Fatores de risco para reintubação na unidade de terapia intensiva de um hospital de trauma

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v22i4.4910

Palavras-chave:

extubação; fatores de risco; ferimentos e lesões

Resumo

A ventilação mecânica (VM) é um recurso frequentemente utilizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No entanto, a necessidade de reintubação após a retirada do suporte ventilatório está associada a desfechos desfavoráveis. Os objetivos deste estudo foram identificar possíveis fatores de risco e desfecho clínico de pacientes reintubados na UTI de um hospital referência em trauma. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo no período de 4 meses com pacientes adultos internados na UTI e que permaneceram em VM por pelo menos 24 horas. A amostra foi composta por 100 pacientes divididos em grupo de pacientes não reintubados e pacientes que cursaram com necessidade de retornar à VM. Foram reintubados 27 pacientes, 18 deles reintubados em até 48 horas após extubação. A idade, diabetes, obesidade, tempo de VM até a extubação e frequência respiratória (FR) foram variáveis que apresentaram diferença estatisticamente significativa entre grupos (p < 0,05), porém não puderam ser apontadas como fatores de risco independentes de retorno à ventilação. A reintubação foi associada à necessidade de traqueostomias (TQT) (p < 0,001), maior tempo de permanência em VM (p < 0,001), internação prolongada na UTI (p < 0,001) e mortalidade (p < 0,005). Idade, presença de diabetes, obesidade, maior tempo de VM e FR pré-extubação mais elevada foram as variáveis relacionadas à reintubação. Este evento foi diretamente associado a piores desfechos como necessidade de TQT, maior dependência de VM, internação prolongada na UTI e mortalidade.

Biografia do Autor

Polliana Oliveira Melo, FHEMIG

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde área de concentração urgência e emergência do Hospital João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG)

Julia Alencar Renault, FHEMIG

M.Sc., Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital João XXIII da FHEMIG

Priscilla Cristina Ribeiro Soares, FHEMIG

Fisioterapeuta da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital João XXIII da FHEMIG

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Publicado

2021-11-02

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Artigos originais