Terapia com música em idosos do Sertão Central do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v18i1.751Resumo
A terapia com música para o idoso permite trabalhar a criatividade, a livre expressão, a comunicação e ativação da memória, proporcionando um envelhecimento saudável e com melhor qualidade de vida. Traçou-se o perfil musical do idoso e sua relação com o movimento corporal. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo com 30 idosos na casa de Acolhida São João Calábria (Quixadá/CE) através de um questionário desenvolvido para o estudo. Os resultados foram tabulados no Excel 2007 e analisados na versão Epi Info 6.04d. Dos 30 idosos, 63% eram mulheres e 37% homens, predominando a faixa etária entre 70 e 79 anos de idade. O estilo musical que se destacou foi o religioso, seguido do baião e da Jovem Guarda. Nas músicas "não preferidas" estavam incluídos o brega, o romântico, o rock e o samba. Os homens mais que as mulheres recordaram de uma música que tivesse lhe marcado a vida. A dança foi a atividade predominante (68%) dos entrevistados quando estes estão ouvindo música. A música influencia na autoestima (90%) e no bem-estar (40%). Por fim, a alegria é o sentimento mais vivenciado (87%) pelos idosos através da música. Observou-se que o perfil musical dos idosos é marcado por questões religiosas e regionais e que a música pode ser utilizada como um incentivador para a realização do movimento tão necessário na manutenção da autonomia e independência na terceira idade.
Palavras-chave: música, idoso, Fisioterapia.
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