Síndrome de Down: correlação entre o desempenho funcional com a força de preensão palmar e a destreza manual
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v13i3.540Abstract
Introdução: A síndrome de Down (SD) é uma alteração cromossômica relacionada a uma deficiência mental que apresenta entre outras características hipotonia muscular, pequeno tamanho de mãos e dedos e atraso na motricidade global. A mão humana possui características e habilidades únicas que são importantes para o desenvolvimento e para a independência funcional de qualquer indivíduo. Objetivo: Investigar a correlação da força de preensão palmar e da destreza manual no desempenho funcional dos indivíduos com síndrome de Down. Material e métodos: Participaram deste estudo 70 crianças e jovens (35 indivíduos com síndrome de Down e 35 com desenvolvimento típico), de 7 anos e 6 meses a 14 anos, agrupados em três faixas etárias: 1 (7 anos e 6 meses aos 8 anos), 2 (9 aos 11 anos) e 3 (12 aos 14 anos). Estes foram avaliados através do Teste Caixa e Blocos, do dinamômetro Jamar® e pelo Inventário de Avaliação PEDI. Resultados: O grupo com síndrome de Down demonstrou um rendimento inferior em todas as atividades quando comparado ao grupo controle. A correlação estatística entre as variáveis mostrou a existência de uma relação positiva e linear entre a força de preensão palmar e a área de autocuidado. Conclusão: Este estudo demonstrou que dentre as variáveis estudadas, o indivíduo com síndrome de Down apresenta um déficit de força de preensão palmar, um atraso no desempenho funcional e uma constância na destreza manual dentre as faixas etárias avaliadas. E que há uma influência da força de preensão palmar no desempenho funcional das atividades relacionadas í área de autocuidado do PEDI.
Palavras-chave: síndrome de Down, destreza motora, força da mão, atividades cotidianas.
Â
References
Block ME. Motor development in children with Down syndrome: a review of the literature. Adapt Phys Activ Q 1991;8:179-209.
Devlin L, Morrison PJ. Mosaic Down’s syndrome prevalence in a complete population study. Arch Dis Child 2004;89:1177-8.
Sommer CA, Henrique-Silva F. Trisomy 21 and Down syndrome - A short review. Braz J Biol 2008;68:2:447-52.
Korenberg JR, Bradley C, Disteche CM. Down syndrome: molecular mapping of the congenital heart disease and duodenal stenosis. Am J Med Genet 1992;50:294-302.
Korenberg JR, Chen XN, Schipper R, Sun Z, Gonsky R, et al. Down syndrome phenotypes: The consequences of chromosomal imbalance. Proc Natl Acad Sci 1994; 91:4997-5001.
Moreira LMA, El-Hani CN, Gusmão FAF. A sÃndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev Bras Psiquiatr 2000;22:96-9.
Esteves AC, Reis DC, Caldeira RM, Leite RM, Moro ARP. Força de preensão, lateralidade, sexo e caracterÃsticas antropométricas da mão de crianças em idade escolar. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2005;7(2):69-75.
Troncoso MV, Del Cerro M, Ruiz E. El desarrollo de las personas con sÃndrome de Down: Un análisis longitudinal. Revista SÃndrome de Down 1999;30(4):7-26.
Schwartzman JS. SÃndrome de Down. São Paulo: Memmon; 1999.
Mancini MC, Silva PC, Gonçalves SC, Martins SM. Comparação do desempenho funcional de crianças portadoras de sÃndrome de Down e crianças com desenvolvimento normal aos 2 e 5 anos de idade. Arq Neuropsiquiatr 2003;61:2B:409-415.
Mathiowetz V, Volland G, Kashman N, Weber K. Adult norms for the box and block test of manual dexterity. Am J Occup Ther 1985;39:386-91.
Germano RG. Avaliação da destreza manual em pessoas com sÃndrome de Down [dissertação]. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie; 2008.
Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, Silvia FCM, Souza MAP. Teste de força de preensão utilizando o dinamômetro Jamar. Acta Fis 2007;14(2):104-10.
Mancini MC. Inventário de Avaliação Pediátrica (PEDI) Manual da versão Brasileira adaptada. Belo Horizonte: UFMG; 2005.
Serafin G, Peres LS, Corseuil HE. Lateralidade: conhecimentos básicos e fatores de dominância em escolares de 7 a 10 anos. Caderno de Educação FÃsica 2000;2(1):11-30.
Galli M, Rigoldi C, Brunner R, Virji-Babul N, Giorgio A. Joint stiffness and gait pattern evaluation in children with Down syndrome. Gait Posture 2008;28:502-506.
Gimenez R, Stefanoni FF, Farias PB. Relação entre a capacidade de sincronização temporal e os padrões fundamentais de movimento rebater e receber em indivÃduos com e sem sÃndrome de Down. Revista Brasileira de Ciência e Movimento 2007;15(3):95-101.
Gimenez R, Manoel EJ, Basso L. Modularidade de programas de ação em indivÃduos normais e portadores da sÃndrome de Down. Psicol Reflex CrÃt 2006;19(1)60-65.
Matos MA. Instabilidade atlantoaxial e hiperfrouxidão ligamentar na sÃndrome de Down. Acta Ortop Bras 2005;13(4):165-67.
Tecklin JS. Fisioterapia pediátrica. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2002.
Mendes MF, Tilbery CP, Balsimelli S, Moreira MA, Cruz AMB. Teste de destreza manual da caixa e blocos em indivÃduos normais e em paciente com esclerose múltipla. Arq Neuropsiquiatr 2001;59(4):889-94.
Priosti PA. Força de preensão palmar e destreza manual na criança com sÃndrome de Down [Dissertação]. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie; 2009.
Silva NM, Silva SF, Gomes Filho A, Fernandes Filho J. Estudo comparativo da força de preensão manual em portadores de sÃndrome de Down. Fitness e Performance Journal 2009;8(5):383-8.
Magill RA. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher; 2000.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors are authorized for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.