Prevalência de apneia obstrutiva do sono em pacientes que serão submetidos í  cirurgia cardí­aca internados em uma UTI de alta complexidade

Authors

  • Katherine Martinello Kestering UNESC
  • Fernando Schmitz de Figueiredo UNESC
  • Bruno Búrigo Peruchi UNESC
  • Eduardo Ghisi Victor UNESC

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i2.1629

Abstract

Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) é caracterizada por obstrução das vias aéreas superiores durante o sono e provoca uma série de consequências para o sistema cardiovascular. Estudos mostram associação de apneia obstrutiva do sono com um mau prognóstico em longo prazo após intervenção coronariana e elevação do í­ndice de infarto agudo do miocárdio. Objetivo: Analisar a prevalência de apneia obstrutiva do sono em pacientes no pré-operátorio de cirurgia cardí­aca. Métodos: Estudo transversal no qual foi avaliado prevalência de apneia obstrutiva do sono através do Questionário de Berlin e da Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Foram incluí­dos pacientes no perí­odo de julho a outubro de 2017, com idade igual ou superior a 18 anos. Resultados: Foram avaliados 40 pacientes, com idade média de 62,35 ± 7,9 anos e a maioria do sexo masculino (72,5%). O procedimento mais prevalente foi í  Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM) (80%). Foi identificado alto í­ndice de prevalência de AOS em 62,5% dos participantes; 65% dos pacientes não apresentaram í­ndices significativos de sonolência. Conclusão: Com este estudo vimos que pacientes que realizam cirurgia cardí­aca, apresentam alta prevalência de AOS, mas não apresentam necessariamente altos í­ndices de sonolência. Percebe-se que entre os pacientes com maior prevalência de AOS existe uma maior prevalência da realização de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM), mostrando a relação direta de doença cardiovascular com AOS.

Palavras-chave: apneia obstrutiva do sono, doenças cardiovasculares, cirurgia cardí­aca, questionário de Berlin, escala de sonolência de Epworth.

 

Author Biographies

Katherine Martinello Kestering, UNESC

Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Criciúma/SC

Fernando Schmitz de Figueiredo, UNESC

M.Sc., Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Criciúma/SC

Bruno Búrigo Peruchi, UNESC

Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Criciúma/SC

Eduardo Ghisi Victor, UNESC

D.Sc., Professor da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) Criciúma/SC

References

American Academy of Sleep Medicine. The AASM manual for the scoring of sleep and associated events: rules, terminology, and technical specifications. 1st ed. Westchester: Illinois; 2007.

Wang X, Ouyang Y, Wang Z, Zhao G, Liu L, Bi Y. Obstructive sleep apnea and risk of cardiovascular disease and all-cause mortality: a meta-analysis of prospective cohort studies. Int J Cardiol 2013;169(3):207-14.

Magedanz, EH; Bodanese, LC; Guaragna, JCVC; Albuquerque, LC; Martins, V; Minossi, SD; et al. Elaboração de escore de risco para mediastinite pós-cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Bras Cir Cardiovasc 2010;25(2):154-9.

Yumino D, Tsurumi Y, Takagi A, Suzuki K, Kasanuki H. Impact of obstructive sleep apnea on clinical and angiographic outcomes following percutaneous coronary intervention in patients with acute coronary syndrome. Am J Cardiol 2007;99(1):26-30.

Cassar A, Morgenthaler TI, Lennon RJ, Rihal CS, Lerman A. Treatment of obstructive sleep apnea is associated with decreased cardiac death after percutaneous coronary intervention. J Am Coll Cardiol 2007;50(14):1310-4.

Lee CH, Khoo SM, Chan MY, Wong HB, Low AF, Phua QH, et al. Severe obstructive sleep apnea and outcomes following myocardial infarction. J Clin Sleep Med 2011;7(6):616-21.

Tufik S, Santos-Silva R, Taddei JA, Bittencourt LR. Obstructive sleep apnea syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Med 2010;11(5):441-6.

Naughton MT. Sleep disorders in patients with congestive heart failure. Curr Opin Pulm Med 2003;9(6):453-8. http://dx.doi. Org/10.1097/00063198-200311000-00001.

Netzer NC, Toohs RA, Netzer CM, et al. Using the Berlim Questionnaires to identify patients at risk for the sleep apnea syndrome. Ann Intern Med 1999;131(7):485-91.

Murray JW. Daytime Sleepiness, Snoring and Obstructive Sleep Apnea: The Epworth Sleepiness Scale. Chest 1993;103(1):30-6.

Associação Brasileira do Sono. AOS Apneia Obstrutiva do Sono. AOS. 2014; 1:3-7.

Fletcher EC. Cardiovascular disease associated with obstructive sleep apnea. Monaldi Arch Chest Dis 2003;59:254-61.

Lavie L, Lotan R, Hochberg I, et al. Haptoglobin polymorphism is a risk factor for cardiovascular disease in patients with obstructive sleep apnea syndrome. Sleep 2003;26(5):592-5.

Parker JD, Brooks D, Kozar LF, et al. Acute and chronic effects of airway obstruction on canine left ventricular performance. Am J Respir Crit Care Med 1999;160:1888-96.

Pagel JF. Excessive daytime sleepiness. Am Fam Phys 2009;79(5):391-6.

Boden-Albala B, Roberts ET, Bazil C, Moon Y, Elkind MS, Rundek T et al. Daytime sleepiness and risk of stroke and vascular disease: findings from the Northern Manhattan Study (MOMAS). Circ Cardiovasc Qual Outcomes 2012;5(4):500-7.

Bertolazi AN, Fagondes SC, Hoff LS, Pedro VD, Barreto SS, Johns MW. Validação da escala de sonolência de Epworth em português para uso no Brasil. J Bras Pneumol 2009;35(9):877-83.

Lombardi C, Parati G, Cortelli P, Provini F, Vetrugno R, Plazzi G, et al. Daytime sleepiness and neural cardic modulation in sleep-related breathing disorders. J Sleep Res 2008; 17(3):263-70

Lee CH, Ng WY, Hau W, Ho HH, Tai BC, Chan MY, et al. Excessive daytime sleepiness is associated with longer culprit lesion and adverse outcomes in patients with coronary artery disease. J Clin Sleep Med 2013;9(12):1267-72.

Vgontzas AN, Kales A. Sleep and its Disorder. Ann Rev Med 1999;50:387-400.

Fong SYY, Ho CKW, Wing YK. Comparing MSLT and ESS in the measurement of excessive daytime sleepiness in obstructive sleep apnoea syndrome. J Psychosom Res 2005;58:55-60.

Published

2018-05-11