Intervenção fisioterapêutica na fase inicial da esclerose lateral amiotrófica

Authors

  • Daniele de Almeida Soares UFPB

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v9i1.1612

Abstract

Esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva de causa idiopática que leva a paresia e hipotrofias musculares por acometimento de neurônios motores. Uma vez que permanece incógnita uma terapia eficaz que possa evitar a evolução da doença, este trabalho objetiva demonstrar a importância da fisioterapia no retardo dos sintomas da ELA através do relato de caso de um paciente no estágio inicial da doença. O atendimento foi realizado na Clí­nica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraí­ba, sendo aplicado um tratamento fisioterapêutico especí­fico com freqüência de três vezes semanais e duração média de 50 minutos. O paciente apresentava incoordenação do membro superior esquerdo, paresia, diminuição da função e da amplitude de movimento, e apatia. O tratamento concentrou-se em trabalho de alongamento, coordenação motora, exercí­cios ativos-livres nas diagonais do método Kabat, associados ao trabalho respiratório e atenção ao surgimento e prevenção da fadiga. Durante o tratamento, observou-se considerável melhora da coordenação motora, bem como da auto-estima, e manutenção da força muscular, apontando para os efeitos positivos da intervenção no retardo dos sintomas mais graves da ELA, prevenindo maiores complicações funcionais e melhorando o aspecto emocional do paciente.

Palavras-chave: intervenção fisioterapêutica, esclerose lateral amiotrófica, fase inicial.

Author Biography

Daniele de Almeida Soares, UFPB

Acadêmicas de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraí­ba - UFPB

References

Castro-Costa CM, Oriá RB, Machado-Filho JA, Franco MTG, Diniz DLO, Giffoni SD et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Clinical analysis of 78 cases from Fortaleza (northeastern Brazil). Arq Neuropsiquiatr 1999;57(3B):761-74.

Talbot K. Motor neurone disease. Postgrad Med J 2002;78:13-519.

Voltarelli JC. Perspectivas de terapia celular na esclerose lateral amiotrófica. Rev Bras Hematol Hemoter 2003;26(3):155-56.

Kradolfer H. Better coordination for MND patients. Austr Nurs J 2006;13(8):28.

Humberstone N. Respiratory assesment and treatment. Cardiopulmonar physical therapy. 3rd ed. Philadelphia: CV Mosby; 1995.

Mitsumoto H, Chad DA, Pioro EP. Epidemiology. Amyotrophic lateral sclerosis. Philadelphia: FA Davis Company; 1998. p.18-33.

Hallum A. Doenças neuromusculares. In: Umphred, DA. Reabilitação neurológica. 4a ed. Barueri: Manole; 2004. p.384-440.

Castro-Costa CM, Oriá RB, Vale OC, Arruda JA, Horta WG, D’Almeida JA, et al. Motor neuron diseases in the university hospital of Fortaleza (northeastern Brazil). A clinico-demographic analysis of 87 cases. Arq Neuropisiquiatr 2000;58(4):986-89.

Donohoe DJ, Brady B. Motor neuron disease: etiology, pathogenesis and treatment – a review. Irish J Med Sci 1996;165:200-09.

Rosen DR, Siddique T, Pattersen D, Figlewicz DA, Sapp P, Hentati A, Donaldson D, et al. Mutations in Cu/Zn superoxide dismutase gene are associated with familial amyotrophic lateral sclerosis. Nature 1993;362(6415):59-63.

Shaw PJ, Forrest V, Ince PG, Richardson JP, Wastell HJ. CSF and plasma amino acid levels in motor neuron disease: elevation of CSF glutamate in a subset of patients. Neurodegeneration 1995;4(2):209-216.

Berger MM, Kopp N, Vital C, Redl B, Aymard M, Lina B. Detection and cellular localization of enterovirus RNA sequences in spinal cord of patients with ALS. Neurology 2000; 54(1):20-25.

Dietrich-Neto F, Callegaro D, Dias-Tosta E, Silva Ha, Ferraz ME, Lima JM, Oliveira AS. Amyothophic lateral sclerosis in Brazil: 1998 national survey. Arq Neuropsiquiatr 2000;58(3A): 607-615.

Cashman NR. Do the benefits of currently available treatments justify early diagnosis and announcement? Arguments for. Neurology 1999;53(5):S50-S52.

Desai J, Sharief M, Swash M. Riluzole has no effect on motor unit patterns in ALS. J Neurol Sci 1998;160(1):S69-S72.

Matheron L, Barrau K, Blin O. Disease management: the example of amyotrophic lateral sclerosis. J Neurol 1998;245(2):S20-S28.

Leigh PN. The manegement of motor neurone disease. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2003;74:32-47.

Adler SS, Beckers D, Buck M. PNF Facilitação neuromuscular proprioceptiva: um guia ilustrado. São Paulo: Manole; 1999.

Winstein C, Sullivan K. Some distinctions on motor learning/motor control distinction. Neurol Rep 1997; 21:42.

Clarkson PM, Nokasaa K, Braun B. Muscle function after exercise-induced muscle damage and rapid adaptation. Med Sci Sports Exerc 1992;24:512-29.

Sinaki M, Mulder DW. Rehabilitation techniques for patients with amyotrophic lateral sclerosis. Mayo Clin Proc 1978;53(3):173-8.

Published

2017-12-30