Treinamento muscular inspiratório e atividades de vida diária em idosas com doença de Parkinson

Authors

  • Caren Schlottfeldt Fleck Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Laí­s Rodrigues Gerzson Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Eduardo Matias dos Santos Steidl Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Juliana Ramos Ziegler Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Nathaly Marin Hernandez Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Karin de Moura Portela Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Ví­vian da Pieve Antunes Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)
  • Paulo Adão de Medeiros UFSM

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v17i2.197

Abstract

 

Introdução: Parkinson é uma condição degenerativa caracterizada por sintomas como bradicinesia, tremor, rigidez, diminuição da força muscular e alterações cognitivas. Objetivo: Avaliar a força muscular inspiratória máxima, o efeito do treinamento muscular inspiratório pré e pós-treinamento muscular, a presença de dispneia, o padrão ventilatório e a independência funcional em idosas institucionalizadas com sí­ndrome parkinsoniana. Material e métodos: Uma série de casos, com oito idosas, em que se avaliou presença de dispneia, padrão ventilatório, í­ndice de Katz no pré-treinamento e manovacuometria antes e depois do fortalecimento da musculatura inspiratória. Utilizou-se Threshold® IMT, 3x na semana por 30 minutos em dois meses. A carga inspiratória iniciou com 30% da PImáx com incremento de 10% a cada nove dias chegando a 50 %. Os dados foram analisados com estatí­stica descritiva e apresentados em média e desvio padrão e o Teste t para avaliar a diferença estatisticamente significativa. Resultados: Obteve-se melhora da PImáx com diferença estatisticamente significativa (p = 0,004), porém não alcançaram o predito para a idade das mesmas, no Índice de Katz 50% das idosas eram parcialmente independentes, 37,5% independentes e 12,5% totalmente dependente. Conclusão: As voluntárias apresentaram algum grau de dependência em suas atividades de vida diária, e apresentaram ganho na PImáx após o treinamento.

Palavras-chave: transtornos parkinsonianos, força muscular, independência funcional.

Author Biographies

Caren Schlottfeldt Fleck, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Ft., M.Sc., Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), pertencente ao Grupo de Pesquisa Promoção da  Saúde Tecnologias aplicadas a Fisioterapia, Santa Maria/RS

Laí­s Rodrigues Gerzson, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Ft., UNIFRA, Santa Maria/RS

Eduardo Matias dos Santos Steidl, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Ft., UNIFRA, Santa Maria/RS

Juliana Ramos Ziegler, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Ft., UNIFRA, Santa Maria/RS

Nathaly Marin Hernandez, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

UNIFRA, Santa Maria/RS

Karin de Moura Portela, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

UNIFRA, Santa Maria/RS

Ví­vian da Pieve Antunes, Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Ft., Mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana (UFSM), docente do Curso de Fisioterapia do  Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), pertencente ao Grupo de Pesquisa Promoção da Saúde Tecnologias aplicadas a Fisioterapia,  Santa Maria/RS,

Paulo Adão de Medeiros, UFSM

Ft., Especialista em Atividade Fí­sica, Desempenho Motor e Saúde (UFSM), Fisioterapeuta da Associação  Amparo Providência Lar das Vovózinhas, Santa Maria/RS

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Published

2016-08-05