Estudo comparativo da funcionalidade e qualidade de vida entre idosos de diferentes classes econômicas
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v18i5.1544Abstract
Objetivo: Comparar a Capacidade Funcional (CF) e Qualidade de Vida (QV) entre idosos de diferentes classes econômicas. Métodos: A amostra foi constituída por idosos de ambos os sexos, capazes de deambular. A CF foi avaliada através dos testes Timed up and Go (TUG), teste de caminhada de 6 minutos (TC6) e velocidade de marcha (VMH), já a QV por meio do perfil de saúde de Nottingham (PSN) e a classe econômica de acordo com o critério de classificação econômica Brasil e subdivididos de acordo com a classe econômica. Como os dados foram distribuídos de forma não paramétrica, a comparação da CF e QV entre as classes econômicas utilizou o teste Kruskal-Wallis e, para a comparação do TC6 e TUG dos idosos com valores de referência, o teste Wilcoxon. O nível de significância estabelecido foi de 5%. Resultados: Foram avaliados 60 idosos e subdivididos nos grupos: A1(9), A2 (9), B1(9), B2 (10), C (12), e D (11). Não houve diferença na CF e QV entre os idosos de diferentes classes econômicas (p < 0,05). A prática de exercício foi relevante nos grupos A1 e D. Os grupos com maior impacto de morbidade foram A1 e A2 (89% ambos). Foi observado um pior desempenho no TC6"™ em A2 e D e no TUG em D. Na VMH foram vistos menores valores em A1. Maiores valores na escala PSN foram visualizados no grupo D, revelando uma pior QV. Conclusão: Não houve interferência direta da classe econômica sobre a capacidade funcional e a qualidade de vida dos idosos.
Palavras-chave: aptidão física, envelhecimento, expectativa de vida ativa.
References
Carvalho JAM, Garcia RA. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Cad Saúde Pública 2003;19(3):725-33.
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica. IBGE. Projeção da população. [citado 2016 Mai 23]. DisponÃvel em: URL: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/piramide/piramide.shtm >.
Mazo GZ, Liposcki DB, Ananda C, Preve D. Condições de saúde, incidencia de quedas e nÃvel de atividade fÃsica dos idosos. Rev Bras Fisioter 2007;11(6):437-42.
Pereira RJ, Cotta RMM, Franceschini SCC, Ribeiro RCL, Sampaio RF, Priore SE et al. Contribuição dos domÃnios fÃsico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Rev Psiquiatr 2006;28(1):27-38.
Negri LSA, Ruy GF, Collodetti JB, Pinto LF, Soranz DR. Aplicação de um instrumento para detecção precoce e previsibilidade de agravos na população idosa. Ciênc Saúde Coletiva 2004;9(4):1033-46.
Souza L, Galante H, Figueredo D. Qualidade de vida e bem-estar dos idosos: um estudo exploratório na população portuguesa. Rev Saúde Pública 2003;37(3):364-71.
Virtuoso JSJ, Guerra RO. Fatores associados às limitações funcionais em idosas de baixa renda. Rev Assoc Med Bras 2008;54(5):430-5.
Critério de Classificação econômica Brasil. [citado 2010 Mai 2010]. DisponÃvel em: URL: http://www.abep.org/novo/CMS/Utils/FileGenerate.ashx?id=21.
Salmela LFT, Magalhães LC, Souza AC, Lima MC, Lima RCM, Goulart F. Adaptação do Perfil de Saúde de Nottingham: um instrumento simples de avaliação da qualidade de vida. Cad Saúde Pública 2004;20(4):905-14.
Silva A, Almeida GJM, Cassilhas RC, Cohen M, Peccin MS, Tufik S et al. EquilÃbrio, coordenação e agilidade de idosos submetidos à prática de exercÃcios fÃsicos resistidos. Rev Bras Med Esporte 2008;14(2):88-93.
Salbach NM, Mayo NE, Higgins J, Ahmed S, Finch LE, Richards CL. Responsiveness and predictability of gait speed and other. Disability measures in acute stroke. Arch Phys Med Rehabil 2001;82:1204-12.
American Thoracic Society. ATS Statement: Guidelines for the Six-Minute Walk Test. J Respir Crit Care Med 2002;166:111-7.
Enright PL, Sherrill DL. Reference equations for the six-minute walk in healthy adults. Am J Resp Crit Care Med 1998;158:1384-7.
Barata VF, Gastaldi AC, Mayer AF, Sologuren MJJ. Avaliação das equações de referência para predição da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos em idosos saudáveis brasileiros. Rev Bras Fisioter 2005;9(2):165-71.
Isles RC, Choy NLL, Steer M, Nitz JC. Normal values of balance tests in women aged 20-80. American Geriatric Society 2004; 52(8):1367-1372.
Morey MC, Sloane R, Pieper CF, Peterson MJ, Pearson MP, Ekelund CC, et al. Effect of physical activity guidelines on physical function in older adults. J Am Geriatr Soc 2008;56(10):1873-8.
Toscano JJO, Oliveira ACC. Qualidade de vida em idosos com distintos nÃveis de Atividade FÃsica. Rev Bras Med 2009;15(3):169-72.
Evans W. National Institutes of Health. Functional outcomes for clinical trials in frail older persons: time to be moving. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 2008;63(2):160-4.
Rosa TEC, BenÃcio MHDA, Latorre MRDO, Ramos LR. Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev Saúde Pública 2003; 37(1):40-8.
Roos NP, Havens B. Predictors of successful aging: a twelve-year study of Manitoba elderly. Am J Public Health 1991;81:63-8.
Parahyba MI, Veras R. Diferenciais sociodemográficos no declÃnio funcional de mobilidade fÃsica entre idosos no Brasil. Ciênc Saúde Coletivo 2008;13(4):1257-64.
Inouye K, Pedrazzani ES. Instruction, social economic status and evaluation of some dimensions of octogenarians’ quality of life. Rev Latino Am Enferm 2007;15.
Vecchia RD, Ruiz T, Bocchi SCM, Corrente JE. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Rev Bras Epidemiol 2005;8(3):246-52.
Pires SR, Oliveira AC, Parreira, VF e Britto RR. Teste de caminhada de seis minutos em diferentes faixas etárias e Ãndices de massa corporal. Rev Bras Fisioter 2007;11(2):147-51.
Enright PL, McBurnie MA, Bittner V, Tracy, RP, McNamara, R, Arnold A et al. The 6-min walk test – a quick measure of functional status in elderly subjects. Chest 2003;123:387-98.
Troosters T, Goosselink R, Decramer M. Six minute walking distance in elderly subjects. Eur Respir J 1999;14:270-4.
Abreu SSE, Caldas CP. Velocidade de marcha, equilÃbrio e idade: um estudo correlacional entre idosas praticantes e não praticantes de um programa de exercÃcios terapêuticos. Rev Bras Fisioter 2008;12(4):324-30.
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
