Práticas integrativas e complementares aplicadas ao paciente oncológico adulto
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v24i3.4326Palavras-chave:
câncer, terapias complementares, práticas integrativas e complementaresResumo
Introdução: O câncer é uma patologia capaz de modificar as condições biopsicossociais dos indivíduos de forma negativa, evidenciando a necessidade do cuidado integral no tratamento oncológico, e as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) emergem com muitas promessas para este tipo de tratamento. Objetivos: Identificar os efeitos das PICs nas condições biopsicossociais do paciente oncológico adulto, o perfil dos usuários, as PICs mais estudadas e sua aplicação em pacientes oncológicos. Métodos: Revisão Integrativa da Literatura, quanti-qualitativa, a partir de artigos e trabalhos acadêmicos publicados na Bireme/BSV, Periódicos CAPES, PEDro e Google Acadêmico, entre 2010 e 2019, em português, inglês e espanhol, resultado de busca utilizando os DeCS “Terapias complementares” e “Câncer”. Resultados: O uso das PICs foi predominante em pacientes do sexo feminino e masculino, entre 40 e 91 anos, em tratamento quimioterápico, com câncer ginecológico; as principais técnicas usadas foram de relaxamento e acupuntura, produzindo efeitos estatisticamente significativos na redução de ansiedade, depressão, uso de analgésicos, fadiga, náusea/vômito, dor, entre outros. Conclusão: Foram identificados poucos estudos experimentais, abordando poucas PICs, com grande variação de metodologias, contudo foi possível identificar efeitos importantes nos âmbitos físico e psicológico, pouca comprovação de melhoria social e cognitiva, e nenhum resultado estatisticamente significativo nos aspectos qualidade de vida e uso de medicações não analgésicas.
Referências
Ministério da Saúde (BR). Estimativa 2018 de incidência de câncer no Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva; Brasília: Ministério da Saúde; 2018. https://actbr.org.br/uploads/arquivos/Estimativa_2018.pdf
Ministério da Saúde (BR). Estimativa 2020 – Incidência de Câncer no Brasil. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva; Brasília: Ministério da Saúde; 2020. https://www.inca.gov.br/estimativa
Vicenzi A, Schwartz E, Cecagno D, Viegas AdC, Santos BPd, Lima JF. Cuidado Integral de enfermagem ao paciente oncológico e a família. Rev Enferm UFSM 2013;3(3):409-17. doi: 10.5902/217976928816
Savaris LE, Böger B, Savian AC, Jansen AS, Silva MZ. Práticas Integrativas e Complementares- análise documental e o olhar de profissionais da saúde. Rev Bras Promoç Saúde 2019;32:1-12. doi: 10.5020/18061230.2019.9439
Mendes DS, Moraes FS, Lima GO, Silva PR, Cunha TA, Crossetti MGO et al. Benefícios das práticas integrativas e complementares no cuidado de enfermagem. J Health NPEPS. 2019;4(1):302-18. doi: 10.30681/252610103452
Sousa IMC, Tesser CD. Medicina Tradicional e Complementar no Brasil: inserção no Sistema Único de Saúde e integração com a atenção primária. Cad Saúde Pública. 2017;33(1):2-15. doi: 10.1590/0102-311x00150215
Gurgel IO, Sá PM, Reis PED, Cherchiglia ML, Reis IA, Mattia AL, et al. Prevalência de Práticas integrativas e complementares em pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica. Cogitare Enferm. 2019;24. doi: 10.5380/ce.v24i0.64450
Dacal MPO, Silva IS. Impactos das práticas integrativas e complementares na saúde de pacientes crônicos. Saúde Debate. 2018;42(118):724-35. doi: 10.1590/0103-1104201811815
Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa – CABSIN [homepage na internet]. Evidências em mapas das práticas integrativas e complementares. 2020 Out [citado 2020 Out 29]. Disponível em: https://cabsin.org.br/membros/2020/10/18/mapa-evidencias-pics/
Beard C, Stason WB, Wang Q, Manola J, Dean-Clower E, Dusek JA, et al. Effects of complementary therapies on clinical outcomes in patients being treated with radiation therapy for prostate cancer. Cancer. 2011;117(1):96-102. doi: 10.1002/cncr.25291
Nicolussi AC, Picharillo C, Saraiva DA, Paula JM, Okino L, Sawada NO. Qualidade de vida e reabilitação dos pacientes oncológicos. Revista Cultura e Extensão USP [Internet]. 2012[citado 2020 Out 29];8. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rce/article/download/47729/51461
Ben-Arye E, Samuels N, Schiff E, Raz OG, Sharabi IS, Lavie O. Quality-of-life outcomes in patients with gynecologic cancer referred to integrative oncology treatment during chemotherapy. Support Care Cancer. 2015; 23(12):3411-9. doi: 10.1007/s00520-015-2690-0
Espinha DCM. A intervenção terapêutica RIME (relaxamento, imagens mentais, espiritualidade) em pacientes submetidos ao tratamento radioterápico para câncer de cabeça e pescoço: ensaio clínico randomizado [dissertação]. 2015. Marília (SP): Faculdade de Medicina de Marília; 2015. Disponível em: http://www.famema.sp.gov.br/ensino/mestrado_acade/resumos/ESPINHA%20DCM.%20A%20interven%C3%A7%C3%A3o%20terap%C3%AAutica%20RIME.pdf
Ruela LO, Iunes DH, Nogueira DA, Stefanello J, Gradim CVC. Efetividade da acupuntura auricular no tratamento da dor oncológica: ensaio clínico randomizado. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03402. doi: 10.1590/S1980-220X2017040503402
Silva MEB, Torres Q, Silva TB, Araújo CS, Alves TL. Práticas Integrativas e Vivências em Arteterapia no atendimento a pacientes oncológicos em Hospital Terciário. Revista Portal: Saúde e Sociedade. 2018;3. doi: 10.28998/2525-4200.2018v3n1.721-731
Yde C, Viksveen P, Duckworth J. Reasons for use of and experiences with homeopathic treatment as an adjunct to usual cancer care: results of a small qualitative study. Homeopathy. 2019;108(1):24-32. doi: 10.1055/s-0038-1670689
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Fisioterapia Brasil

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.