Perfil eletromiográfico do assoalho pélvico de bailarinas de dança do ventre
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i6.4207Palavras-chave:
dança, diafragma pélvico, eletromiografiaResumo
Introdução: Sabe-se a importância da fisioterapia na recuperação e prevenção das disfunções do assoalho pélvico, e a dança do ventre é reconhecida por atuar nesta musculatura. Objetivo: Investigar a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico a partir de eletromiografia em bailarinas de dança do ventre. Material e métodos: Foram avaliadas mulheres de 18 a 35 anos de idade, praticantes de dança do ventre há pelo menos dois anos, comparadas a mulheres não praticantes. Foram analisados parâmetros eletromiográficos para as fibras tônicas e fásicas durante a contração e o repouso. Os valores percentuais foram obtidos a partir do pico de contração voluntária máxima. Resultados: Verificou-se significância estatística na ativação muscular das fibras fásicas durante a contração e em repouso das mulheres que praticam dança do ventre mais de duas vezes na semana. Conclusão: Os achados sugerem que a prática regular da dança do ventre apresenta menor ativação de fibras fásicas tanto durante a contração quanto no repouso comparado ao grupo de mulheres não praticantes. Torna-se necessária a associação de programas de treinamento de fibras fásicas a fim de evitar, em longo prazo, prejuízos em relação à força muscular, à agilidade e às funções geniturinárias.
Referências
Bencardini P. Dança do ventre ciência e arte: estudo da dança do ventre. São Paulo: Textonovo; 2002.
Ribas C, Haas A, Gonçalves A. A influência da dança do ventre na imagem corporal de mulheres. Efdeportes.com 2013;17(178).
Reis A. O feminino na dança do ventre: uma análise histórica sob uma perspectiva de gênero. Divers@ Revista Eletrônica Interdisciplinar 2008;1(1):52-67. doi: 10.5380/diver.v1i1.34038
Soares A. O desenvolvimento dança do ventre em Porto Alegre de 1999 a 2012. In: Congresso da associação brasileira de pesquisa e pós-graduação em artes cênicas, 7, porto alegre. Anais... Porto Alegre: Abrace, outubro de 2012
Moro E. A dança do ventre como instrumento na psicoterapia corporal para mulheres. [Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais 1, 4, 9, Foz do Iguaçu. Anais. Centro Reichiano, 2004].
Cardoso TSM, Leme APCBP. A equivalência da dança do ventre à cinesioterapia na terapêutica da dismenorréia primária. Fisioter Bras 2003;4(2):96-102. doi: 10.33233/fb.v4i2.3007
Oliveira C. Efeitos da cinesioterapia no assoalho pélvico durante o ciclo gravídico-puerperal. São Paulo: USP; 2006. Disponível em: http://www.teses.usp.br. doi: 10.11606/d.5.2006.tde-31052006-153220
Camarrão S, Pacetta A, Barros AD, Mantesse J. Avaliação da eletroestimulação na terapêutica da incontinência urinária de esforço feminina. Rev Ginecol Obstetr 2003;14(4);166-69.
Zanatta G, Frare J. Incontinência urinária de esforço feminina: uma abordagem fisioterapêutica [Monografia]. Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Cascavel; 2003.
Glazer HI, Romanzi L, Polaneczky M. Pelvic floor muscle surface electromyography: reliability and clinical predictive validity. J Reprod Med 1999;44(9):779-82.
Olsen AL, Rao SS. Clinical neurophysiology and electrodiagnostic testing of the pelvic floor. Gastroenterol Clin North Am 2001;30(1):33-54. doi: 10.1016/s0889-8553(05)70166-7
Resende APM, Nakamura UM, Ferreira EAG, Petricelli CD, Alexandre SM, Zanetti MRD. Eletromiografia de superfície para avaliação dos músculos do assoalho pélvico feminino: revisão de literatura. Fisioter Pesqui 2011;18(3):292-7. doi: 10.1590/s1809-29502011000300016
Vodusek DB. The role of electrophysiology in the evaluation of incontinence and prolapse. Curr Opin Obstet Gynecol 2002;14(5):509-14. doi: 10.1097/00001703-200210000-00012
Madill SJ, Mclean L. Quantification of abdominal and pelvic floor muscle synergies in response to voluntary pelvic floor muscle contractions. J Electromyogr Kinesiol 2008;18(6):955-64. doi: 10.1590/s1809-29502011000300016
Hodges PW, Sapsford R, Pengel LHM. Postural and respiratory function of the pelvic floor muscles. Neurourol Urodyn 2007;26:362-71. doi: 10.1002/nau.20232
Peschers UM, Gingelmaier A, Jundt K, Leib B, Dimpfl T. Evaluation of pelvic floor muscle strength using four different techniques. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct 2001;12(1):27-30. doi: 10.1007/s001920170090
Sapsford RR, Richardson CA, Maher CF, Hodges PW. Pelvic floor muscle activity in different sitting postures in continent and incontinent women. Arch Phys Med Rehabil 2008;89(9):1741-47. doi: 10.1016/j.apmr.2008.01.029
Silva TAD, Frisoli Junior A, Pinheiro MDM, Szejnfeld VL. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev Bras Reumatol 2006;46(6):391-7. doi: 10.1590/s0482-50042006000600006
Palma PCR, Portugal HSP. Anatomia do assoalho pélvico. In: Palma P. Aplicações clínicas das técnicas fisioterapêuticas nas disfunções miccionais e do assoalho pélvico. 1ª. ed. Personal. São Paulo, 2009. Cap. 1. p.28-33.
Marés G, Oliveira KB, Piazza MC, Preis C. A importância da estabilização central no método Pilates: uma revisão sistemática. Fisioter Mov 2012;25(2):445-51. doi: 10.1590/s0103-51502012000200022
Nagib ABL, Guirro ECO, Palauro VA, Guirro RRJ. Avaliação da sinergia da musculatura abdomino-pélvica em nulíparas com eletromiografia e biofeedback perineal. Rev Bras Ginecol Obstet 2005;27(4):210-15. doi: 10.1590/s0100-72032005000400008
Bo K, Sherburn M, Allen T. Transabdominal ultrasound measurement of pelvic floor muscle activity when activated directly or via a transversus abdominis muscle contraction. Neurourol Urodyn 2003;22(6):582-8. doi: 10.1002/nau.10139
Pedroti A, Freitas C, Wuo I. Évolution de la force musculaire du plancher pelvien après exercices de type « danse du ventre ». Kinesither Rev 2010;97:21-6. doi: 10.1016/s1779-0123(10)74732-x
So YA, Seung Sk, Gunsoo H. Effect of belly dancing on urinary incontinence-related muscles and vaginal pressure in middle-aged women. J Phys Ther Sci 2017;29(11):384-6. doi: 10.1589/jpts.29.384
Araújo M, Parmigiano T, Negra L, Torelli L, Carvalho C, Wo L et al. Avaliação do assoalho pélvico de atletas: existe relação com a incontinência urinária? Rev Bras Med Esporte 2015;21(6):442-6. doi: 10.1590/1517-869220152106140065
Machado LS. Avaliação funcional do assoalho pélvico em atletas e sua relação com a incontinência urinária [Dissertação]. Porto Alegre: UFCSPA; 2017.
Da Roza T, Brandão S, Mascarenhas T, Duarte J. Urinary incontinence and levels of regular physical exercise in young women. Int J Sports Med 2015;36:776-80. doi: 10.1055/s-0034-1398625
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Patricia Brito Veiga, Magda Patrícia Furlanetto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.