Análise do tempo de reação simples e do paradigma oddball em estudantes antes e após participação em atividades acadêmicas: uma análise da neurociência aplicada a educação
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v20i1.2732Abstract
Introdução: O tempo de reação é uma medida que indica o tempo que uma pessoa leva para iniciar um movimento. Há situações em que o tempo de reação encontra-se alterado, comprometendo o processamento da informação, com diminuição na detecção, transmissão e processamento dos estímulos. Objetivo: Investigar o tempo de reação visual em acadêmicos antes e após atividades avaliativas, nas diversas disciplinas. Metodologia: 50 acadêmicos foram analisados antes e após atividades avaliativas por meio do tempo de reação simples e paradigma oddball. Resultados: Com relação ao tempo de reação simples, o tempo de reação visual antes das atividades avaliativas foi menor que após, em contradição com o paradigma oddball. Verificou-se que a média geral do tempo de reação simples para prova prática foi maior comparado às demais, já no paradigma oddball verificou-se que a média geral para apresentação de seminário foi maior, comparado às demais. Conclusão: Diferenças significativas no tempo de reação simples e tempo de reação segundo paradigma oddball foram encontrados entre acadêmicos antes e após atividades avaliativas. Porém no tempo de reação simples foram encontrados valores menores antes das atividades, quando comparados com após, e o contrário foi encontrado no paradigma oddball.
Palavras-chave: tempo de reação, atividades avaliativas, paradigma oddball.
References
Souza AP et al. Medidas de tempo de reação simples em jogadores profissionais de voleibol. Revista Digital - Buenos Aires, 2006;10(93).
Maciel RN, Morales AP, Ferreira LA. Comparação do tempo de reação simples e de escolha entre atletas de voleibol. Inter Science Place 2012; 22(1):131-39. https://doi.org/10.6020/1679-9844/2207
Aguiar RA et al. Efeito da ingestão de cafeÃna em diferentes tarefas de tempo de reação. Rev Bras Ciênc Esporte 2012;34(2):465-76. https://doi.org/10.1590/s0101-32892012000200015
Vaghetti CAO, Roesler H, Andrade A. Tempo de reação simples auditivo e visual em surfistas com diferentes nÃveis de habilidade: comparação entre atletas profissionais, amadores e praticantes. Rev Bras Med Esporte 2007;13(2):81-85 https://doi.org/10.1590/s1517-86922007000200003
Portella C, Machado S, Paes F, Cagy M, Sack AT, Sandoval-Carrillo A et al. Differences in early and late stages of information processing between slow versus fast participants. Int Arch Med 2014;7(1):49. https://doi.org/10.1186/1755-7682-7-49
Huettel AS, McCarthy G. What is odd in the oddball task? Prefrontal cortex is activated by dynamic changes in response strategy. Neuropsychologia 2004;42:379-86. https://doi.org/10.1016/j.neuropsychologia.2003.07.009
Cid L, Morgado S, Vitorino A. Memória e tempo de reação de estudantes do ensino superior da área do desporto. Rev Psicol 2012;1(4):411-8.
Veiga H, Deslandes A, Cagy M, McDowell K, Pompeu F, Piedade R, Ribeiro P. Visual event-related potential (P300). Arq Neuropsiquiatr 2004;62(3A):575-81. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2004000400002
Rueda FJM. Desempenho no teste de atenção dividida como resultado da idade das pessoas. Estud Psicol 2011;28(2):251-9. https://doi.org/10.1590/s0103-166x2011000200012
Duchesne M, Mattos P. Normatização de um teste computadorizado de atenção visual. Arq Neuropsiquiatr 1997;55(1):62-9 https://doi.org/10.1590/s0004-282x1997000100010
Magill RA. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher; 2000.
Schmidt RA, Wrisberg CA. Aprendizagem e performance motora. Porto Alegre: Artmed; 2001.
Lefthus GK. Sensorimotor performance and limb preference. Percept Mot Skills 1981;52:683-93. https://doi.org/10.2466/pms.1981.52.3.683
Williams AM. Perceptual skill in soccer: Implications for talent identification and development. J Sports Sci 2000;18:737-50. https://doi.org/10.1080/02640410050120113
Miyamoto RJ, Meira Jr CM. Tempo de reação e tempo das provas de 50 e 100 metros rasos do atletismo em federados e não federados. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto 2004;4(3):42-8. https://doi.org/10.5628/rpcd.04.03.42
Schmidt R. Motor control and learning. A behavioural emphasis. Illinois: Human Kinetics; 1988.
