Terapia com música em idosos do Sertão Central do Ceará

Autores

  • Denilson de Queiroz Cerdeira Centro Universitário Estácio do Ceará
  • Danielle Santiago da Silva Varela Centro Universitário Estácio do Ceará
  • Valéria Lorena de Oliveira Monteiro Aranha FCRS

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v18i1.751

Resumo

A terapia com música para o idoso permite trabalhar a criatividade, a livre expressão, a comunicação e ativação da memória, proporcionando um envelhecimento saudável e com melhor qualidade de vida. Traçou-se o perfil musical do idoso e sua relação com o movimento corporal. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo com 30 idosos na casa de Acolhida São João Calábria (Quixadá/CE) através de um questionário desenvolvido para o estudo. Os resultados foram tabulados no Excel 2007 e analisados na versão Epi Info 6.04d. Dos 30 idosos, 63% eram mulheres e 37% homens, predominando a faixa etária entre 70 e 79 anos de idade. O estilo musical que se destacou foi o religioso, seguido do baião e da Jovem Guarda. Nas músicas "não preferidas" estavam incluí­dos o brega, o romântico, o rock e o samba. Os homens mais que as mulheres recordaram de uma música que tivesse lhe marcado a vida. A dança foi a atividade predominante (68%) dos entrevistados quando estes estão ouvindo música. A música influencia na autoestima (90%) e no bem-estar (40%). Por fim, a alegria é o sentimento mais vivenciado (87%) pelos idosos através da música. Observou-se que o perfil musical dos idosos é marcado por questões religiosas e regionais e que a música pode ser utilizada como um incentivador para a realização do movimento tão necessário na manutenção da autonomia e independência na terceira idade.

Palavras-chave: música, idoso, Fisioterapia.

Biografia do Autor

Denilson de Queiroz Cerdeira, Centro Universitário Estácio do Ceará

Ft., M.Sc.,  Doutorando em Biotecnologia (RENORBIO-UFPB), Docente do Centro Universitário Estácio do Ceará

Danielle Santiago da Silva Varela, Centro Universitário Estácio do Ceará

Ft., M.Sc., Orientador, Docente dos Cursos de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Enfermagem do Centro Universitário Estácio do Ceará

Valéria Lorena de Oliveira Monteiro Aranha, FCRS

FT., Co-orientadora, Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade Católica Rainha do Sertão (FCRS)

Referências

Silva HO, Carvalho MJAD, Lima FEL, Rodrigues LV. Perfil epidemiológico de idosos frequentadores de grupos de convivência no município de 106 Iguatu, Ceará. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(1):123-3.

Valim PC, Bergamaschi EC, Volp CM, Deustsch S. Redução de estresse pelo alongamento: a preferência musical pode influenciar? Motriz 2002;8(3).

Gonçalez DFC, Nogueira ATO, Puggina ACG. O uso da música na assistência de enfermagem no Brasil: Uma revisão de bibliografia. Rev Cogitare Enferm 2008;13(4): 591-6.

Macedo EF, Onorio WU, Miranda MLJ. Audição musical e desenvolvimento motor: análise da percepção de idosos. Integração 2009;15(59):357-61.

Souza MGC. Musicoterapia e a clínica do envelhecimento. In: Freitas EV. Tratado de geriatria e gerontologia. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.

Miranda MLJ, Godeli MRCS. Música, atividade física e bem-estar psicológico em idosos. Rev Bras Ciênc Mov 2003;11(4):87-94.

Palheiros GB. Funções e modos de ouvir música de crianças e adolescentes, em diferentes contextos. Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em música – da percepção à produção. Curitiba: UFPR; 2006. p.303-49.

Tonini T, Figueiredo NMA. Gerontologia: atuação da enfermagem no processo de envelhecimento. São Caetano do Sul: Yendis; 2006.

Calil SR, Santos TABP, Braga DM, Labronici RHDD. Reabilitação por meio da dança: uma proposta fisioterapêutica em pacientes com seqüela de AVC. Rev Neurocienc 2007;15(3):195-202.

Diniz ELB, Oliveira JN. Música e saúde: O olhar da musicoterapia, IV Fórum de pesquisa científica em arte. Curitiba; 2006.

