Distrofia muscular de cinturas e fisioterapia: atualização e relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v24i6.5568

Palavras-chave:

miopatia, reabilitação, distrofia muscular de cinturas

Resumo

O termo distrofia muscular de cinturas (DMC) foi introduzido para delinear uma forma distinta de distrofia muscular com fraqueza predominantemente proximal nas extremidades superiores e inferiores. PAS, 71 anos, sexo masculino, aposentado, diabéticos e hipertenso. Ele relata que o quadro clínico iniciou em meados de 2010 com queixas relacionadas à atrofia da cintura escapular e região da coxa. “Ao me olhar no espelho comecei a perceber que estava perdendo músculos nos ombros”. O início do quadro clínico se arrastou, ainda com formato muscular próximo ao normal para realização das atividades diárias. Ele ressalta que a região cervical o incomoda bastante, principalmente pela posição inclinada em que se encontra. Neste caso clínico apresentamos avaliações neurológicas e funcionais, bem como exames complementares que auxiliam na detecção de DMC. Novos estudos, abrangendo um número maior de pacientes com miopatia de cintura e membros, são necessários. Acreditamos que a melhor forma de reabilitação para esse grupo de miopatias é não buscar danos por uso excessivo e, sem dúvida, trabalhar em busca de função e não principalmente de força.

Biografia do Autor

Marco Orsini, UNIG

Departamento de Neurology da Universidade Iguaçu, Universidade Federal de Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Marcela de Moares Mesquita, UNIG

Departamento de Neurologia, Universidade Iguaçu, RJ, Brasil

Marcos RG de Freitas, UFRJ

Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Clara de Araujo Leite, ESTÁCIO

Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Lara Alexandre Brandão Tomassini, Instituto Lara Brandão

Instituto de Ressonância Magnética Lara Brandão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Thiago de Mello Tavares, UNC

Universidade do Contestado, Mafra, SC, Brasil

Victor Hugo Bastos, UFDPAR

Universidade Federal do Delta do Parnaíba, Parnaíba, PI, Brasil

Maria Victórya Manzi de Sant Anna, ANHANGUERA

Centro Universitário Anhanguera, Niterói, RJ, Brasil

Mauricio Sant’Anna Junior, IFRJ

Instituto Federal Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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Publicado

2024-01-06

Edição

Seção

Relatos de caso