Efeitos do fortalecimento muscular do assoalho pélvico em pacientes pós-acidente vascular encefálico com incontinência urinária

Authors

  • Débora Alves da Silva FUNCESI
  • Waléria Aparecida Costa Ferreira FUNCESI
  • Patrick Roberto Avelino UFMG
  • Henrique Silveira Costa FUNCESI
  • Kênia Kiefer Parreiras de Menezes UFMG

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v20i4.2794

Abstract

Introdução: Pacientes pós-acidente vascular encefálico (AVE) apresentam alterações motoras, causando perda de força muscular, que afeta inclusive os músculos do assoalho pélvico. Essa perda de força pode levar a incontinência urinária que consiste na perda involuntária de urina. A Sociedade Internacional de Incontinência Urinária (SIC) indicou a fisioterapia como tratamento de primeira linha para a incontinência urinária, mas ainda não foram encontradas revisões sistemáticas da literatura que avalie o efeito do fortalecimento muscular do assoalho pélvico em pacientes pós-AVE com IU. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre os efeitos do fortalecimento do assoalho pélvico em pacientes pós-AVE com IU. Métodos: Buscas nas bases Medline, Lilacs, Scielo, PEDro, sem restrição de data ou idioma de publicação. Foram utilizadas combinações de palavras-chave, tais como: acidente vascular encefálico, reabilitação, incontinência urinária, fisioterapia, assoalho pélvico, além de seus respectivos termos em inglês. Os estudos foram analisados por dois avaliadores independentes. A qualidade metodológica dos estudos incluí­dos foi avaliada de acordo com a escala PEDro. Resultados: A estratégia de busca resultou em 693 artigos, e após a análise de tí­tulos, resumos e textos completos, realizados por dois avaliadores independentes, foram excluí­dos 688, restando cinco artigos selecionados para a presente revisão sistemática. Em geral, os estudos mostraram que os pacientes pós-AVE obtiveram melhora em todas as medidas de desfecho investigadas (força, resistência e atividade dos músculos do assoalho pélvico, frequência de micção, número de episódios de incontinência, número de absorventes usados, quantidade da perda de urina, função do trato urinário inferior, sintomas da bexiga hiperativa e independência funcional), exceto na qualidade de vida e impacto da incontinência, tanto a curto como a longo prazo. Conclusão: Os resultados parecem promissores em relação í  eficácia do fortalecimento muscular do assoalho pélvico como uma intervenção para a reabilitação de indiví­duos com IU pós-AVE. No entanto, tais conclusões se baseiam em apenas cinco estudos, de qualidade metodológica moderada, necessitando de mais estudos sobre o assunto.

Palavras-chave: acidente vascular encefálico, reabilitação, incontinência urinária, fisioterapia, músculos do assoalho pélvico.

Author Biographies

Débora Alves da Silva, FUNCESI

Fisioterapeuta pela Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira/MG

Waléria Aparecida Costa Ferreira, FUNCESI

Fisioterapeuta pela Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira/MG

Patrick Roberto Avelino, UFMG

Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais

Henrique Silveira Costa, FUNCESI

Fisioterapeuta, Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais

Kênia Kiefer Parreiras de Menezes, UFMG

Fisioterapeuta, Doutor em Ciências da Reabilitação pela Universidade Federal de Minas Gerais

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Published

2019-09-03