Disfunção temporomandibular: a vivência fisioterapêutica na clí­nica de dor orofacial

Authors

  • Denilson de Queiroz Cerdeira Faculdade Católica Rainha do Sertão

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v13i2.520

Abstract

A disfunção temporomandibular (DTM) constitui uma desarmonia no sistema estomatognático que ocasiona prejuí­zo na articulação temporomandibular (ATM). Avaliou-se a DTM em pacientes atendidos numa clí­nica de dor orofacial através da vivência fisioterapêutica, traçando o perfil sócio econômico, as limitações funcionais e mobilidade cervical dos pacientes. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e quantitativa realizada de agosto de 2010 a maio de 2011, na Clí­nica Escola de Odontologia da Faculdade Católica Rainha do Sertão (FCRS) em Quixadá/CE, com amostragem de 11 pacientes com DTM. Os dados foram coletados através de uma ficha de avaliação fisioterapêutica Bucomaxilar da Clí­nica Escola de Fisioterapia da FCRS, Índice Anamnésico (IA) e Índice de Mobilidade Cervical (IMC), os quais foram analisados através do programa Microsoft Excel 2007. 91% eram do sexo feminino com idade média de 30,81 anos, 18% casados, 37% eram estudantes, 55% naturais de Quixadá e 46% referiram dor na face. Com relação ao IA, 64% apresentaram disfunção crânio-mandibular severa e IMC reduzido em 73% dos entrevistados. Observou-se que a dor foi um fator predominante, variando em sua extensão e localização, impossibilitando a funcionalidade do sistema estomatognático.

Palavras-chave: disfunção temporomandibular, vivência fisioterapêutica, dor orofacial.

 

Author Biography

Denilson de Queiroz Cerdeira, Faculdade Católica Rainha do Sertão

Ft., M.Sc., Orientador e Docente dos Cursos de Fisioterapia, Psicologia, Educação Fí­sica e Odontologia da Faculdade Católica Rainha do Sertão - FCRS e Fisioterapia do Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA

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Published

2016-11-27