Tani G. A arte e a ciência da finta. In: Garganta J, Oliveira J, Murad M eds. Futebol de muitas cores e sabores. Porto: Campo das Letras; 2004. p.239-46.
Singer R. El aprendizaje de las aciones motrices en el deporte. Barcelona: Hispano Europea; 1986.
Baddeley A. Essentials of human memory. Hove: Psychology Press; 1999.
Fleury M, Bard C. Age, stimulus velocity and task complexity as determiners of coincident timing behavior. Journal of Human Movement Studies 1985;11:305-17.
Kida N, Oda S, Matsumurab M. Intensive baseball practice improves the go/nogo reaction time, but not the simple reaction time. Brain Res Cogn Brain Res 2005;22:257-64. https://doi.org/10.1016/j.cogbrainres.2004.09.003
Alves J. Processamento da informação e inteligência. Lisboa: FMH; 1995.
Wessel JR, Aron AR. It’s not too late: The onset of the frontocentral P3 indexes successful response inhibition in the stop-signal paradigma. Psychophysiology 2015;52:472-80. https://doi.org/10.1111/psyp.12374
Proteau L, Girouard Y. La prise de décision rapide en situation de choix dichotomique: Une approche intégrée qui tient compte de l’amorce et de l’exécution de la réponse. Revue Canadienne de Psychologie 1987;41(4):442-73. https://doi.org/10.1037/h0084250
Almeida LS, Soares APC Ferreira JAG. Adaptação, rendimento e desenvolvimento dos estudantes no ensino superior: construção do questionário de vivências académicas. Methodus 2001:3-20.
Pololi LH, Evans AT, Reboli AC, Coplit LD, Stuber ML, Vasiliou V et al. Assessing the learning environment for medical students: an evaluation of a novel survey instrument in four medical schools. Acad Psychiatry 2017;41(3):354-9. https://doi.org/10.1007/s40596-016-0620-1
Wisneski JE, Ozogul G, Bichelmeyer BA. Investigating the impact of learning environments on undergraduate students' academic performance in a prerequisite and post-requisite course sequence. Internet High Educ 2017;32:1-10. https://doi.org/10.1016/j.iheduc.2016.08.003
Calais SL, Andrade LMB, Lipp MEN. Diferenças de sexo e escolaridade na manifestação de stress em adultos jovens. Psicol Reflex CrÃt 2003;16(2):257-63. https://doi.org/10.1590/s0102-79722003000200005
Rocha MA, Barbanti VJ. Análise das ações de saltos de ataque, bloqueio e levantamento no voleibol feminino. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desenvolvimento Humano 2007;9(3):284-90.
Maciel RN, Morales AP, Barcelos JL, Nunes WJ, Azevedo MMA, Silva VF. Relação entre tempo de reação e função especÃfica em jogadores de voleibol. Fitness & Performance Journal 2009; 8(6).
Wilkerson GB, Simpson KA, Clark RA. Assessment and training of visuomotor reaction time for football injury prevention. J Sport Rehabil 2016;26(1):26-34. https://doi.org/10.1123/jsr.2015-0068
Hukkanen E, Häkkinen K. Effects of sparring load on reaction speed and punch force during the pre-competition and competition periods in boxing. J Strength Cond Res 2017;31(6):1563-8. https://doi.org/10.1519/jsc.0000000000001885
Jain A, Bansal R, Kumar A, Singh KD. A comparative study of visual and auditory reaction times on the basis of gender and physical activity levels of medical first year students. Int J Appl Basic Med Res 2015;5(2):124-7. https://doi.org/10.4103/2229-516x.157168
Soares J, Osorno LAN, Palafox GHM. Estudo comparativo do tempo de reação visuo-manual simples em praticantes de esporte. Kinesis, Santa Maria 1987;3 (1):77-85.
Vasconcelos M, Albuquerque PB. Dissociações entre tarefas de memória: Evidência para uma distinção entre as memórias implÃcita e explÃcita. Anál Psicol 2006;24(4):519-23. https://doi.org/10.14417/ap.550
Montés-Micó R, Bueno I, Candel J, Pons A. Eye-hand and eye-foot visual reaction times of young soccer players. Optom 2000;71(12):775-80.
Pesce RP, Assis SG, Avanci JQ, Santos NC, Malaquias JV, Carvalhaes R. Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cad Saúde Pública 2005;21(2):436-48. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2005000200010
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.