Avaliação vestibular de crianças e adolescentes com tontura
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v17i4.509Resumo
Objetivo: Descrever as características clínicas da vestibulopatia e os fatores a ela associados, a partir dos resultados da vectoeletronistagmografia (VENG) na população pediátrica referida para avaliação no Setor de Otoneurologia de um Hospital Universitário. Métodos: Estudo observacional, descritivo, transversal, com coleta retrospectiva de dados de fichas do Setor de Otoneurologia de um Hospital Universitário, contendo a anamnese otoneurológica e os resultados de VENG realizados em crianças e adolescentes com tontura, durante o período de maio de 1998 a dezembro de 2010. Resultados: Foram avaliadas 16 pacientes, com idade entre quatro e 18 anos, com distribuição igualitária de gênero. A maioria apresentava tontura rotatória, acompanhada de zumbido e de náuseas ou vômitos, sem alteração í VENG. A história de traumatismo craniano foi o único fator significativamente associado í presença de alteração í VENG, estando presente nos três pacientes que apresentaram resultados compatíveis com síndrome vestibular periférica. Conclusão: A sintomatologia vestibular periférica predomina na infância. Ainda assim, na maioria das vezes a VENG se apresenta normal, o que sugere uma limitação diagnóstica deste exame. No entanto, quando a sintomatologia vestibular persistente ocorre após quadro de traumatismo craniano, a VENG não só é útil í diferenciação de afecções periféricas de centrais, como auxilia a conduta terapêutica a ser tomada.
Palavras-chave: tontura, vertigem, criança, adolescente, doenças vestibulares.
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