Pico de fluxo expiratório em voluntários de 50 a 80 anos
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v9i6.1730Abstract
Objetivo: Avaliar o valor de pico de fluxo expiratório (PFE) em voluntários idosos. Método: Foram incluídos 305 voluntários clinicamente estáveis, sendo 231 do sexo feminino com idade entre 50 e 80 anos. Foi registrada a altura, sexo e medido o PFE com o dispositivo ASSESS® Peak Flow Meter com esforços expiratórios máximos. Realizou-se 3 medidas, desde que a última não fosse a maior e que não houvesse diferenças superiores a 5%. Utilizou-se nível de significância de 95%. Resultados: O valor médio do PFE para os homens foi de 442 ± 122,9 l/min e para as mulheres foi 330 ± 71,8 l/min. A altura influenciou nos valores de PFE. Quanto maior a idade, menor é o PFE. Foi construída curva de regressão para o PFE, que estabelecem valores de normalidade para homens brasileiros com idade entre 50 e 80 anos: PFE (l/min) = - 140,438 - 2,351*idade + 409,689*altura. Para o sexo feminino não foi possível estabelecer uma equação, pois a variável altura não foi estatisticamente significante. Conclusão: Os homens apresentam valores de PFE mais elevados que as mulheres. Foi possível construir uma equação para predizer o PFE para homens, o mesmo não aconteceu para o sexo feminino.
Palavras-chave: espirometria, valores de referência, fluxo expiratório máximo, mecânica respiratória.
References
Fritscher CC, Martins FP, Kahan F et al. Pico de fluxo expiratório em escolas de Porto Alegre, RS. Revista de Medicina 1996;6(4).
Irwin S, Tecklin JS. Fisioterapia Cardiopulmonar. 2a ed. São Paulo: Manole; 1994.
Barnes PJ. Circadian variation in airway function. Am J Med 1985;79(6A):5-9.
Fritscher CS, Kahan F, Zetler E. Um guia para orientação de pacientes asmáticos [online]. BrasÃlia: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; 2004.
Brand PLP, van der Ent CK. The practical application and interpretation of simple lung function tests in cystic fibrosis. J R Soc Med 1999;92(37):2-12.
Ruchkys VC, Dias RM, Sakurai E, Camargos PAM. Acurácia de medidores do pico de fluxo expiratório (peak-flow) da marca MiniWright. J Pediatr (Rio J) 2000;76:447-52.
Miles JF, Tunnicliffe W, Cayton RM, Ayres JG, Miller MR. Potential effects of correction of inaccuracies of the mini- Wright peak expiratory flow meter on the use of an asthma self management plan. Thorax 1996;51:403-6.
Quanjer PH, Lebowitz MD, Gregg I, Miller MR, Pedersen OF. Peak expiratory flow: Conclusions and recommendations of a working party of the European Respiratory Society. Eur Resp J 1997;24 (Suppl):2S-8S.
Primhak RA, Coates FS. Malnutrition and peak expiratory flow rate. Eur Respir J 1988;1(9):801-3.
Cook NR, Evans DA, Scher PA, Speizer FE, Vedal S, Branch LG, Huntley JC, Hennekens CH, Taylor JO. Peak expiratory flow rate in an elderly population. Am J Epidemiol 1989;130:66-78.
Vaz Fragoso CA, Gahbauer EA, Van Ness PH, Gill TM. Reporting peak expiratory flow in older persons. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 2007;62(10):1147-51.
Graner EA. EstatÃstica: Bases para o seu emprego na experimentação agronômica e em outros problemas biológicos. São Paulo: Melhoramentos; 1966.
Siegel S. EstatÃstica não-paramétrica para as ciências do comportamento. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 1975.
Menezes AMB, Victora CG, Horta BL, Rigatto M. Valores de referência para o pico de fluxo expiratório em adultos acima de 40 anos, Pelotas, RS. J Pneumol 1995;21(2):119-22.
Graff-Lonnevig V, Harfi H, Tipirneni P. Peak expiratory flow rates in healthy Saudi Arabian children living in Riyadh. Ann Allergy 1993;71(5):446-50.
Hegewald MJ, Crapo RO, Jensen RL. Intraindividual peak flow variability. Chest 1995;107:156-61.
Nunn AJ, Gregg I. New regression equations for predicting peak expiratory flow in adults. BMJ 1989;298(6680):1068-70.
Pereira CAC. Espirometria. J Pneumol 2002 28(3):S1- S82.
Carvalho LMT, Pereira ADB. Morbidade respiratória em crianças fumantes passivas. J Pneumol 2002;28(1):8-14.
Teklu B, Seboxa T, Mills RJ. Pico de fluxo expiratório em crianças e adultos etÃopes normais em Addis Abeba. Br J Dis Chest 1987;81(2):176-81.
Mengesha YA, Mekonnen Y. Spirometric lung function tests in normal non-smoking Ethiopian men and women. Thorax 1985;40(6):465-8.
Koyama H, Nishimura K, Ikeda A, Tsukino M, Izumi T. Comparison of four types of portable peak flow meters (Mini-Wright, Assess, Pulmo-graph and Wright Pocket meters). Respir Med 1998;92(3):505-11.
Shapiro SM, Hendler JM, Ogirala RG, Aldrich TK, Shapiro MB. An evaluation of the accuracy of assess and MiniWright peak flowmeters. Chest 1991;99(2):358-62.
American Thoracic Society. Standartization of spirometry: 1994 update. Am J Res Crit Care Med 1995;153(3):1107-36.
West JB. Fisiologia respiratória moderna. 5a ed. São Paulo: Manole; 1996.
Ross S, Cochran DP. Method for manipulating peak flow measurements producing falsely raised readings Thorax 2001;56:500-1.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica 2000 [online]. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicÃlios no Brasil 2000; c2002 [citado 2006 nov 4]. IBGE Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão [97 pp]. DisponÃvel em: URL: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/perfilidoso/perfidosos2000.pdf.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.