Brasil. Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução nº 466/12, de 12 de dezembro de 2012. [citado 2013 Jul 18]. Disponível em URL: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf.

Garcia ESS, Saintrain MVL. Perfil epidemiológico de uma população idosa atendida pelo programa saúde da família. Revista de Enfermagem 2009;17(1):18-23.

Oliveira DC, Cupertino AP. Explorando o perfil de saúde dos idosos do Exército Brasileiro. Psicol Pesq 2011;5(1):68-76.

Goobbo DE. A dança de salão como qualidade de vida para a terceira idade. Revista Eletrônica de Educação Física UniAndrade 2005;1(2).

Feliciano AB, Moraes AS, Freitas ICM. O perfil do idoso de baixa renda no Município de São Carlos, São Paulo, Brasil: um estudo epidemiológico. Cad Saúde Pública 2004;20(6):1575-85.

Campos DC. Música; neuropsicologia; transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): diálogo entre Arte e Saúde, XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação e Música (ANPPOM), Brasília/DF 2006:608-12.

Paiva ACS, Hernandez SS, Sebastião E, Junior ACQ, Cury M, Costa JLR; Teresa L, Gobbi B, Gobbi S. Dança e envelhecimento: uma parceria em movimento. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2010;15(1):70-2.

Tourinho LMC. Musicoterapia e a Terceira Idade ou musicoterapia: corpo sonoro [online]. [citado 2012 Set 22]. Disponível em URL: www.targon.com.br/users/lucia/1001.html.

Coutinho MM. Condicionamento físico e saúde para o idoso. Revista Phorte 2006;9(4).

Geis PP. Atividade Física e saúde na 3ª idade. Porto Alegre: Artmed; 2003.

Ribeiro N. O ambiente terapêutico como agente na neuroplasticidade em reabilitação de pacientes neurológicos. Diálogos Possíveis 2005;4(2):107-17.

Rodrigues NS, Coelho Filho CAA. Influência da audição musical na prática de exercícios físicos por pessoas adultas. Rev Bras Educ Fís Esporte 2012;26(1):87-95.

Pedro ABA. A influência motivacional da música em participantes de ginástica localizada em Juiz de Fora [Monografia]. Juiz de Fora: Faculdade de Educação Física e Desportos; 2009.

Silva MGB, Valente TM, Borragine SOF. A dança como prática regular de atividade física e sua contribuições para melhor qualidade de vida. Rev Digital EFDesportes 2012;15(166).

Todres D. Música é remédio para o coração. J Pediatr 2006;82(3).

Fleury TMA, Gontijo DT. As danças circulares possíveis contribuições da terapia ocupacional para as idosas. Estud Interdiscip Envelhec 2006;9:75-90.

Sampaio MIS. Movimento, educação, dança. In: Ramos RCL. (Org.) Danças circulares sagradas: uma proposta de educação e cura. São Paulo: Triom; 2002.

Chiarion BMA. Dança e desenvolvimento de idosos institucionalizados. 5ª Mostra Acadêmica Unimep. Piracicaba: Unimep; 2007. p.23-25.

Silva AH, Mazo GZ. Dança para idosos: uma alternativa para o exercício físico Rev Cinergis 2007;8(1):25-32.

Albuquerque MC, Nascimento LO, Lyra ST, Trezza MCSF, Brêda MZ. Os efeitos da música em idosos com doença de Alzheimer de uma instituição de longa permanência. Rev Eletr Enferm 2012;14(2):404-13.

Silva Júnior JD. A utilização da música com objetivos terapêuticos: interfaces com a Bioética [Dissertação]. Goiás: Universidade Federal de Goiás, Escola de Música e Artes Cênicas 2008; p.122-30.

Bréscia VP. A música como recurso terapêutico. In: Encontro Paranaense Congresso Brasileiro de Psicoterapias Corporais, XIV, IX, 2009. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 2009. CD-ROM. Disponível em URL: www.centroreichiano.com.br/artigos.

Downloads

Publicado

2017-02-24

Edição

Seção

Artigos originais