Efeitos da participação em programa de atividade fí­sica para pessoas com a Doença de Alzheimer

Authors

  • Ana Maria Santiago Centro Universitário Unisalesiano
  • Edilma de Souza Centro Universitário Unisalesiano
  • Aline Maldonado Centro Universitário Unisalesiano
  • Maraisa Rodrigues Centro Universitário Unisalesiano
  • José Alexandre Curiacos de Almeida Leme Centro Universitário Unisalesiano

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v17i3.486

Abstract

O envelhecimento populacional tem causado aumento da prevalência de doenças senis como a Doença de Alzheimer (DA). As atividades fí­sicas podem amenizar o processo degenerativo da DA. O presente estudo foi desenhado para investigar os efeitos da atividade fí­sica em pessoas com DA no formato de estudo de caso. Para isso, participaram deste estudo dois sujeitos do projeto de extensão Programa de atividade fí­sica para pessoas com DA (Unisalesiano-Lins) que consiste em atividades fí­sicas, realizadas durante 1 hora, 3 vezes/semana. No exercí­cio agudo foi investigada a frequência cardí­aca e pressão arterial antes, durante e após a sessão. Previamente a entrada destes participantes no projeto e após 4 meses de participação foram realizadas as seguintes avaliações: massa corporal, estatura, minimental, flexibilidade e a escala de equilí­brio funcional (Berg). Com os atendimentos demonstrou-se aumento de 36% na frequência cardí­aca e 15,2% na pressão arterial. Foram encontradas alterações que apontam para possí­vel melhoria nas funções cognitivas (6,25%) e equilí­brio (3,1%). Com relação í  flexibilidade, os pacientes apresentaram resultados opostos de aumento(37,1%) e diminuição (-3,6%). Pode ser concluí­do que a participação no programa apresentou resultados satisfatórios de melhora ou manutenção das funções em aspectos cognitivos e fí­sicos.

Palavras-chave: doença de Alzheimer, exercí­cio fí­sico, qualidade de vida.

Author Biographies

Ana Maria Santiago, Centro Universitário Unisalesiano

Discente do Curso de Educação Fí­sica, Unisalesiano, Lins/SP

Edilma de Souza, Centro Universitário Unisalesiano

Discente do Curso de Educação Fí­sica, Unisalesiano, Lins/SP

Aline Maldonado, Centro Universitário Unisalesiano

Discente do Curso de Educação Fí­sica, Unisalesiano, Lins/SP

Maraisa Rodrigues, Centro Universitário Unisalesiano

Docente do Curso de Fisioterapia, Unisalesiano, Lins/SP

José Alexandre Curiacos de Almeida Leme, Centro Universitário Unisalesiano

Docente do Curso de Fisioterapia, Unisalesiano-Lins, Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Motricidade, Universidade Estadual Paulista (UNESP) Campus Rio Claro

References

Papaléo Netto. O Estudo da velhice no século XX: histórico, definição do campo e termos básicos. In: Freitas EV, et al. (eds). Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2002.

Glorioso C, Sibille E. Between destiny and disease: genetics and molecular pathways of human central nervous system aging. Prog Neurobiol 2011;93(2):165-81.

Small DH, Cappai R. Alois Alzheimer and Alzheimer's disease: a centennial perspective. J Neurochem 2006;99(3):708-10.

Bare, G.B.; Smeltzer. C.S. Enfermagem Médico-Cirúrgica, 10 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.

ŠerýO, Povová J, Míšek I, Pešák L, Janout V. Molecular mechanisms of neuropathological changes in Alzheimer’s disease: a review. Folia Neuropathol 2013;51(1):1-9.

Prince M, Bryce R, Albanese E, Wimo A, Ribeiro W, Ferri CP. The global prevalence of dementia: a systematic review and metaanalysis. Alzheimer's & Dementia 2013;9(1):63-75.

Kiraly MA, Kiraly SJ. The effect of exercise on hippocampal integrity: Review of recent research. Int J Psychiatry Méd 2005;35(1):75-89.

Larson EB, Wang L. Exercise, aging, and Alzheimer disease.Alzheimer Disease & Associated Disorders 2004;18(2):54-6.

Park CR. Cognitive effects of insulin in the CNS. Neurosci Biobehav Rev 2001;25:311-23.

