Caracterí­sticas clí­nico-funcionais de idosos com osteoartrose de joelhos

Autores

  • Pamela Branco Schweitzer UDESC

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v9i4.1720

Resumo

O objetivo deste estudo, de cunho empí­rico analí­tico do tipo descritivo exploratório, foi observar as caracterí­sticas clí­nico-funcionais de 15 idosos com diagnóstico médico de osteoartrose de joelho, com idade ≥ a 60 anos, de ambos os gêneros, voluntários, moradores de Florianópolis, selecionados de forma não probabilí­stica intencional. Utilizou-se a escala linear de dor e o questionário de McGill para verificar a intensidade e a qualidade da dor e ainda as medidas do ângulo "Q" e das amplitudes ativa e passiva de flexão e extensão do joelho de cada um dos sujeitos. Observou-se, por meio de estatí­stica descritiva, que a média de peso dos sujeitos foi de76,8 kg, caracterizando-os como idosos com excesso de peso, já que a média da altura do grupo foi de1,50 m. A mediana da intensidade da dor foi de 7,5 (S = 2,94) com média do número de descritores de qualidade de dor de 19. Esses parâmetros de alta intensidade da dor, somados a mediana das medidas do ângulo "Q" do joelho (21 graus), o quartil superior de 23 graus, e a média de flexão ativa de 111 graus e extensão ativa de 170 graus, caracterizam o grupo, como sujeitos que apresentam alteração postural e funcional mecânica desta articulação, com riscos de comprometer a sua independência funcional, limitando-os significativamente na habilidade individual de levantar de uma cadeira, permanecer em pé confortavelmente, caminhar, subir e descer escadas. Identificar as alterações posturais, funcionais e de dor causadas por esta patologia é deveras relevante, possibilitando desta forma, a utilização destas medidas clí­nico-funcionais como parâmetro para o estudo dos efeitos de tratamentos de correção e prevenção da evolução das deformidades posturais e da mecânica articular do joelho de idosos com osteoartrose de joelhos.

Palavras-chave: osteoartrose, alterações funcionais, dor, idoso.

Biografia do Autor

Pamela Branco Schweitzer, UDESC

Ft.,  Faculdade de Ciências da Saúde do Instituto Porto Alegre (IPA), Pós-Graduada em Ciências Morfofisiológicas e Mestranda em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

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Publicado

2017-12-30

Edição

Seção

Artigos originais