Estimulação elétrica de média freqüência com eletrodos de superfície no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço ou mista
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v9i3.1640Resumo
O objetivo do trabalho descrito neste artigo foi a comparação de variáveis quantitativas antes e após 30 aplicações de eletroestimulação de média freqüência, com emprego de eletrodos de superfície, no tratamento de mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE) ou mista (IUM). Após análise de questionário investigativo, avaliação cinético-funcional do assoalho pélvico com perineometria e resultado de pad test, 14 mulheres foram submetidas ao protocolo de eletroestimulação, totalizando 30 atendimentos, com eletrodos de superfície no assoalho pélvico, posicionados conforme Laycock 4. Os parâmetros elétricos utilizados foram: freqüência portadora de 2500 Hz, freqüência de modulação de 50 Hz, largura de pulso de 0,4 ms e intensidade tolerável pelo indivíduo, restrita ao limiar motor. Os resultados obtidos evidenciaram redução significativa da perda urinária, onde 92,9% consideraram-se satisfeitas com o resultado e 100% recomendariam esta forma de tratamento. O pad test foi negativo em 92,9% das mulheres. Após o estudo e registro no diário miccional constatou-se redução ou ausência dos sintomas em 100% (p < 0,0079) das voluntárias, ou seja, 9 (64,3%) apresentaram cura (índice zero de perdas) e 5 (35,7%) obtiveram melhora (índice de perdas após intervenção < 50% do número de pré-intervenção). A perineometria também indicou melhora em todos os parâmetros avaliados. Esses resultados permitem concluir que a eletroestimulação de média freqüência, com eletrodos de superfície, apresenta-se como uma alternativa conservadora para o tratamento dessa doença, não sendo invasiva e possuindo boa relação custo-benefício.
Palavras-chave: incontinência urinária, estimulação elétrica neuromuscular, eletroestimulação, fisioterapia.Â
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