Efeitos do Método Pilates sobre a variabilidade da frequência cardíaca, flexibilidade e variáveis antropométricas em indivíduos sedentários
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v17i1.26Abstract
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do Método Pilates sobre a variabilidade da frequência cardíaca, na flexibilidade e nas variáveis antropométricas em indivíduos sedentários. O presente estudo contou com 14 voluntárias do sexo feminino, na faixa etária entre 40 e 55 anos, que realizaram 20 sessões de exercícios do Método Pilates, duas vezes por semana, com duração de 45 minutos cada sessão, dividida em três fases: repouso, exercício e recuperação. As variáveis estudadas foram: os dados antropométricos, flexibilidade avaliada utilizando o teste de sentar-e-alcançar com o Banco de Wells, e intervalos R-R usando um cardiotacômetro. O processamento dos sinais da frequência cardíaca foi efetuado em ambiente MatLab 6.1®, utilizando a TWC. Os dados coletados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro Wilk e foi utilizado o teste de Wilcoxon e Anova One Way (α = 0,05). Nos resultados, observou-se que não houve diferenças significativas entre os valores antropométricos e de frequência cardíaca, porém houve aumento da flexibilidade com o treinamento. Comparando a primeira e a vigésima sessão com relação aos parâmetros low frequency (LF), high frequency (HF), e relação LF/HF, não houve diferença na fase de repouso e foram constatadas diferenças significativas de LF (p = 0,04) e HF (p = 0,04) na fase de exercício e diferença significativa de LF/HF (p = 0,05) na fase de recuperação. Comparando os parâmetros nos períodos de repouso, exercícios e recuperação durante a primeira sessão e durante a vigésima sessão, não houve diferença significativa nos parâmetros LF, HF e LF/HF. Pode-se concluir que, em relação í flexibilidade, foi observada uma melhora significativa, enquanto a análise da frequência cardíaca caracterizou a intensidade do exercício de 50% da capacidade funcional das voluntárias. Em relação aos parâmetros LF, HF e LF/HF foram observados um aumento da variabilidade da frequência cardíaca, provavelmente produto da atividade do Método Pilates. A Transformada Wavelet (TWC) mostrou-se um Método adequado para as análises da variabilidade da frequência cardíaca.
Palavras-chave: frequência cardíaca, Transformada Wavelet, Pilates.
References
Adams BJ, Carr JG, Lauer MS, Balady GJ. Effect of exercise training in supervised cardiac rehabilitation program on prognostic variables from the exercise tolerance test. Am J Cardiol 2008:15:1403-7.
Paschoal MA, Polessi EA, Simioni FC. Avaliação da variabilidade da freqüência cardÃaca em mulheres climatéricas treinadas e sedentárias. Arq Bras Cardiol 2008;90(2):80-6.
Regenga M. Reabilitação cardÃaca. São Paulo: Manole; 2010. p.45-58.
Sacco ICN, Andrade MS, Souza OS, Nisiyama M, Cantuária AL, Maeda FYI, Pikel M. Método Pilates em revista: aspectos biomecânicos de movimentos especÃficos para reestruturação postural: Estudos de caso. Rev Bras Ciênc Mov 2005;13(4):65-78.
Stone J. The Pilates method. Athletic Ther Today 2000;5(2):56.
Camarão T. Pilates no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004.
Owsley A. An introduction to clinical Pilates. Athletic Ther Today 2005;10(4):19-25.
Chang Y. Grace under pressure. Ten years ago, 5,000 people did the exercise routine called Pilates. The number now is 5 million in America alone. But what is it, exactly? Newsweek 2000;135:72-3.
Curi VS. A influência do Método Pilates nas atividades de vida diária de idosos, 2009 [Dissertação]. Porto Alegre: PontifÃcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2009.
Gildenhuys GM, Fourie M, Shaw I, Shaw BS, Toriola AL, Witthuhn J. Evaluation of Pilates training on agility, functional mobility and cardiorespiratory fitness in elderly women. African Journal for Physical, Health Education, Recreation and Dance 2013;19(2):502-12
Gladwell V, Head S, Haggar M, Beneke R. Does a program of Pilates improve chronic non-specific low back pain? J Sport Rehabil 2006;15:338-50.
Melo RC. Efeitos do envelhecimento e do exercÃcio fÃsico sobre o sistema cardiovascular de indivÃduos saudáveis [Tese]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos; 2008. 146f
Ribeiro JP, Moraes Filho RS. Variabilidade da frequência cardÃaca como instrumento de investigação do Sistema Nervoso Autônomo. Rev Bras Hipertens 2005;12(1):14-20.
Jackson AS, Pollock ML, Ward A. Generalized equations for predicting body density of women. Med Sci Sports Exerc 1980;12(3):175-82.
Wells KF, Dillon EK. The sit and reach: a test of back and leg flexibility. Res Quart 1952;23(1):115-8.
Carceroni D. Pilates e emagrecimento, 2010. [citado 2011 Mai 11]. DisponÃvel em: URL: http://www.fiqueinforma.com/saude/atividades-adaptadas/obesidade/pilates-e-emagrecimento
Tsai YW, Liou TH, Kao YH, Wang KM, Huang YC. Effect of a 12 week Pilates course on body composition and cardiopulmonary fitness of adults living in an urban community. South African Journal for Research in Sport 2013;35(2):183-95.
Caldwell K, Harrison M, Adams M, Triplett NT. Effect of Pilates and Taiji quan training on self-efficacy, sleep quality, mood, and physical performance of college students. J Bodyw Mov Ther 2009;13(2):155-63.
Jago R, Jonker ML, Missaghian M, Baranowski T. Effect of 4 weeks of Pilates on the body composition of young girls. Prev Med 2006;42(3):177-80.
Arslanoglu E, Cansel A, Behdari R, Ömer S. Effects of eight weeks Pilates exercice on body composition of middle aged sedentary women. Movement and Health 2011;11(1):86-9.
Nascimento ACP. Técnicas de análise da variabilidade da frequência cardÃaca no domÃnio da frequência e análise no domÃnio do tempo [Dissertação]. São José dos Campos: Universidade do Vale do ParaÃba; 2007.
Guimarães VG, Carvalho VO, Bocchi EA, D’Avila VM. Pilates in heart failure patients: a randomized controlled pilot trial. Cardiovasc Ther 2012;30:351-56.
Marinda F, Magda G, Ina S, Brandon S, Abel T, Ter Goon D. Effects of a mat Pilates program on cardiometabolic parameters in elderly women. Park J Med Sci 2013;29(2):500-4.
Foss ML, Keteyian SJ. Bases fisiológicas dos exercÃcios e do esporte. 6ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000.
World Health Organization. Physical Status. The use and interpretation of anthropometry. Report of a World Health Organization Study Group. Geneva: WHO; 1995.
Heyward VH, Stolarezyk LM. Applied Body Composition Assessment. Champaign: Human Kinetics; 1996.
American College Sports Medicine. Health-Related Physical Fitness Assessment Manual. 2 ed. Dalas: ACSM; 2008:59.
Prado J, Haas AN. A influência do Método Pilates na flexibilidade de mulheres adultas (monografia). Porto Alegre: PontifÃcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2006.
Sandercock GR, Brodie J. The use of heart rate variability measures to assess autonomic control during exercise. Scand J Med Sci Sports. 2006;1:302-13.
Karvonen JJ, Kentala E, Mustala O. The effects of training on heart rate: a “longitudinal†study. Ann Med Exp Biol Fenn 1957;35:307-15.
American College Sports Medicine. Position Stand: The recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in healthy adults. Med Sci Sports Exerc 1998;30(6):975-91.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.