O acesso de crianças com paralisia cerebral í  fisioterapia

Autores

  • Cristiane Mattos Oliveira UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v8i3.1772

Resumo

Objetivo: Estudar a idade de acesso í  reabilitação (fisioterapia motora) e discutir possí­veis fatores relacionados a esta acessibilidade. Método: Estudo retrospectivo transversal de série de casos composto por uma amostra de conveniência de 38 crianças, de 2 a 5 anos de idade, com diagnóstico de Disfunção Neuromotora (DNM), em acompanhamento no Setor de Neurologia de um Hospital Universitário no perí­odo de 2000 a 2002. Resultados: Apenas 6 crianças iniciaram a fisioterapia motora até os 6 meses de vida (17,6%), apesar da maioria (92,1%) apresentar registro de fatores perinatais de risco em prontuário. O acesso í  reabilitação foi mais precoce nos casos de acometimento mais difuso (razão de prevalência de 1,35 (0,23 < RP < 8,10)). Conclusão: O acesso í  reabilitação de pacientes com DNM ocorre tardiamente. Dentre outros fatores, dificuldades no reconhecimento dos sinais precoces da DNM e dificuldades no acesso aos centros de reabilitação podem estar relacionados í  demora do iní­cio da terapia.

Palavras-chave: acesso aos serviços de saúde, fisioterapia, paralisia cerebral, centros de reabilitação.

Biografia do Autor

Cristiane Mattos Oliveira, UFRJ

D.Sc.,  Fisioterapeuta, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, UFRJ

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Publicado

2018-01-01

Edição

Seção

Artigos originais