Avaliação da força muscular respiratória no terceiro trimestre gestacional e no puerpério tardio

Authors

  • Andréa Lemos Faculdade Integrada do Recife

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v9i3.1641

Abstract

Este estudo avaliou a força dos músculos inspiratórios e expiratórios no terceiro trimestre gestacional e seis semanas após o parto, correlacionando tais valores nesses diferentes perí­odos, e comparou a força expiratória com a distância intra-reto (DIR) e altura do fundo do útero. A amostra foi composta de 51 gestantes primí­paras na faixa etária entre 21 e 35 anos que foram avaliadas entre a 28a e 41a semana de gestação e 6 semanas pós-parto. Foram mensurados a Pressão inspiratória máxima (Pimáx) e Pressão expiratória máxima (Pemáx), altura do fundo do útero e DIR. Utilizou-se o teste t-student para duas amostras pareadas e o teste de correlação de Spearman com um ní­vel de significância de 95%. Foi encontrada uma diferença entre os valores de Pimáx e Pemáx no terceiro trimestre gestacional quando comparado ao puerpério tardio (p < 0,001) e foi observado que a DIR interfere nos valores de Pemáx apenas no pós-parto (p < 0,001). Tais resultados sugerem que as modificações fisiológicas existentes na gestação podem promover alterações na força dos músculos inspiratórios e expiratórios.

Palavras-chave: pressão respiratória máxima, distância intra-reto, gravidez.

Author Biography

Andréa Lemos, Faculdade Integrada do Recife

M.Sc.,    Professora da Faculdade Integrada do Recife

References

Machado MGR, Aroeira RMC, Assumpção JA. Alterações do sistema respiratório na gravidez. In: Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia: aspectos de ginecologia e neonatologia. 3a ed. São Paulo: Medsi; 2002. p.41-51.

Rees GB, Pipkin FB, Symonds EM, Patrick JM. A longitudinal study of respiratory changes in normal human pregnancy with cross-sectional data on subjects with pregnancy-induced hypertension. Am J Obstet Gynecol 1990;162: 826-830.

McAuliffe F, Kametas N, Costello J, Rafferty GF, Greenough A, Nicolaides K. Respiratory function in singleton and twin pregnancy. BJOG 2002;109:765-69.

Cugell DW, Frank NR, Gaensler EA, Badger TL. Pulmonary function in pregnancy. Am Rev Tuberc 1953;67:568-97.

Fiz JA, Montserrat JM. How many manoeuvres should be done to measure maximal inspiratory mouth pressure in patients with chronic airflow obstruction? Thorax 1989;44: 419-421.

Gilroy RJ, Manguara BT, Lavietes MH. Rib cage and abdominal volume displacements during breathing in pregnancy. Am Rev Respir Dis 1998;144:837-41.

Contreras G, Gutiérrez M, Beroíza T, Fantín A, Oddó H, Villarroel L, et al. Ventilatory drive and respiratory muscle function in pregnancy. Am Rev Respir Dis 1991;137:668-672.

Boissonnault JS, Blaschack MJ. Incidence of diastasis recti abdominis during the childbearing year. Phys Ther 1988;68:1082-86.

Hsia M, Jones S. Natural resolution of rectus abdominis diastasis: Two single case studies. Aust J Physiother 2000;46:301-07.

Rocha GPG, Sieczko LS, Pereira SMD. Diagnóstico e cronologia da gestação. In: Chaves Neto H. Obstetrícia Básica. 1a ed. São Paulo: Atheneu; 2004. p.85.

Neme B. Propedêutica obstétrica. In: Neme B. Obstetrícia básica. 2a ed. São Paulo: Sarvier; 2000. p.80.

Karvonen J, Saarelainnen S, Nieminem MM. Measurement of respiratory muscles forces based on maximal inspiratory and expiratory pressures. Respiration 1994;61:28-31.

McKenzie DK, Gandevia SC, Gorman RB, Southon FCG. Dynamic changes in the zone of apposition and diaphragm length during maximal respiratory efforts. Thorax 1994; 49: 634-38.

Neder JA, Andreoni S, Lerario MC, Nery LE. Reference values for lung function test II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Braz J Med Biol Res 1999; 32:719-27.

Field SK, Bell SG, Cenaiko DF, Whitelaw WA. Relationship between inspiratory effort and breathlessness in pregnancy. J Appl Physiol 1991;71:1891-1902.

Crapo RO. Normal cardiopulmonary physiology during pregnancy. Clin Obstet Gynecol 1996;39:3-10.

Lemos A, Caminha MA, Melo Junior EF, Andrade AD. Avaliação da força muscular respiratória no terceiro trimestre de gestação. Rev Bras Fisioter 2005;9(2):151-56.

Gilroy Junior RJ, Gavietes MH, Loring SH, Mansura BT, Mead J. Respiratory mechanical efforts of abdominal distension. J Appl Physiol 1985;58:1997-2003.

Konkler CJ. Princípios de exercícios para paciente obstétrica. In: Kisner C, Colby LA. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 2ª ed. São Paulo: Manole;1996. p.547-76.

Kapandji AI. Fisiologia articular: tronco e coluna vertebral. 5a ed. São Paulo: Manole; 2000. p. 42-45.

Gowitzke B, Milner M. Scientific basis of human movement. 3a ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1987. p.156-68.

Gilleard WL, Brown JM. Structure and function of the abdominal muscles in primigravid subjects during pregnancy and the immediate postbirth period. Phys Ther 1996;76:750-62.

Barisione G, Ravida S, Fontana L, Gazzaniga GM. Upper abdominal surgery: Does lung function test exist to predict early severe postoperative respiratory complications? Eur Respir 1997;10:1301-08.

Squirrel DM, Majeed A, Troy G, Peacock JE, Nicholl JP, Johnson AG. A randomized, prospective, blinded comparison of postoperative pain, metabolic response, and perceived health after laparoscopic and small incision cholecystectomy. Surgery 1998;123:485-95.

Chiavegato LD, Jardim JR, Faresin SM, Juliano Y. Alterações funcionais respiratórias na colecistectomia por via laparoscópica. J Pneumol 2000; 26:125-32.

Moreira ECH, Brunetto AF, Catanho MMJ, Nakagawa TH, Yamaguti, WPS. Estudo da ação sinérgica dos músculos respiratórios e do assoalho pélvico. Rev Bras Fisioter 2002; 6:71-76.

Published

2017-12-30

Issue

Section

Original articles