Reabilitação abdominal no pós-parto
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i3.3368Palavras-chave:
reabilitação, fisioterapia, músculos abdominais, pós-parto, puerpérioResumo
Diversos processos fisiológicos, bem como alterações viscerais e osteomioarticulares, ocorrem durante a gestação e o parto e impactam de forma significativa o organismo feminino. A expansão do útero afeta a forma do abdome e a geometria dos músculos abdominais, os pesos do útero gravídico aumentam a pressão sobre a musculatura do assoalho pélvico com repercussões estéticas e funcionais. Objetivo: Revisar sistematicamente os estudos publicados nos últimos 10 anos a respeito das técnicas de reabilitação abdominal no pós-parto. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, no período compreendido entre os anos de 2009 e 2019, nas bases de dados eletrônicas PubMed, BVS, Science Direct, PEDro. Resultados: Houve uma grande variabilidade em relação às intervenções utilizadas e aos desfechos analisados, sendo verificado estudos sobre flacidez abdominal, fibro edema gelóide, incontinência urinária persistente e tratamento para diástase do reto abdominal (DRA). Conclusão: De acordo com os resultados obtidos no presente estudo e baseados em estudos anteriores, conclui-se que os exercícios abdominais não apresentam mudança significativa para tratamento de IU; são necessários mais estudos para analisar quais tipos de exercícios são eficazes para tratamento de DRA; o aparelho que combina radiofrequência, infravermelho, massagem mecânica e endermologia tem influência positiva no tratamento de flacidez abdominal, fibro edema gelóide e lipodistrofia localizada.
Referências
Michalska A, Rokita W, Wolder D. Diastasis recti abdominis - a review of treatment methods. Ginekol Pol 2018;89:97. doi: 10.5603/gp.a2018.0016
Rett MT, Araújo FR, Rocha I, Silva RA. Diastasis of rectus abdominal muscle immediately postpartum of primiparous and multiparous after vaginal delivery. Fisioter Pesq 2012;19(3):236-241. doi: 10.1590/s1809-29502012000300008
Deering R, Pashibin T, Cruz M, Hunter SK, Hoeger Bement M. Impaired trunk flexor strenght, fatigability, and steandiness in postpartum women. Med Sci Sports Exerc 2018;50(8):1558-69. doi: 10.3389/fphys.2019.00315
Bim CR, Perego AL. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. Iniciação Científica Cesumar 2002;4(1):57-61.
Brightman L, Weiss E, Chapas AM, Karen J, Hale E et al. Improvement in arm and post-partum abdominal and flank subcutaneous fat deposits and skin laxity using a bipolar radiofrequency, infrared, vacuum and mechanical massage device. Lasers in Surgery and Medicine 2009;41(10):791-8. doi: 10.1002/lsm.20872
Winter ML. Post-pregnancy body contouring using a combined radiofrequency, infrared light and tissue manipulation device. J Cosmet Laser Ther 2009;11(4):229-35. doi: 10.3109/14764170903134334
Gunderson EP, Abrams B. Epidemiology of gestational weight gain and body weight changes after pregnancy. Epidemiol Rev 2000;(22)261-74. doi: 10.1093/oxfordjournals.epirev.a018038
Dumoulin C, Bourbonnais D, Morin M, Gravel D, Lemieux MC. Predictors of success for physiotherapy treatment in women with persistent postpartum stress urinary incontinence. Arch Phys Med Rehabil 2010;91(7):1059-63. doi: 10.1016/j.apmr.2010.03.006
Dumoulin C, Martin C, Elliott V, Bourbonnais D, Morin M, Lemieux MC et al. Randomized controlled trial of physiotherapy for postpartum stress incontinence: 7-year follow-up. Neurourol Urodyn 2013;32(5):449-54. doi: 10.1002/nau.22330
Gluppe SL, Hilde G, Tennfjord MK, Engh ME, Bø K. Effect of a postpartum training program on the prevalence of diastasis recti abdominis in postpartum primiparous women: a randomized controlled trial. Phys Ther 2018;98:260. doi: 10.1093/ptj/pzy008
Bobowik PZ, Dąbek A. Physiotherapy in women with diastasis of the rectus abdominis muscles. Advances in Rehabilitation 2018(3):11-8. doi: 10.5114/areh.2018.80964
Díaz F, Fuentes DM, Rivadeneira RA, Acuña PL. Prevalencia de incontinencia urinaria en el posparto. Rev Cubana Obstet Ginecol 2017;43(2):111. Disponível em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0138-600X2017000200008&lng=es
Borges FS, Valentin EC. Tratamento da flacidez e diástase do reto-abdominal no puerpério de parto normal com o uso de eletroestimulação muscular com corrente de média frequência - estudo de caso. Rev Bras Fisioter Dermato-Funcional 2002;1(1):1-8.
