencias de género en su interpretación? Rev Colomb Cardiol 2018;25(S1):66-72.
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.