Zhao WQ, Alkon DC. Roles of the brain insulin receptor in spatial learning. In 22nd EWCBR Meeting, March 2002, ARC 1800, France.

Cassilhas RC, Lee KS, Fernandes J, Oliveira MG, Tufik S, Meeusen R, Mello MT. Spatial memory is improved by aerobic and resistance exercise through divergent molecular mechanisms. Neuroscience 2012;27(202):309-17.

American Collegeof Sports Medicine. Manual do ACSM para avaliação da aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.

Andrade LP. Funções cognitivas frontais e controle postural na doença de Alzheimer: efeitos do programa de intervenção motora com tarefa dupla [Dissertação]. Rio Claro: UNESP; 2011.

Garuffi M, Gobbi S, Hernandez SSS, Vital TM, Stein AM, Pedroso RV, et al. Atividade física para promoção da saúde de idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde 2012;16(1):80-3.

Machado AF, Abad CCC. Manual de Avaliação Física. 2a.ed. São Paulo: Ãcone; 2012.

Sheridan PL, Hausdorff JM. The role of higher-level cognitive function in gait: executive dysfunction contributes to fall risk in Alzheimer's disease. Dement Geriatr Cogn Disord 2007;24(2):125.

Folstein MF, Folstein SE, Mchugh PR. “Mini-mental stateâ€: a practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. J Psych Res 1975;2(3):189-98.

Berg K. Measuring balance in the elderly: preliminary development of an instrument. Physiotherapy Canada 1989;41(6):304-11.

American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. DSM-IV-TR. 4th ed. Washington, DC: Author; 2000.

Yu F, KolanowskiA. Facilitating aerobic exercise training in older adults with Alzheimer's disease. Geriatric Nursing 2009;30(4):250-59.

Powers SK, HowleyET. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 3. ed.São Paulo: Manole; 2000.

Dantas EHM, Pereira SAM, Aragão JC, Ota AH. A preponderância da diminuição da mobilidade articular ou da elasticidade muscular na perda da flexibilidade no envelhecimento. Fit Perf J 2002;1(3):12-20.

Perracini MR, Ramos LR. Fatores associados a quedas em uma coorte de idosos residentes na comunidade. Rev Saúde Pública 2002;36(6):709-16.

Kato-Narita EM, Nitrini R, RadanovicM. Assessment of balance in mild and moderate stages of Alzheimer's disease: implications on falls and functional capacity. Arq Neuro-Psiquiatr 2011;69:202-07.

Winchester J, Dick MB, Gillen D, Reed B, Miller B, Tinklenberg J, et al. Walking stabilizes cognitive functioning in Alzheimer's disease (AD) across one year. Arch Gerontol Geriatr 2013;56(1):96-103.

Hernandez SSS, Coelho FGM, Gobbi S, Stella F. Efeitos de um programa de atividade física nas funções cognitivas, equilíbrio e risco de quedas em idosos com demência de Alzheimer. Rev Bras Fisioter 2010;14(1):68-74.

Van Praag H, Kempermann G, Gage FH. Neural consequences of enviromental enrichment. Nature Reviews Neuroscience 2000;1(3):191-8.

Del Arco A, Segovia G, Canales JJ, Garrido P, de Blas M, García-Verdugo JM, et al., Environmental enrichment reduces the function of D1 dopamine receptors in the prefrontal cortex of the rat. J Neural Transm 2007;114(1):43-8.

Kempermann G, Kuhn HG, Gage FH.More hippocampal neurons in adult mice living in an enriched environment. Nature 1997;386(6624):493-5.

Bruel-Jungerman E, Laroche S, Rampon C. New neurons in the dentate gyrus are involved in the expression of enhanced long-term memory following environmental enrichment. Eur J Neurosci 2005;21(2):513-21.

Segovia G, Del Arco A, De Blas M, Garrido P, Mora F. Effects of an enriched environment on the release of dopamine in the prefrontal cortex produced by stress and on working memory during aging in the awake rat. Behav Brain Res 2008;187:304-11.

Arendash GW, Garcia MF, Costa DA, Cracchiolo JR, Wefes IM, Potter H. Environmental enrichment improves cognition in aged Alzheimer's transgenic mice despite stable β-amyloid deposition.Neuroreport 2004;15(11):1751-4.

Published

2016-10-20