Discinesia de escápula e posicionamento escapular em pacientes com câncer de mama submetidas í cirurgia com abordagem axilar
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v16i3.83Abstract
Introdução: A redução de amplitude de movimento de ombro, a fraqueza muscular e a diminuição de movimento da escápula podem estar relacionadas com a disfunção motora pós-operatória decorrente do tratamento cirúrgico do câncer de mama. O estudo foi desenhado para avaliar a presença de discinesia e o posicionamento da escápula em pacientes submetidas ao tratamento cirúrgico para câncer de mama. Métodos: Foram incluídas 112 pacientes submetidas í cirurgia para câncer de mama com abordagem axilar. Estas foram avaliadas no pré-operatório e 15, 30, 90 e 180 dias após a cirurgia e investigou-se a presença de discinesia de escápula pelo teste 4-type method e o posicionamento da escápula pelo Lateral Scapular Slide Test. O teste de Friedman foi utilizado para avaliar a alteração de discinesia de escápula e o teste Q de Cochran para avaliar o posicionamento da escápula. Resultados: A discinesia de escápula teve um aumento após a cirurgia. A média do escore pré-operatório foi 0,60 ± 0,81, do post-operatório (PO) 15 0,79 ± 0,90, do PO 30 0,75 ± 0,85, do PO 90 0,93 ± 0,84 e do PO 180 0,94 ± 0,86 (p < 0,001). Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre a avaliação pré e as pós-operatórias, em nenhuma das três posições para a assimetria de escápula: com braços soltos (p < 0,406), com mãos na cintura (p < 0,990) e com braços em abdução e rotação interna (p < 0,980). Conclusão: A discinesia de escápula aumentou, principalmente a partir de três meses após a cirurgia, e a presença de assimetria de escápula não alterou ao longo dos seis meses de pós-operatório.
Palavras-chave: neoplasias da mama, biópsia de linfonodo sentinela, excisão de linfonodo, escápula.
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