Análise dos desfechos do uso da banqueta durante o trabalho de parto: revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v24i2.5169Palavras-chave:
trabalho de parto, parto humanizado, parto normal, dor do partoResumo
Introdução: A humanização do parto é preconizada pelo Ministério da Saúde e incentivada dentro das maternidades. Com ela, várias técnicas e acessórios vem sendo utilizados, a fim de proporcionar à parturiente uma melhor experiência de parto. Um deles é a banqueta de parto que, ainda hoje em dia, apresenta opiniões contraditórias a seu respeito. Objetivo: Revisar sistematicamente os estudos publicados nos últimos 10 anos sobre o uso da banqueta de parto, principalmente durante o segundo estágio do trabalho de parto. Métodos: Revisão sistemática de literatura realizada através de busca bibliográfica digital em artigos científicos publicados em revistas eletrônicas, ensaios clínicos e estudos randomizados, no período compreendido entre os anos de 2011 a 2021, nas bases de dados eletrônicas PubMed, BVS, Scielo e PEDro. Resultados: A banqueta reduziu o tempo de trabalho de parto no 1º e no 2º estágio do trabalho de parto. Também apresentou maior frequência de parto vaginal espontâneo. Ela apresentou maior dor quando comparada com outras posições e também maior perda de sangue. Conclusão: O uso da banqueta mostrou-se benéfica quando analisados os desfechos tempo, episiotomia e parto vaginal espontâneo. Contudo, não apresentou resultados melhores que posições horizontalizadas para perda de sangue e dor.
Referências
Atwood RJ. Parturitional posture and related birth behavior. Acta Obstet Gynecol Scand Suppl [Internet]. 1976 [cited 2021 Jan 21];55(57):3-25.Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/00016347609156455?journalCode=iobs20
Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida [recurso eletrônico]/ Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_assistencia_parto_normal.pdf
Vendrúscolo CT, Kruel CS. A história do parto: do domicílio ao hospital; das parteiras ao médico; de sujeito a objeto. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Humanas, Santa Maria [Internet]. 2015 [cited 2021 Jan 12];16(1):95-107. Disponível em: https://www.periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/article/view/1842
Silva LM, Barbieri M, Fustinoni SM. Vivenciando a experiência de parturição em um modelo assistencial humanizado. Rev Bras Enferm. 2011;64(1):60-5. doi: 10.1590/S0034-71672011000100009
World Health Organization. WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience [Internet]. Geneva: World Health Organization; 2018. [cited 2021 Fev 2]. http://apps.who.int/iris/
Gizzo S, Di Gangi S, Noventa M, Bacile V, Zambon A, Nardelli GB. Women's choice of positions during labour: return to the past or a modern way to give birth? A cohort study in Italy. Biomed Res Int. 2014. doi: 10.1155/2014/638093
Kopas ML. A review of evidence-based practices for management of the second stage of labor. J Midwifery Womens Health. 2014;59(3):264-76. doi: 10.1111/jmwh.12199
Zang Y, Lu H, Zhang H, Huang J, Ren L, Li C. Effects of upright positions during the second stage of labour for women without epidural analgesia: A meta-analysis. J Adv Nurs. 2020;76(12):3293-3306. doi: 10.1111/jan.14587
Governo Federal. Rede cegonha: Panorama [Internet]. Ministério da Saúde; 2021. [citado 2021 Fev 21]. https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/rede-cegonha/panorama
Tabarro CS, Campos LB, Galli NO, Novo NF, Pereira VM. Efeito da música no trabalho de parto e no recém-nascido. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2010 [citado 2021 Fev 20];44(2):445-52. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/29.pdf
Delgado A, Maia T, Melo RS, Lemos A. Birth ball use for women in labor: A systematic review and meta-analysis. Complement Ther Clin Pract. 2019;35:92-101. doi: 10.1016/j.ctcp.2019.01.015
Araújo AE, Delgado A, Boaviagem A, Lemos A. Prescrição de orientações respiratórias pela equipe de saúde durante o trabalho de parto: um estudo de corte transversal. Mundo Saúde. 2018;42(3):628-41. doi: 10.15343/0104-7809.20184203628641
Santos ERS, Mendonça GA, Souza ZCSN, Morais AC, Novaes AL. Dança circular em maternidade: Vivência extensionista. Revista Brasileira de Extensão Universitária. 2021;12(1):23-32. doi: 10.36661/2358-0399.2021v12i01.11632
Mielke KC, Gouveia HG, Gonçalves CA. A prática de métodos não farmacológicos para o alívio da dor de parto em um hospital universitário no Brasil. Av Enferm. 2019;37(1):47-55. doi: 10.15446/av.enferm.v37n1.72045
Gupta JK, Sood A, Hofmeyr GJ, Vogel JP. Position in the second stage of labour for women without epidural anaesthesia. Cochrane Database Syst Rev. 2017;25:5(5). doi: 10.1002/14651858.CD002006.pub4
Machado EGC. Gestação, Parto e Nascimento: uma visão holística. Curitiba: Quantun; 2017.
