Efeito da estimulação elétrica neuromuscular em paciente com paralisia cerebral do tipo espástica
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v7i3.1909Abstract
Paralisia cerebral (PC) é uma afecção não progressiva do sistema nervoso central que ocorre durante sua maturação, normalmente resultando em desordens do movimento e da postura persistente. Uma das principais complicações observadas na PC é a hipertonia espástica, que interfere diretamente no processo de reabilitação. Esse trabalho teve como objetivo demonstrar a eï¬ ciência da Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM) em criança portadora de Paralisia Cerebral espástica, quantiï¬ cada por meio da Eletromiograï¬ a (EMG). Foi avaliado um paciente de 11 anos, portador de paralisia cerebral, apresentando hemiparesia í esquerda com predomínio crural. O paciente foi submetido a avaliação semiológica (goniometria) e posteriormente a análise eletromiográï¬ ca do músculo tibial anterior esquerdo, antes e após 15 sessões de EENM. Os resultados obtidos demonstraram diferenças signiï¬ cativas do sinal eletromiográï¬ co antes e após a EENM com relação a contração isotônica concêntrica (P < 0,05). Por outro lado, a EENM não alterou os achados eletromiográï¬ cos relativos a contração isométrica máxima. Foi observado um aumento signiï¬ cativo da amplitude de movimento de dorsifl exão do membro inferior esquerdo, tanto no movimento passivo quanto no ativo. Em outras palavras, a EENM reduziu signiï¬ cativamente a espasticidade do músculo tibial anterior do paciente hemiparético. Dentre vários recursos terapêuticos a serem utilizados para redução da espasticidade, concluímos que a EENM pode ser considerada como uma alternativa eï¬ caz a ser utilizada no processo de reabilitação, em pacientes portadores de paralisia cerebral do tipo espástica. Palavras-chave: paralisia cerebral, espasticidade, estimulação elétrica neuromuscular (EENM).
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