Kendall FP. Músculos: provas e funções. 4.ed. São Paulo: Manole; 1995.
Downs S, Black N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomised and non-randomised studies of health care interventions. J Epidemiol Community Health 1998;52(6):377-84. doi: 10.1136/jech.52.6.377
Bento T. Revisões sistemáticas em desporto e saúde: Orientações para o planeamento, elaboração, redação e avaliação. Motricidade 2014;10(2):107-23. doi: 10.6063/motricidade.10(2).3699
Prisma Statement.Prisma: Transparent reporting of systematic reviews and meta-analyses. 2009. Disponível em: http://www.prisma-statement.org/PRISMAStatement/FlowDiagram.
Duarte A, Meija D. A utilização da Radiofrequência como técnica de tratamento da flacidez corporal [TCC]. Goiânia: Faculdade Ávila; 2012. p 1-11.
Borges FS. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas: dermato-funcional. São Paulo: Phorte; 2006.
Machado A, Nogueira A, Leão L, Santos B, Pinheiro L, Oliveira S. Benefícios da massagem modeladora na lipodistrofia localizada. Rev Psic 2017;11(15):542-55. doi: 10.14295/idonline.v11i35.741
Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell SJ, Jull GA. Co-activation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises. Neurourol Urodyn 2001;20(1):31–42. doi: 10.1002/1520-6777(2001)20:1<31::aid-nau5>3.0.co;2-p
Bø K, Sherburn, M, Allen T. Transabdominal ultrasound measurement of pelvic floor muscle activity when activated directly or via a transversus abdominis muscle contraction. Neurourol Urodyn 2003;22(6):582-8. doi: 10.1002/nau.10139
Korelo RIG, Kosiba CR, Grecco L, Matos RA. Influência do fortalecimento abdominal na função perineal, associado ou não a orientação de contração do assoalho pélvico, em nulíparas. Fisioter Mov 2011;24:75-85. doi: 10.1590/s0103-51502011000100009
Pereira LC, Botelho S, Marques J, Amorim CF, Lanza AH, Palma P, Riccetto C. Are transversus abdominis/oblique internal and pelvic floor muscles coactivated during pregnancy and postpartum? Neurourol Urodyn 2013;32(5):416-19. doi: 10.1002/nau.22315
Ferla L, Darski C, Paiva LL, Sbruzzi G, Vieira A. Synergism between abdominal and pelvic floor muscle in healthy women: systematic review of observational studies. Fisioter Mov 2016;29(2):399-410. doi: 10.1590/0103-5150.029.002.ao19
Theodorsen NM, Strand LI, Bø K. Effect of pelvic floor and transversus abdominis muscle contraction on inter-rectus distance in postpartum women: a cross- sectional experimental study. Physiotherapy (United Kingdom) 2019;6-11. doi: 10.1016/j.physio.2018.08.009
Sancho MF, Pascoal AG, Mota P, Bø K. Abdominal exercises affect inter-rectus distance in postpartum women: A two-dimensional ultrasound study. Physiotherapy (United Kingdom) 2015;101(3):286-91. doi: 10.1016/j.physio.2015.04.004
Leite AC, Araújo K. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Fisioter Mov 2012;25(2):389-97. doi: 10.1590/s0103-51502012000200017
Benjamin DR, van de Water ATM, Peiris CL. Effects of exercise on diastasis of the rectus abdominis muscle in the antenatal and postnatal periods: a systematic review. Physiotherapy 2014;100(1):1e8. doi: 10.1016/j.physio.2013.08.005
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Deborah Gonçalves Dornelles Correa, Magda Patrícia Furlanetto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.