Caracterização de policiais militares que sofreram acidente vascular encefálico atendidos no Centro de Reabilitação da Policia Militar

Autores

  • Angelica Castilho Alonso USP
  • Carlos Bandeira de Mello Monteiro USP
  • Paulo Roberto Garcia Lucareli Universidade Nove de Julho

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v15i1.305

Resumo

Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma alteração neurológica com grande impacto dentre as doenças de maior incapacidade, não só no aspecto fí­sico, mas também no aspecto social. Após a instalação da doença, o grau de dependência do indiví­duo pode vir a causar um grande problema socioeconômico. Objetivo: Caracterizar os policiais militares (PM) que sofreram AVE, atendidos no setor neurológico do Centro de Reabilitação da Policia Militar do Estado de São Paulo (CRPMESP). Métodos: Foi realizada uma seleção de 85 prontuários, com diagnóstico médico de AVE, de PM atendidos no setor neurológico entre janeiro de 2007 e agosto de 2011 do Serviço de Arquivamento Médico e Estatí­stica (SAME) do CRPMESP. Foram excluí­dos da seleção os prontuários que apresentavam dados incompletos nas fichas de avaliação, tanto médica quanto da fisioterapia. Conclusão: Este estudo demonstra que a população dos pacientes policiais militares atendidos no CRPMESP e com diagnóstico de AVE são indiví­duos do gênero masculino, idosos, casados e crônicos em sua incapacidade. Os PM com diagnóstico de AVE necessitam de um elevado tempo de tratamento com a exigência de uma equipe multidisciplinar para assessorá-los. Apresentam fatores determinantes para a instalação do AVE, assim como doenças pregressas associadas e estilo de vida inadequado, sendo o sedentarismo, tabagismo e o etilismo fatores com maior presença entre os policiais nessas condições.

Palavras-chave: acidente vascular encefálico, Policia Militar, prevalência, prevenção.

Biografia do Autor

Angelica Castilho Alonso, USP

Profissional da Educação Fí­sica e Fisioterapeuta, Doutoranda em Ciências pelo Departamento de Fisiopatologia Experimental – FMUSP e pesquisadora do laboratório do Estudo do Movimento- LEM-IOT-HC-FMUSP, São Paulo – SP

Carlos Bandeira de Mello Monteiro, USP

D.Sc., Profissional da Educação Fí­sica e Fisioterapeuta, professor do Curso de Ciências da Atividade Fí­sica da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP)

Paulo Roberto Garcia Lucareli, Universidade Nove de Julho

Professor do departamento de pós-graduação de ciências da reabilitação e do Laboratório de Estudos do Movimento da Universidade Nove de Julho  

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Publicado

2016-07-05

Edição

Seção

Artigos originais