Cinesioterapia no tratamento de pacientes com incontinência urinária pós-prostatectomia radical

Authors

  • Elaine Caldeira de Oliveira Guirro UNIMEP

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v8i5.1804

Abstract

Introdução: A incontinência urinária masculina pode ser decorrente de vários fatores, incluindo anormalidades da contratilidade do detrusor, idade e doenças neurológicas. Entretanto, homens submetidos a cirurgia de prostatectomia radical, possuem maior chance de desenvolver essa doença. Quatro fatores estão relacionados a técnica cirúrgica: redução do comprimento uretral funcional, dano do colo da bexiga e dos feixes neurovasculares e instabilidade vesical. A causa mais comum é a lesão do colo da bexiga levando a uma deficiência esfincteriana, fazendo a competência do esfí­ncter depender somente do rabdoesfí­ncter. Essas alterações levam a incontinência urinária de esforço, forma mais comum de incontinência urinária, presente em 70% dos pacientes submetidos a cirurgia de prostatectomia radical. Objetivo: Revisar os efeitos da cinesioterapia no tratamento conservador da incontinência urinária pós-prostatectomia radical, contribuindo para fundamentação de sua aplicação clí­nica. Método: revisão bibliográfica efetuada nas bases de dados Medline, PubMed e Scielo, no perí­odo de 1996 até 2004, enfatizando pontos importantes sobre a cirurgia de prostatectomia radical, a incontinência urinária subseqüente, bem como o tratamento por meio da cinesioterapia. Conclusão: após análise dos trabalhos pesquisados, é possí­vel sugerir que cinesioterapia tende a melhorar a continência urinária em alguns pacientes estudados.

Palavras-chave: incontinência urinária, prostatectomia, terapia por exercí­cio, homem.

 

Author Biography

Elaine Caldeira de Oliveira Guirro, UNIMEP

Ft, D.Sc.,  

Professora do Programa de Pós-graduação (Stricto Sensu) do curso de Fisioterapia (PPG – FT) da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP

References

Mathewson-Chapman M. Pelvic muscle exercise/biofeedback for urinary incontinence after prostatectomy: a education program. J Cancer Educ 1997;12 (Suppl 4):218-23.

Ploratos DL, Sonke GS, Rapidou CA, Alivizatos GJ, Deliveliotis C, Constantinides CA et al. Biofeedback vs verbal feedback as learning tools for pelvic muscle exercises in the early management of urinary incontinence after radical prostatectomy. BJU Int 2002;89:714-9.

Parekh A, Feng MI, Kirages D, Bremner H, Kaswick J, Aboseif S. The role of pelvic floor exercises on post-prostatectomy incontinence. J Urol 2003;170:130-3.

Wille S, Sobottka A, Heidenreich A, Hofmann R. Pelvic floor exercises, electrical stimulation and biofeedback after radical prostatectomy: results of a prospective randomized trial. J Urol 2003;170:490-3.

Moore KN, Cody DJ, Glazener CMA. Conservative management for post prostatectomy urinary incontinence. Cochrane Database Syst Rev 2004;2.

Tlaseth T, Bo K. Long-term effect of pelvic floor muscle exercise 5 years after cessation of organized training. Obstet Gynecol 1996;87:261-5.

Franke JJ, Gilbert WB, Grier J, Koch MO, Shyr Y, Smith Jr JA. Early post-prostatectomy pelvic floor biofeedback. J Urol 2000;163:191-3.

Wilson JWL. Biofeedback shows promise for post radical prostatectomy urinary incontinence. J Urol 1996:156 (Suppl 8):16.

Powel L. Quality of life in men with urinary incontinence after prostate cancer surgery. J Wound Ostomy Continence Nurs 2000; 27(Suppl 3):174-8.

Bales GT, Gerber GS, Minor TX, Mhoon DA, McFarland JM, Kim HL, et al. Effect of preoperative biofeedback/pelvic floor training on continence in men undergoing radical prostatectomy. Urology 2000;56:627-30.

Mettlin CJ, Murphy GP, Sylvester J, McKee RF, Morrow M, Winchester DP. Results of hospital cancer registry surveys by the American College of Surgeons: outcomes of prostate cancer treatment by radical prostatectomy. Cancer 1997;80:1875-81.

Peyromaure M, Ravery V, Boccon-Gibod L. The management of stress urinary incontinence after radical prostatectomy. BJU 2002;90:155-61.

Moorehouse DL, Robinson JP, Bradway C, Zoltick B, Newman D. Behavioral treatments for post-prostatectomy incontinence. Ostomy Wound Manage 2001:47 (Suppl 12):30-42.

Moore KN, Griffiths D, Hughton A. Urinary incontinence after radical prostatectomy: a randomized controlled trial comparing pelvic muscle exercises with or without electrical stimulation. BJU Int 1999;83:57-65.

Haab F, Yamaguchi R, Leach GE. Incontinence post-prostatectomy. Urol Clin North Am 1996;23 (Suppl 3):447-57.

Dorey G. Pelvic floor muscle exercises for men. Nurs Times 2003:99 (Suppl 19):46-8.

Herr HW. Quality of life of incontinence men after radical prostatectomy. J Urol 1994;151:652-4.

Litwin MS, Hays RD, Fink A. Ganz PA, Leake B, Leach GE et al. Quality of life outcomes in men treated for localized prostate cancer. JAMA 1995;273(Suppl 2):129-35.

Souza ELBL. Fisioterapia aplicada à obstetrícia: aspectos de ginecologia e neonatologia. 3a ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 2002.

Polden M, Mantle J. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. 2ª ed. São Paulo: Santos; 2000.

Jarvis GJ, Hall S, Stamp S, Millar DR, Johnson A. An assessment of urodynamic examination in the incontinent women. Br J Obstet Gynaecol 1980;87(Suppl 10):893-6.

Kapem MV, Weerdt W, Van Poppel H, Ridder D, Feys H, Baert L. Effect of pelvic-floor re-education on duration and degree of incontinence after radical prostatectomy: a randomized controlled trial. Lancet 2000;355:98-102.

Published

2018-01-01