Reabilitação aquática em criança com miosite ossificante traumática

Authors

  • Kétura Rhammá Cavalcante Ferreira UFPE
  • Izaura Muniz Azevedo UFPE
  • Rogério Azevedo Antunes Pereira UFPE

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v21i1.3928

Abstract

Introdução: A miosite ossificante traumática decorre de traumas que desencadeiam um processo de calcificação e ossificação, levando a atrofia muscular, rigidez, dor e diminuição da amplitude de movimento. Objetivo: Relatar o caso de uma criança com miosite ossificante traumática, submetida ao atendimento da Fisioterapia Aquática, apresentando as manifestações clí­nicas antes da intervenção e os ganhos advindos da reabilitação. Metodologia: Trata-se de um relato de um menor, do gênero masculino, com sintomatologia álgica, diminuição de amplitude de movimento, edema em membro inferior e ausência de qualquer tipo de intervenção por um perí­odo de seis meses. A intervenção ocorreu uma vez por semana, com duração de trinta minutos, na Clí­nica Rogério Antunes, em Recife/PE. Resultados: O trauma repercutiu em edema, alteração sensorial, rigidez e alterações biomecânicas, ocasionando a precária funcionalidade da articulação do joelho esquerdo. Com a reabilitação, houve ganho da amplitude de flexão do joelho para 130°, bem como fortalecimento e retorno da funcionalidade. Conclusão: Em decorrência das propriedades fí­sicas da água e dos efeitos da imersão, a reabilitação aquática possibilitou minimizar o quadro álgico, aumentar a flexibilidade muscular e amplitude de movimento, proporcionando uma diminuição na sobrecarga articular e amenizando as atitudes compensatórias, impactando positivamente na funcionalidade.

Palavras-chave: Hidroterapia, Fisioterapia, miosite ossificante.

Author Biographies

Kétura Rhammá Cavalcante Ferreira, UFPE

Fisioterapeuta, mestranda do Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Pernambuco

Izaura Muniz Azevedo, UFPE

Fisioterapeuta, mestranda do Programa de Pós-graduação em Gerontologia da Universidade Federal de Pernambuco

Rogério Azevedo Antunes Pereira, UFPE

Fisioterapeuta, especialista em traumato-ortopedia (COFFITO), docente do Programa de Pós-graduação em Fisioterapia Aquática

References

Manco MR. Miosite ossificante traumática no braço: Relato de caso. [Monografia]. São Paulo: Hospital do Servidor Público Municipal; 2012.

Fonseca F. Miosite ossificante traumática. Rev Medic Desp 2010;1(5):5-7.

Martins U, Cunha J, Táboas I, Gomes J, Branco C. Miosite ossificante traumática: Consequência de um retorno precoce a competição? Rev Medic Desp 2017;8(6):13-5.

Yochum AM, Reckelhoff K, Kaeser M, Kettner NW. Ultrasonography and radiography to identify early post traumatic myosistis ossificans in an 18-year-old male: a case report. J Chiropr Med 2014;13(2):134-8. https://doi.org/10.1016/j.jcm.2014.06.004

Muir B. Myositis ossificans traumatica of the deltoid ligament in a 34-year-old recreational ice hockey player with a 15-year post-trauma follow-up: a case report and review of the literature. J Can Chiropr Assoc 2010;54(4):229-42.

Carregaro RL, Toledo AM. Efeitos fisiológicos e evidências científicas da eficácia da fisioterapia aquática. Rev Movimenta 2008;1(1).

Sodl JF, Bassora R, Huffman GR, Keenan MAE. Case Report: Traumatic myositis ossificans as a result of college fraternity hazing. Clin Orthop Relat Res 2008;466(1):225-30. https://doi.org/10.1007/s11999-007-0005-6

Alassane MAW, Moussa K, Seyni SB, Seyni ZA, Kasoumou AS, Ziberou K. Myosite ossifiant circonscrite de la hanche: à propos d’un cas. Pan Afr 2018;29. [citado 4 de setembro de 2018]. Disponível em: http://www.panafrican-med-journal.com/content/article/29/207/full/

King JB. Post-traumatic ectopic calcification in the muscles of athletes: a review. Br J Sports Med 1998;32;287-90. https://doi.org/10.1136/bjsm.32.4.287

Batista L, Camargo P, Aiello G, Oishi J, Salvini T. Avaliação da amplitude articular do joelho: correlação entre as medidas realizadas com o goniômetro universal e no dinamômetro isocinético. Braz J Phys Ther 2006;10(2). https://doi.org/10.1590/s1413-35552006000200009

Marques AP. Introdução. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São Paulo: Manole; 2003. p.1-10.

Bennell K, Duncan M, Cowan S. Effects of VMO retraining versus general quadríceps strengthening on vasti onset. Med Sci Sports Exerc 2010:42(5):856-64. https://doi.org/10.1249/mss.0b013e3181c12771

Zhang Y, Roxburgh R, Huang L. The effect of hydrotherapy treatment on gait characteristics of hereditary spastic paraparesis patients. Gait & Posture 2014;39(4):1074-9. https://doi.org/10.1016/j.gaitpost.2014.01.010

Candeloro JM, Caromano FA. Revisão e atualização sobre a graduação da resistência ao movimento durante a imersão na água. Fisioter Bras 2004;5(1):73-6. https://doi.org/10.33233/fb.v5i1.2104

Cunha MG, Caromano FA. Efeitos fisiológicos da imersão e sua relação com a privação sensorial e o relaxamento em hidroterapia. Rev Ter Ocup Univ Sao Paulo 2003;14(2):95-103. https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v14i2p95-103

Ide MR, Caromano FA. Movimento na água. Fisioter Bras 2003;4(2):126-8. https://doi.org/10.33233/fb.v4i2.3011

Published

2020-02-10