Análise do equilí­brio e da sensibilidade plantar como preditores de quedas em idosos de Morrinhos/CE

Authors

  • Renata Oliveira Leorne Dantas INTA
  • Giselle Santos Meneses Leorne INTA
  • Leydnaya Maria Souza Wagner UFPI
  • Guilherme Pertinni de Morais Gouveia UFPI http://orcid.org/0000-0001-6470-2341
  • Samara Sousa Vasconcelos Gouveia UFPI

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v19i5.2256

Abstract

Introdução: As alterações fisiológicas do processo de envelhecimento estão relacionadas í  decadência de múltiplos sistemas do corpo humano, como a redução de processos sensoriais e motores, que prejudicam a manutenção do equilí­brio e controle postural, deixando o idoso suscetí­vel às quedas. Objetivo: O estudo analisou o equilí­brio e a sensibilidade cutânea plantar como preditores de quedas em idosos de zona rural e urbana de Morrinhos/CE. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo e analí­tico, realizado em Morrinhos/CE, no perí­odo de novembro a dezembro de 2012. A amostra contou com 275 idosos com idade ≥ 60 anos. Teve como variáveis dados sociodemográficas, além de dados clí­nicos como a Escala de Equilí­brio de Berg (EBB) e o Teste de Sensibilidade. Para a análise estatí­stica realizou-se distribuição da frequência simples, testes de associação do qui-quadrado e regressão múltipla. Resultados: Os resultados demonstraram ocorrência de quedas nos últimos três meses, na sua maioria em ambientes externos, ocasionando principalmente hematomas e fraturas. A EEB aplicada isoladamente apresentou í­ndice médio, totalizando 45,48. As alterações de sensibilidade plantar dos idosos totalizaram respectivamente (80%) para o pé direito e (68%) para o pé esquerdo, apresentando de 1 a 3 alterações. Entretanto, quando analisado o risco de quedas com a ocorrência de quedas nos últimos três meses, encontrou-se significância estatí­stica com p=0,02, no qual apresentou í­ndice de Berg mais baixo. Conclusão: Concluiu-se que ao relacionar a EBB ao teste de sensibilidade em relação a quedas nos últimos três meses, indica que os idosos têm predisposição as quedas.

Palavras-chave: idosos, equilí­brio, sensibilidade, queda.

Author Biographies

Renata Oliveira Leorne Dantas, INTA

Bacharelado em Fisioterapia,  INTA

Giselle Santos Meneses Leorne, INTA

Bacharelado em Fisioterapia INTA

Leydnaya Maria Souza Wagner, UFPI

Fisioterapeuta pela UFPI,  Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas - GPFAT

Guilherme Pertinni de Morais Gouveia, UFPI

Docente   efetivo do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí­-UFPI,Fisioterapeuta pela UNIFOR, Doutor em Ciências Médico-cirúrgicas - UFC,Mestre em Saúde Pública - UFC, Coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Avaliativa e Terapêuticas - GPFAT

Samara Sousa Vasconcelos Gouveia, UFPI

Mestre em Saúde Pública, Docente   efetivo do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Piauí­-UFPI

References

Sampaio LVP, Castilho LB, Carvalho GA. Development of an application for mobile devices to evaluate the balance and risk of falls of the elderly. Rev Bras Geriatr Gerontol 2017;20(6):805-13. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.170017.

Silva SLA, Vieira RA, Arantes P, Dias RC. Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de geriatria e gerontologia. Fisioter Pesqui 2009;16(2):120-5.

Aires M, Paskulin LMG, Morais EP. Functional capacity of elder elderly: comparative study in three regions of Rio Grande do Sul. Rev Latinoam Enferm 2010;18(1):11-7.

Silva TAA, Frisoli Junior A, Pinheiro MM, Szejnfeld VL. Sarcopenia associada ao envelhecimento: aspectos etiológicos e opções terapêuticas. Rev Bras Reumatol 2006;46(6):391-7.

Brasil. Ministério da Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde; Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília; 2006. Cadernos de Atenção Básica, n.19

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de Indicadores Sociais. 2010. [citado 2012 Nov 16]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home /presidencia /noticias/noticia _visualiza.php?id_noticia=1866&id_pagina=1.

Costa LO, Carvalho EBS, Ribeiro ECM, Suliano DC, Sales RS, Miro VH et al. Perfil do idoso no Ceará 1998 a 2008 . Fortaleza: Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE; Texto para Discussão nº 80; 2010

ONU. A Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. Viena: ONU; 1982.

Cancela DMG. O processo de envelhecimento. Psicologia. Porto: Portugal; 2008.

Schiaveto FV. Avaliação do risco de quedas em idosos na comunidade [Dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2008.

Machado TR, Oliveira CJ, Costa FBC, Araújo TL. Avaliação da presença de risco para queda em idosos. Rev Eletr Enf 2009;11(1):32-8.

Bretan O, Pinheiro RM, Corrente JE. Avaliação funcional do equilíbrio e da sensibilidade cutânea plantar de idosos moradores na comunidade. Braz J Otorhinolaryngol 2010;76(2):219-24.

