Desempenho funcional do membro superior após cirurgia para câncer de mama de mulheres no menacme

Autores

  • Sarah Santos Moreira UFS
  • Helena Yannael Bezerra Domingos UFS
  • Mikael Santos Alves UFS
  • Maiana Damares Santos Silva UFS
  • Aline Silva Siqueira Martins Hospital Santa Isabel
  • Tiago Plácido da Rocha UFS
  • Caroline Bomfim Lemos da Cruz UFS
  • Fernanda Bispo Oliveira UFS
  • Mariana Tirolli Rett UFS

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v22i4.4737

Palavras-chave:

neoplasia de mama; pré-menopausa; mastectomia; fisioterapia, desempenho físico funcional

Resumo

Introdução: Após a cirurgia para câncer de mama, algumas complicações podem levar a restrições da amplitude de movimento (ADM), dor e impacto negativo na realização das tarefas de vida diária. Neste contexto, a fisioterapia é importante na recuperação da funcionalidade. Objetivo: Avaliar o efeito da fisioterapia na amplitude de movimento, na intensidade de dor e no desempenho funcional do membro superior após a cirurgia para câncer de mama de mulheres no menacme. Métodos: Ensaio clínico não controlado, considerando mulheres que realizaram cirurgia para câncer de mama associada a linfonodectomia axilar. Foram avaliados a ADM pela fleximetria, intensidade de dor pela escala visual analógica (EVA) e o desempenho funcional pelo questionário “deficiência do ombro braço e mão” (DASH). Resultados: Após as 10 sessões de fisioterapia, foi observado aumento significativo da ADM de todos os movimentos, diminuição da intensidade de dor de 4,09 ± 2,51) para 2,54 ± 2,18, (p = 0,04), e dos escores do DASH de 35,31 ± 17,23 para 17,75 ± 13,09, (p = 0,001), indicando significativa melhora do desempenho funcional. Conclusão: A abordagem fisioterapêutica foi satisfatória em melhorar a ADM, intensidade de dor e o desempenho funcional em mulheres na pré-menopausa. Contudo, acompanhamento por mais longo prazo e incrementar os exercícios podem trazer melhora adicional.

Biografia do Autor

Sarah Santos Moreira, UFS

Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE, Brasil

Helena Yannael Bezerra Domingos, UFS

Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristovão, SE, Brasil

Mikael Santos Alves, UFS

Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristovão, SE, Brasil

Maiana Damares Santos Silva, UFS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Aline Silva Siqueira Martins, Hospital Santa Isabel

Fisioterapeuta do Ambulatório de Oncologia do Hospital Cirurgia e da UTIN do Hospital Santa Isabel, Aracaju, SE, Brasil, Pós-graduação em Terapia Intensiva pela Escola Bahiana de Medicina e em Fisioterapia Pélvica pela Faculdade Inspirar

Tiago Plácido da Rocha, UFS

Fisioterapeuta e Mestre pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Caroline Bomfim Lemos da Cruz, UFS

Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Fernanda Bispo Oliveira, UFS

Fisioterapeuta e Mestre pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Mariana Tirolli Rett, UFS

Professora Associada do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre e Doutora pela UNICAMP, especialista em Saúde da Mulher pela ABRAFISM

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Publicado

2021-11-02

Edição

Seção

Caderno Uro-ginecologia