Estudo sobre os portadores de esclerose múltipla na microrregião de Divinópolis

Authors

  • Lucas Marques de Oliveira Universidade de Itaúna

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v11i4.1392

Abstract

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, caracterizada patologicamente por múltiplas áreas de infl amação na substância branca do Sistema Nervoso Central. Apresenta manifestações clí­nicas variáveis sendo a mais frequente a fadiga. Este trabalho teve como objetivo levantar informações sobre os portadores de EM residentes na microrregião de Divinópolis em relação a dados pessoais, fadiga e qualidade de vida. Trata-se de um estudo transversal no qual foram incluí­dos 28 portadores de EM. Foram utilizados como instrumentos de medida o Mini-Mental, a Escala Modifi cada de Impacto de Fadiga (MFIS-BR), a Escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida (DEFU) e uma ficha de avaliação neurológica. A forma evolutiva de EM mais encontrada foi a recorrente-remitente (41,93%). Do total da amostra, 75% eram do sexo feminino; com média de iní­cio de sintomas de 33 ± 12,18 anos; 78,57% encontravam-se sem atividade profissional e 69,23% apresentavam fadiga. A correlação entre o escore total da MFIS e o escore total da DEFU evidenciou uma moderada correlação entre as variáveis fadiga e qualidade de vida. Concluiu-se que este estudo corrobora a literatura quanto ao sexo, idade de iní­cio de sintomas, atuação profissional, forma evolutiva da doença e que a fadiga é uma queixa frequente nos portadores de EM com impacto negativo na qualidade de vida.

Palavras-chave: esclerose múltipla, fadiga, qualidade de vida.

Author Biography

Lucas Marques de Oliveira, Universidade de Itaúna

Especialista em Fisioterapia Neurológica, Preceptora das Clinicas Integradas de Fisioterapia da Universidade de Itaúna

References

Desouza L, Bates D, Moran G. Esclerose Múltipla. In: Stokes M. Neurologia Para Fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000. p.149-66.

Pavan K, Marangoni BEM, Schmidt KB, Cobe FA, Matuti GS, Nishino LK et al. Reabilitação vestibular em pacientes com esclerose múltipla remitente-recorrente. Arq Neuro-Psiquiatr 2007;65(2a):332-5.

Sadiq SA, Miller JR. Doenças desmielinizantes. In: Rowland LP. Merritt Tratado de Neurologia. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1997. p.633-53.

Morales RR, Morales NMO, Rocha FCG, Fenelon SB, Pinto RMC, Silva CHM. Qualidade de vida em portadores de Esclerose Múltipla. Arq Neuro-Psiquiatr 2007;65(2b):454-60.

O’Sullivan, SB. Esclerose Múltipla. In: O’Sullivan, SB, Schmitz TJ. Fisioterapia Avaliação e tratamento. 4a ed. Barueri: Manole; 2004. p.715-41.

Zuvich RL, McCauley JL, Pericak-Vance MA, Haines JL. Genetics and pathogenesis of multiple sclerosis. Semin Immunol 2009;21(6):328-33.

Mendes MF, Balsimelli S, Stangehaus G, Tilbery CP. Validação de escala de determinação funcional da qualidade de vida na esclerose múltipla para a língua portuguesa. Arq Neuro-Psiquiatr 2004;62(1)108-13.

Frankel D. Esclerose Múltipla. In: Umphred DA. Reabilitação neurológica. 4a ed. Barueri: Manole; 2004. p.627-47.

Lana-Peixoto MA, Callegaro D.Moreira MA, Campos GB, Marchiori PE, Gabai AA, et al. Consenso expandido do BCTRIMS para o tratamento da esclerose múltipla. Arq Neuro-Psiquiatr 2002;60(3b):881-6.

Tremlett H. Natural History of secondary- progressive multiple sclerosis. Multiple Sclerosis 2008;14(3):314-24.

Frankel D. Esclerose múltipla. In: Umphred DA. Fisioterapia Neurológica. 2a ed. São Paulo: Manole; 1994. p.529-47.

Minguetti G. Ressonância magnética na esclerose múltipla: Análise de 270 casos. Arq Neuro-Psiquiatr 2001;59(3a):563-9.

Robinson D, Eisenberg D, Nieter PJ, Doyle M, Bala M, Paramore C, Fraemak K, Renahan K. Systemic sclerosis prevalence and comorbidities in the US, 2001-2002. Curr Med Res Opin 2008;24(4):1157-66.

Pavan K, Schmidt K, Marangone B, Mendes MF, Tilbery CP, Lianza S. Adaptação transcultural e validação da Escala Modificada de Impacto de Fadiga. Arq Neuro-Psiquiatr 2007;65(3a):669-73.

Lebre AT, Mendes MF, Tilbery CP, Almeida AL, Scatolini Neto A. Relação entre fadiga e distúrbios autonômicos na esclerose múltipla. Arq Neuro-Psiquiatr 2007;65(3a):663-68.

Haase VG, Lacerda SS, Lima EP, Corrêa TD, Brito DCS, Lana-Peixoto MA. Avaliação do funcionamento psicossocial na Esclerose Múltipla. Arq Neuro-Psiquiatr 2004;62(2):282-91.

Pavan K, Schmidt K, Ariça TA, Mendes MF, Tilbery CP, Lianza S. Avaliação da fatigabilidade em pacientes com esclerose múltipla através do dinamômetro manual. Arq Neuro-Psiquiatr 2006;64(2a):283-6.

Mendes MF, Tilbery CP, Balsielli S, Felipe E, Moreira MA, Barão-Cruz AM. Fadiga na forma remitente-recorrente da esclerose múltipla. Arq Neuro-Psiquiatr 2000;58(2b):471-5.

Marcos AM, Eduardo F, Mendes MF, Tilbery CP. Esclerose múltipla: Estudo descritivo de suas formas clínicas em 302 casos. Arq Neuro-Psiquiatr 2000;58(2b):460-6.

Santos EC, Yokota M, Dias NFR. Esclerose múltipla: Estudo de pacientes com a forma surto-remissão cadastrados na Secretaria do Estado da Saúde de Minas Gerais. Arq Neuro-Psiquiatr 2007;65(3b):885-8.

Hadjimichael O, Vollmer T, Oleen-Burkey M. Fatigue characteristics in multiple sclerosis: the North American Research Committee on Multiple Sclerosis (NARCOMS) survey. Health Qual Life Outcomes 2008;6:100.

Janardhan V, Bakshi R. Quality of life in patients with multiple sclerosis: the impact of fatigue and depression. J Neurol Sci 2002;205(1):51-8.

Published

2017-12-09