Bandeira EMFS, Pimenta FAPP, Souza MC. Atenção à saúde do idoso. Minas Gerais: Secretária de Estado de Saúde, Belo Horizonte: SAS/ MG, 186; 2006.

Porto G, Zortea D, Santos BC, Sidney S, Tarouco BS, Lopes B, et al. Riscos de novos acidentes por quedas em idosos atendidos em ambulatório de traumatologia. Investigación y Educación en Enfermería 2015;33(1):35-43.

Toledo DR, Barela JA. Diferenças sensoriais e motoras entre jovens e idosos: contribuição somatossensorial no controle postural. Rev Bras Fisioter 2010;14(3):267-75.

Pimentel RM, Scheicher ME. Comparação do risco de queda em idosos sedentários e ativos por meio da escala de equilíbrio de Berg. Fisioter Pesqui 2009;16(1):6-10.

Buksman S, Vilela ALS, Pereira SRM, Lino VS, Santos VH. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Projeto Diretrizes: quedas em idosos: prevenção [Internet]. São Paulo: Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina; 2001.

Santos GM, Souza ACS, Virtuoso JF, Tavares GMS, Mazo GZ. Valores preditivos para o risco de queda em idosos praticantes e não praticantes de atividade física por meio do uso da Escala de Equilíbrio de Berg. Rev Bras Fisioter 2011;15(2):95-101.

Moreira D, Escarabel CM. A importância dos monofilamentos de Semmes-Weinstein no exame de sensibilidade do paciente portador de hanseníase. Ciência e Fisioterapia 2002;1(1).

DATASUS. Caderno de informação em saúde, Morrinhos, 2010. [citado 2012 nov 15]. Disponível em: http://www.datasus.gov.br

Ramos LR, Rosa TEC, Oliveira ZM, Medina MCG., Santos FRG. Perfil do idoso em área metropolitana na região sudeste do Brasil: resultados de inquérito domiciliar. Rev Saúde Pública 1993;27(2):87-94.

Fiedler MM, Peres KG. Capacidade funcional e fatores associados em idosos do Sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cad Saúde Pública 2008;24(2):409-15.

Janicak PG, Davis JM, Preskorn SH, Ayd Jr FJ. Princípios e práticas em psicofarmacoterapia. Rio de Janeiro: Medsi; 1996.

Berg KO, Wood-Dauphinee SL, Williams JI, Gayton D. Measuring balance in the elderly: preliminary development of an instrument. Physiother Can 1989;41:304-11.

Fontes SV, Alves MAF, Ottoboni C, Fukujima MM. Classificação dos procedimentos fisioterápicos. In: Fontes SV, Fukujima MM, Cardeal JO. Fisioterapia funcional: fundamentos para a prática. São Paulo: Atheneu; 2007.

Figueiredo KMOB, Lima KC, Guerra RO. Instrumentos de avaliação de equilíbrio corporal em idosos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2007;9(4):408-13.

Hosmer DM, Lemeshow S. Applied logistic regression. New York: John Wiley & Sons; 1989.

Araújo CL, Manucussi FAC. La práctica de actividad física en personas mayores del Valle del Paraíba, São Paulo, Brasil. Enferm Glob 2012;11(28):204-12.

Machado JC, Ribeiro RCL, Cotta RMM, Leal PFG. Declínio cognitivo de idosos e sua associação com fatores epidemiológicos em Viçosa, Minas Gerais. Rev Bras Geriatr Gerontol 2011;14(1):109-21.

Pagano M, Gauvreau K. Princípios de bio estatística. Tradução de Luiz Sérgio de Marques Paiva, revisão técnica de Lucia Pereira Barroso. São Paulo: Pioneira Thompson Learning; 2006.

Alvarenga MRM, Oliveira MAC, Faccenda O, Souza RA. Perfil social e funcional de idosos assistidos pela Estratégia da Saúde da Família. Cogitare Enferm 2011;16(3):2603-11.

Miranda RV, Mota VP, Borges M. Quedas em idosos: identificando fatores de risco e meios de prevenção. Rev Enf Int 2010;3(1):453-64.

Siqueira FV, Facchini LA Piccini RX, Tomasi E, Thumé E, Silveira DS et al. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev Saúde Pública 2007;41(5):749-56.

Ramos CV, Santos SSC, Barlem ELD, Pelzer MT. Quedas em idosos de dois serviços de pronto atendimento do Rio Grande do Sul. Rev Eletr Enf 2011;13(4):703-13.

Ribeiro AP, Souza ER, Atie S, Souza AC, Schilithz AO. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciênc Saúde Coletiva 2008;13(4):1265-73.

Fortaleza ACS, Martinelli AR, Nozabieli AJL, Mantovani AM, Camargo MR, Fragonesi CEPT et al. Avaliação clínica da sensibilidade em indivíduos com diabetes melito. Colloquium Vitae 2010;2:44-9.

Published

2018-12-25