Respostas cardiovasculares agudas e modificações na modulação autonômica em uma sessão de treinamento muscular inspiratório: um estudo piloto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v24i6.5569

Palavras-chave:

fisioterapia cardiovascular, sistema nervoso autônomo, exercício inspiratório

Resumo

Introdução: O treinamento muscular inspiratório (TMI) vem sendo utilizado em indivíduos sadios com a finalidade de promover melhora no desempenho físico. Porém as respostas cardiovasculares oriundas do TMI ainda não foram bem elucidadas. Objetivo: Descrever as respostas cardiovasculares agudas e as modificações na modulação autonômica cardiovascular (MAC) oriundas de uma sessão de treinamento muscular inspiratório de intensidade moderada. Métodos: Estudo observacional e transversal realizado com uma amostra de conveniência composta por indivíduos adultos jovens. O protocolo foi desenhado com duração de 25 minutos, sendo 10 minutos de repouso (pré TMI), 5 minutos de TMI e um período de recuperação de 10 minutos (pós TMI), com verificação de frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAD), duplo-produto (DP) e sensação subjetiva de esforço (Borg). O TMI foi realizado utilizando através de dispositivo digital, com carga equivalente a 50% da pressão inspiratória máxima (PImax,). A avaliação da MAC foi realizada através de análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) nos domínios do tempo (DT) e da frequência (DF). Para análise dos dados e comparação entre os períodos pré TMI, TMI e pós TMI foi utilizada ANOVA de dupla entrada sendo adotado como significância quando o P < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 17 indivíduos com média de idade 26,40 ± 6,11 anos, 13 (77%) pertencem ao sexo feminino. Durante a realização do TMI pode-se observar que os indivíduos atingiram em média 46% da FC máxima. No que diz respeito às variáveis hemodinâmicas foram observadas diferenças significativas quando comparados os períodos pré TMI vs. TMI para FC, PAS, PAD, PAM, DP e Borg (p < 0,05), além de significância entre os períodos TMI vs. pós TMI para as variáveis FC, PAS, PAM e DP (p < 0,05). Também foi verificada significância entre os períodos pré TMI vs. pós TMI apenas para a sensação subjetiva de esforço. Quanto a VFC, foram observadas diferenças significativas entre pré TMI vs TMI no DT para os intervalos RR, e entre os períodos TMI vs. pós TMI no DF para os componentes de baixa frequência e alta frequência (p < 0,05). Conclusão: Uma sessão de TMI com 50% da PImáx é capaz de promover importantes incrementos nas variáveis cardiovasculares com elevação de pressão arterial e frequência cardíaca e sensação subjetiva de esforço, além de redução da atividade parassimpática.

Biografia do Autor

Thaisa Sarmento dos Santos, IFRJ

Grupo de Estudos em Reabilitação na Alta Complexidade (GERAC – IFRJ), Programa de Iniciação Científica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), RJ, Brasil

Katia Martins de Moura Barbosa, IFRJ

Grupo de Estudos em Reabilitação na Alta Complexidade (GERAC – IFRJ), Programa de Iniciação Científica Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), RJ, Brasil

Marco Orsini, UNIG

Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Departamento de Neurologia Universidade Iguaçu (UNIG), Nova Iguaçu, RJ, Brasil

Stéphanie Raposo Gomes, IFRJ

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), RJ, Brasil

Thiago de Mello Tavares, UNC

Universidade do Contestado, Mafra, SC, Brasil

Priscila Enomoto Velame, EMESCAM

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia (EMESCAM) Vitória, ES, Brasil

Cristiane Sousa Nascimento Baez Garcia, IFRJ

Curso de Fisioterapia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Docente Permanente Programa de Mestrado Profissional para Formação para a Pesquisa Biomédica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF – UFRJ), RJ, Brasil

Luciana Moisés Camilo, IFRJ

Curso de Fisioterapia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ),  Docente Permanente Programa de Mestrado Profissional para Formação para a Pesquisa Biomédica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF – UFRJ), RJ, Brasil

Mauricio de Sant Anna Jr, IFRJ

Curso de Fisioterapia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ),  Docente Permanente Programa de Mestrado Profissional para Formação para a Pesquisa Biomédica, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF – UFRJ), RJ, Brasil

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Publicado

2024-01-06

Edição

Seção

Artigos originais