Achados audiológicos na síndrome de Rubinstein-Taybi: revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v24i1.5298

Palavras-chave:

audição, Síndrome de Rubinstein-Taybi, percepção auditiva

Resumo

Objetivo: Verificar os achados audiológicos em sujeitos portadores da Síndrome de Rubinstein-Taybi (SRT) através de uma busca sistemática na literatura. Métodos: Foram utilizados os descritores “Rubinstein Taybi Syndrome” AND “Hearing” nas principais bases de dados. O levantamento limitou-se a publicações realizadas até junho de 2020, sem limitação de idioma. Foram incluídos todos os estudos que envolvessem avaliações auditivas realizadas em sujeitos portadores da SRT. Foram excluídos da análise, estudos que envolvessem população não portadora de SRT, cartas ao editor e estudos nos quais não foram encontrados os artigos originais. Resultados: A pesquisa resultou na seleção de cinco artigos que evidenciaram que não há uma padronização nos testes audiológicos devido à heterogeneidade das características encontradas na SRT. A perda auditiva do tipo condutiva foi amplamente relatada, porém não foi possível verificar se há um perfil audiológico nesta população. Conclusão: Verificou-se que poucos estudos avaliaram a audição dos portadores de SRT. Além disso, foi possível observar que ainda não são padronizados os testes audiológicos. Recomenda-se que sejam realizados mais estudos com amostras maiores a fim de conhecer quais são as alterações audiológicas mais comuns de modo que se indique precocemente a intervenção terapêutica mais adequada.

Biografia do Autor

Otília Valéria Melchiors Angst, UFCSPA

Programa de Pós-Graduação em Patologia, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Rafael Fabiano Machado Rosa, UFCSPA

Programa de Pós-Graduação em Patologia, UFCSPA, Genética Clínica, Departamento de Clínica Médica da UFCSPA e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Paulo Ricardo Gazzola Zen, UFCSPA

Programa de Pós-Graduação em Patologia, UFCSPA, Genética Clínica, Departamento de Clínica Médica da UFCSPA e Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), Porto Alegre, RS, Brasil

Pricila Sleifer, UFRGS

Departamento de Saúde e Comunicação Humana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

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Publicado

2023-02-18