Reflexões sobre o emprego da osteopatia nas polí­ticas públicas de saúde no Brasil

Authors

  • Fábio Firmino de Albuquerque Gurgel UERN
  • Gislainy Luciana Gomes Câmara UERN
  • Victor Hugo de Oliveira Segundo UERN
  • Maria Irany Knackfuss UERN
  • Eduardo José Guerra Seabra UERN
  • Isabela Pinheiro Cavalcanti Lima UERN

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v18i3.1066

Abstract

A Polí­tica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares foi regulamentada pelo Ministério da Saúde em continuidade às mudanças sobre a saúde no Brasil. A esta polí­tica pública se soma o COFFITO ao regulamentar a prática da osteopatia por fisioterapeutas capacitados. Objetiva-se então fazer uma reflexão sobre a osteopatia integrada às polí­ticas públicas de saúde. Trata-se de uma revisão a partir de levantamento literário e em periódicos online com os descritores: osteopatia, disfunções osteomioarticulares, fisioterapia, terapias holí­sticas, terapias complementares e polí­ticas públicas. Concluiu-se que a osteopatia compõe o quadro de técnicas aplicadas no tratamento de disfunções musculoesqueléticas e transtornos de ordem ortopédica apresentando efeitos terapêuticos satisfatórios aos indiví­duos. Seus efeitos decorrem sobre aspectos fí­sicos, sociais e econômicos, justificando a sua participação nas polí­ticas públicas de saúde no Brasil, uma vez que estes resultados se encontram em consonância com o conceito de saúde adotado pela OMS, o qual fundamenta a existência do SUS. A estrutura polí­tica da saúde no Brasil parece ser alternativa interessante para a prática da osteopatia junto í  população de baixa renda, embora haja escassez de conhecimento tanto por parte da população quanto pelos profissionais de saúde.

Palavras-chave: manipulação osteopática, fisioterapia, terapias complementares, polí­ticas públicas.

Author Biographies

Fábio Firmino de Albuquerque Gurgel, UERN

M.Sc., Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

Gislainy Luciana Gomes Câmara, UERN

M.Sc., Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

Victor Hugo de Oliveira Segundo, UERN

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

Maria Irany Knackfuss, UERN

Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

Eduardo José Guerra Seabra, UERN

D.Sc., Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

Isabela Pinheiro Cavalcanti Lima, UERN

D.Sc., Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Mossoró/RN

References

Paim JS. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2009.

Andrade JT, Costa LFA. Medicina Complementar no SUS: práticas integrativas sob a luz da Antropologia médica. Saúde Soc 2010;19(3) 497-508.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006. Política nacional de práticas integrativas e complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2006 maio. Seção 1, p. 20-25.

Lima MO, Vasconcelos TB, Brasil ACO, Câmara TMS, Arcanjo GN, Sousa CT. Análise do conhecimento sobre a regulamentação e a utilização das terapias complementares na fisioterapia. HU Revista 2012;37(3):353-9.

Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução nº 220, de 23 de maio de 2001. Reconhecimento da Quiropraxia e Osteopatia como especialidades do fisioterapeuta. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 2001 junho. Seção 1, p. 46.

Maine JY, Vautravers P. Mecanismo de acción del tratamento manipulativo vertebral. Osteopatía Científica 2011;6(2):61-6.

Clinical Guideline Subcommittee on Low Back Pain, American Osteopathic, A. American Osteopathic Association guidelines for osteopathic manipulative treatment (OMT) for patients with low back pain. J Am Osteopath Assoc 2010;110(11):653-66.

Ricard F. Tratamento Osteopático da Caixa Torácica. Campinas: Saber & Saúde; 2009.

Consalter E, Sanches ML, Guimarães AS. Correlação entre disfunção temporomandibular e fibromialgia. Revista Dor 2010;11(3):237-41.

Cleofás RB, Campos GA, Ricard F. Criterios de calidad en investigación osteopática. Osteopatía Científica 2011;6(1):1-3.

Orrock PJ, Myers SP. Osteopathic intervention in chronic non-specific low back pain: a systematic review. BMC Musculoskelet Disord 2013;14:129-32.

Noll DR, Channell MK, Basehore PM, Pomerantz SC, Ciesielski J, Eigbe PA, Jr., et al. Developing osteopathic competencies in geriatrics for medical students. J Am Osteopath Assoc 2013;113(4):276-89.

Cohn A. O estudo das políticas de saúde: implicações e fatos. In: Campos GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Junior M, Carvalho YM. Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006.

Bagrichevsky M, Palma A, Estevão A. A saúde em debate na Educação Física. Blumenau: Nova Letra; 2006.

Thiago SCS, Tesser CD. Percepção de médicos e enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família sobre Terapias Complementares. Rev Saúde Pública 2011;45(2):249-57.

Tesser DC. Práticas complementares, racionalidades médicas e promoção da saúde: contribuições pouco exploradas. Cad Saúde Pública 2009;25(8):1732-42.

Brantingham JW, Cassa TK, Bonnefin D, Pribicevic M, Robb A, Pollard H, et al. Manipulative and multimodal therapy for upper extremity and temporomandibular disorders: a systematic review. J Manipulative Physiol Ther 2013;36(3):143-201.

Rocha Junior R, Pereira JS. Contribuição da osteopatia sobre a flexibilidade da coluna lombar e intensidade da dor em pacientes adultos jovens com lombalgia aguda. Ter Man 2010; 8(35):50-54.

Cuccia AM, Caradonna C, Caradonna D. Manual therapy of the mandibular accessory ligaments for the management of temporomandibular joint disorders. J Am Osteopath Assoc 2011;111(2):102-12.

Carvalho AR, Ré D, Lam D, Cunha DM, Sena IB, Bertolini GRF. Efeito imediato da manipulação osteopática tibiotársica no equilíbrio estático de mulheres jovens. Rev Bras Ciênc Esporte 2013;35(2):455-67.

Klein P, Lepers Y, Salem W. Osteopathic medicine. Rev Med Brux 2011;32(4):369-74.

Anglund DC, Channell MK. Contribution of osteopathic medicine to care of patients with chronic wounds. J Am Osteopath Assoc 2011;111(9):538-42.

Gurgel FFA. Amplitude dos movimentos craniomandibulares e cervicais e limiar de dor após manipulação osteopática da articulação atlanto-axial [Dissertação]. Mossoró/RN: Universidade Estadual do Rio Grande do Norte; 2015.

Andrade LMB, Quandt FL, Campos DA, Delziovo CR, Coelho EBS, Moretti-Pires RO. Análise da implantação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família no interior de Santa Catarina. Saúde Transform Soc 2012;3(1):18-31.

Santos FAS, Gouveia GC, Martelli PJL, Vasconcelos EMR. Acupuntura no sistema único de saúde e a inserção de profissionais não-médicos. Rev Bras Fisioter 2009;13(04):30-4.

Maia FES, Gurgel FFA, Bezerra JCL, Bezerra CMV. Perspectivas terapêuticas da fisioterapia em relação à dor lombar. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba 2015;17(4):179-84.

Published

2017-06-25