Rocha BD, Zamberlan C, Pivetta HMF, Santos BZ, Antunes BS. Posições verticalizadas no parto e prevenção de lacerações perineais: revisão sistemáticas e metanálise. Rev Esc Enferm USP; 2020;54. doi: 10.1590/S1980-220X2018027503610
Itens P, Revis R, Uma P. Principais itens para relatar revisões sistemáticas e meta-análises: a recomendação PRISMA. Epidemiol Serviços Saúde. 2015;24(2):335-42. doi: 10.5123/S1679-49742015000200017
Physiotherapy Evidence Database. Escala PEDro. 2019 [Internet]. [citado 2021 Fev 23]. Disponível em: https://www.pedro.org.au/portuguese/faq/#question_five
Morton NA. The PEDro scale is a valid measure of the methodological quality of clinical trials: a demographic study. Aust J Physiother. 2009;55(2):129–33. doi: 10.1016/S0004-9514(09)70043-1
Marques JBV, Freitas D de. Método DELPHI: caracterização e potencialidades na pesquisa em Educação. Pro-Posições. 2018;29(2):389-415. doi: 10.1590/1980-6248-2015-0140
Epidural and Position Trial Collaborative Group. Upright versus lying down position in second stage of labour in nulliparous women with low dose epidural: BUMPES randomised controlled trial. BMJ. 2017. doi: 10.1136/bmj.j4471
Valiani M, Rezaie M, Shahshahan Z. Comparative study on the influence of three delivery positions on pain intensity during the second stage of labor. Iran J Nurs Midwifery Res. 2016;21(4):372-8. doi: 10.4103/1735-9066.185578
Thies-Lagergren L, Kvist LJ, Christensson K, Hildingsson I. Striving for scientific stringency: a re-analysis of a randomised controlled trial considering first-time mothers’ obstetric outcomes in relation to birth position. BMC Pregnancy Childbirth. 2012;12:135. doi: 10.1186/1471-2393-12-135
Thies-Lagergren L, Kvist LJ, Christensson K, Hildingsson I. No reduction in instrumental vaginal births and no increased risk for adverse perineal outcome in nulliparous women giving birth on a birth seat: results of a Swedish randomized controlled trial. BMC Pregnancy Childbirth. 2011;11:22. doi: 10.1186/1471-2393-11-22
Kamper SJ. Randomization: Linking evidence to practice. J Orthop Sports Phys Ther. 2018;48(9):730-1. doi: 10.2519/jospt.2018.0704
Leal MC, Bittencourt AS, Estever-Pereira AP, Ayres BVS, Silva LBRA, Thomaz EBAF et al. Avanços na assistência ao parto no Brasil: resultados preliminares de dois estudos avaliativos. Cad Saúde Pública. 2019;35(7). doi: 10.1590/0102-311X00223018
Oliveira SMJV, Caroci AS, Mendes EPB, de Oliveira SG, Silva FP. Disfunções do assoalho pélvico em primíparas após o parto. Revista Eletrônica Trimestral de Enfermagem. 2018;5. doi: 10.6018/eglobal.17.3.292821
Kibuka M, Thornton JG. Position in the second stage of labour for women with epidural anaesthesia. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2017;2. doi: 10.1002/14651858.CD008070.pub2
Bavaresco GZ, de Souza RSO, Almeica B, Sabatino JH, Dias M. O fisioterapeuta como profissional de suporte à parturiente. Cienc Saude Colet. 2011;16(7). doi: 10.1590/S1413-81232011000800025
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ramine Fagundes Baigorra, Yasmin Podlasinski da Silva, Magda Patrícia Furlanetto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.