Análise do ní­vel de concordância interobservadores na avaliação postural estática em idosos residentes no municí­pio de São Paulo

Autores

  • Camila Costa Ibiapina Reis UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v14i6.436

Resumo

Introdução: Diversos instrumentos de avaliação postural são descritos na literatura, porém não existe um consenso de qual seria o melhor método utilizado na prática clí­nica. Sabe-se que exames posturais precisos podem ser realizados com equipamentos simples, de baixo custo e fácil aplicabilidade. Como exemplo desses instrumentos, destacam-se o fio de prumo e o simetrógrafo. Entretanto, estes se caracterizam por serem métodos qualitativos e subjetivos. Objetivo: Nosso estudo teve como objetivo analisar o ní­vel de concordância interobservadores na avaliação postural em idosos residentes no municí­pio de São Paulo. Métodos: Durante a avaliação foi utilizado o simetrógrafo e o fio de prumo, além de fotografias nas vistas anterior, posterior, lateral direita e esquerda. Essa avaliação contou com a participação de dois observadores, simultaneamente e sem comunicação. Para análise da concordância interobservadores utilizou-se o teste de concordância de Kappa, com ní­vel de significância p < 0,001. Resultados: Cento e sessenta (160) idosos foram avaliados, sendo 104 mulheres e 56 homens, com idade 72,1 ± 7,1 anos. Verificou-se um bom ní­vel de concordância interobservadores na avaliação postural dos idosos, destacando-se boa concordância em 16 variáveis analisadas, com valor mí­nimo de 0,813 e valor máximo de 0,949 e apenas duas categorias apresentaram baixa concordância, sendo valor mí­nimo de 0,737 e máximo de 0,750. Conclusão: A avaliação postural, realizada através do simetrógrafo e do fio de prumo, obteve bom ní­vel de concordância entre os observadores. Por serem instrumentos de fácil aplicabilidade, baixo custo e grande praticidade, recomenda-se seu uso nas avaliações posturais em idosos.

Palavras-chave: avaliação, postura, idosos.

Biografia do Autor

Camila Costa Ibiapina Reis, UNIFESP

Ft., M.Sc., Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

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Publicado

2016-07-21

Edição

Seção

Artigos originais