Habilidade de ativação do transverso do abdome em puérperas precoces de um hospital público da cidade de Salvador/BA

Authors

  • Leila Corrêa de Albuquerque Feijó Universidade Católica do Salvador
  • Melina Pimentel Magalhães

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v12i4.922

Abstract

Estudo descritivo de corte transversal com mulheres no pós-parto imediato na enfermaria de obstetrí­cia de um hospital público da cidade de Salvador/BA. Participaram as de gestação de feto único, sendo excluí­das as menores de 18 anos, as com patologia lombar diagnosticada, as submetidas í  cirurgia prévia de coluna e/ou toracoabdominal e as que referiram dor incapacitante em coluna lombar. As participantes foram selecionadas por formulário e avaliadas por Unidade de Biofeedback Pressórico (UBP). Das 56 mulheres, a maioria era parda 49 (87,5%), 39 (69,6%) tinham entre 18 e 27 anos. Das 31 (55,4%) que ativaram o transverso abdominal, 28 (57,1%) foram abordadas após 24 horas do parto, 16 (66,7%) eram primí­paras, 20 (62,5%) de parto normal, 24 (54,6%) tiveram filhos nascidos a termo e 16 (61,5%) geraram neonatos de peso adequado. 26 (55,3%) negaram dificuldade para dejeções e 20 (62,5%) tinham tosse efetiva ao comando verbal. Apesar da ativação satisfatória do transverso do abdômen, não se observou relação desta com cor, idade, dia da avaliação, paridade, tipo de parto, idade gestacional, peso dos neonatos, dificuldade nas dejeções e tosse.

Palavras-chave: transverso abdominal, perí­odo pós-parto, músculos abdominais.

Author Biographies

Leila Corrêa de Albuquerque Feijó, Universidade Católica do Salvador

Fisioterapeuta do Hospital Geral Roberto Santos e Professora da Universidade Católica do Salvador

Melina Pimentel Magalhães

Fisioterapeuta  

References

Stephenson RG, O’Connor LJ. Fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2004.

Costa LO, Menezes LC, Lançado RL, Oliveira WM, Ferreira PH. Confiabilidade do teste palpatório e da Unidade de Biofeedback Pressórico na ativação do músculo transverso do abdome em indivíduos normais. Acta Fisiátrica 2004;1(3):101-5.

Lemos AM, Feijó LA. A biomecânica do transverso abdominal e suas múltiplas funções. Fisioter Bras 2005;6(1):66-70.

Gouveia KM, Gouveia EC. O músculo transverso abdominal e sua função de estabilização da coluna lombar. Fisioter Mov 2008;21(3):45-50.

Perez RM, Feijó LA. Habilidade de ativação do músculo transverso do abdome em praticantes de exercícios isotônicos abdominais [TCC]. Salvador: Universidade Católica do Salvador; 2009.

Lacôte M, Chevalier AM, Miranda A, Bleton JP. Avaliação clínica da função muscular. São Paulo: Manole; 1987.

Kapandji AL. Fisiologia articular: tronco e coluna vertebral. 5ª ed. São Paulo: Panamericana; 2000.

Polden M, Mantle J. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. São Paulo: Santos; 2000.

Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia, uroginecologia e aspectos de mastologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.

Konkler CJ. Princípios de exercícios para a paciente obstétrica. In: Kisner C, Colby LA. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 2ª ed. São Paulo: Manole; 1996.

Lee DG, Lee LJ, McLaughlin L. Stability, continence and breathing: The role of fascia following pregnancy and delivery. J Bodyw Mov Ther 2008;12(4):333-48.

Hodges P. Is there a role for transversus abdominis in lumbo-pelvic stability? Man Ther 1999;4(2):74-86.

Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell SJ, Jull GA. Co-activation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises. Neurourol Urodynam 2001;20(1):31-42.

Neumann P, Gill V. Pelvic floor and abdominal muscles interaction: EMG activity and intra-abdominal pressure. Int Urogynecol J 2002;13:125-32.

Figueiredo MK, Chaves Júnior IP, Figueiredo VGC, Costa LOP, Costa LCM. Estudo da confiabilidade intra e entre-examinadores da unidade de biofeedback pressórico na medida da contração do músculo transverso abdominal. Rev Bras Ciênc Mov 2005;13(4):93-100.

Sarmento GJV. Fisioterapia respiratória em pediatria e neonatologia. 1ª ed. São Paulo: Manole; 2007.

Melo ASO, Assunção PL, Gondim SSR, Carvalho DF, Amorim MMR, Benício MH et al. Estado nutricional materno, ganho de peso gestacional e peso ao nascer. Rev Bras Epidemiol 2007;10(2):249-57.

Herrington L, Daves R. The influence of Pilates training on the ability to contract the transverses abdominis muscle in asymptomatic individuals. J Bodyw Mov Ther 2003;(9):52-57.

Cairns MC, Harrison K, Wright C. Pressure Biofeedback: A useful tool in the quantification of abdominal muscular dysfunction? Physiother 2000;86(3):127-38.

Okano AH, Altimari LR, Dodero SR, Coelho CF, Almeida PB, Cyrino ES. Comparação entre o desempenho motor de crianças de diferentes sexos e grupos étnicos. Rev Bras Ciênc Mov 2001;9(3):39-44.

Rett MT, Braga MD, Bernardes NO, Andrade SC. Prevalência de diástase dos músculos reto abdominais no puerpério imediato: comparação entre primíparas e multíparas. Rev Bras Fisioter 2009;13(4):275-80.

Gilleard LW, Brown JM. Structure and function of the abdominal muscles in primigravid subjects during pregnancy and the immediate postbirth period. Phys Ther 1996;76:750-62.

Pandofe KM, Andrade MCC, Meyer PF, Silva EM. Relação entre força abdominal, abdome protruso e ângulo lombossacral, em mulheres jovens. Fisioter Mov 2006;19(4):99-104.

Marques DV, Bigolin SE. A avaliação da força abdominal no pré e pós-operatório de sujeitos submetidos à artrodese lombar. Fisioter Bras 2007;8(5):308-12.

Barbosa AMP, Carvalho LR, Martins AMVC, Calderon IMP, Rudge MVC. Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico. Rev Bras Ginecol Obstet 2005;27(11):677-82.

Rett MT, Bernardes NO, Santos AM, Oliveira MR, Andrade SC. Atendimento de puérperas pela fisioterapia em uma maternidade pública humanizada. Fisioter Pesq 2008;15(4):361-6.

Published

2017-05-20