Aplicabilidade do teste de Gillet: uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v24i4.5219Palavras-chave:
articulação sacroilíaca, manipulações musculoesqueléticas, percepção de movimento, fenômenos biomecânicosResumo
Introdução: Ferramentas para avaliação de mobilidade articular são importantes para auxiliar os terapeutas manuais a serem mais assertivos em suas condutas clínicas. O teste de Gillet é uma ferramenta utilizada rotineiramente por profissionais e sua utilidade ainda é motivo de discussão. Objetivo: Investigar os tipos de evidências científicas sobre o teste de Gillet e analisar as lacunas existentes na literatura. Métodos: Foi realizada uma busca nas bases de dados Medline/Pubmed, PEDro e Scielo. Não houve restrição em relação ao tipo de estudo ou características da amostra. Em cada estudo foram analisados os dados: desenho do estudo, objetivos, população alvo, tratamento realizado, resultados encontrados, conclusão do estudo, propósito e condições de saúde. Após triagem foram selecionados 22 estudos, sendo a maioria com o desenho de estudo de acurácia diagnóstica seguido por estudos observacionais, estudos quase-experimentais, estudos controlados randomizados, revisão sistemática com metanálise de estudos de acurácia diagnóstica e estudo de validação de escala diagnóstica, respectivamente. Resultados: De acordo com o propósito do estudo, os maiores quantitativos encontrados foram de estudos de confiabilidade do teste de Gillet, em seguida estudos em que o teste de Gillet era utilizado como ferramenta de mensuração de desfechos, estudo de revisão de literatura com metanálise e estudo em que o teste de Gillet foi utilizado, entre outros testes, para compor a validação de uma escala diagnóstica. Como característica das amostras dos estudos, foram encontradas majoritariamente participantes saudáveis, seguido por indivíduos com lombalgia crônica, disfunção sacroilíaca, incontinência urinária de esforço, amputados, gestantes e participantes com dor sacroilíaca. Conclusão: O teste de Gillet apresenta baixa confiabilidade interexaminador, não devendo ser considerado para o uso em estudos científicos como ferramenta de mensuração do desfecho movimento. Sua utilidade clínica é contestável e, por isso, seu uso deve ser coerente com a experiência do profissional e acompanhado de outros testes confiáveis.
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