Physiotherapeutic resources in vaginismus
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i5.4285Palavras-chave:
vaginismo, fisioterapia, reabilitaçãoResumo
Vaginismo consiste em espasmos involuntários na musculatura do terço externo da vagina, com etiologia ainda desconhecida, mas há evidências de que fatores biopsicossociais como abuso sexual, sexo estrito, educação, trauma emocional, crenças religiosas, relações sexuais de baixa qualidade, medo do sexo, ou mesmo alterações de origem osteomioarticular, podem acarretar nesta condição, impossibilitando a penetração vaginal em relações sexuais, exames ginecológicos ou no uso de absorventes internos. Objetivo: Evidenciar as práticas fisioterapêuticas, sua validação para o tratamento do vaginismo e verificar a eficácia das práticas analisadas. Métodos: Revisão sistemática de literatura realizada através de busca bibliográfica digital em artigos científicos publicados em revistas impressas e eletrônicas, ensaios clínicos randomizados, no período compreendido entre os anos de 2010 a março de 2020, nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Bireme e Pedro. Resultados: Não houve grande variabilidade dos recursos utilizados e os estudos apresentaram resultados positivos e semelhantes. Conclusão: A fisioterapia mostrou-se benéfica para os casos de vaginismo, com a utilização de estimulação elétrica funcional (FES) de forma analgésica, exercícios de relaxamento da musculatura do assoalho pélvico, dessensibilização local realizada com dilatador vaginal e massagem. No entanto, mais pesquisas são necessárias, tendo em vista os escores metodológicos moderados encontrados nos estudos analisados.
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