Efeitos do treinamento aeróbico com o cicloergômetro para os membros superiores e inferiores sobre a performance da musculatura respiratória na paraplegia por traumatismo raquimedular

Autores

  • Antonio Vinicius Soares IELUSC

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v8i3.1849

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos do condicionamento aeróbico com cicloergômetro para os membros superiores e inferiores sobre a performance da musculatura respiratória, aptidão fí­sica, e sua possí­vel repercussão sobre a qualidade de vida e independência funcional em um paraplégico (ní­vel T1) por TRM. Um estudo descritivo do tipo exploratório, utilizando-se da manovacuômetria digital para avaliação das pressões inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx) máximas de pico e endurance, Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) e escala FIM para a qualidade de vida e independência funcional, respectivamente. Os resultados indicam que após 6 semanas de treinamento (3x/semana) houve um incremento da Pimáx de forma a superar o valor referencial, atingindo 109% deste, e da Pemáx atingindo 90% do valor referencial. Na avaliação da endurance inspiratória e expiratória houve um aumento estatisticamente significativo (endurance inspiratória p < 0,001; endurance expiratória p < 0,02). A melhora da aptidão fí­sica foi verificada com base na performance do teste de esforço. Não ocorreram alterações significativas na qualidade de vida e independência funcional. Conclui-se que mesmo em paciente crônico, reabilitado e independente, o protocolo proposto pode trazer benefí­cio em curto prazo na força e endurance da musculatura respiratória.

Palavras-chave: treinamento aeróbico, cicloergômetro, músculos respiratórios, paraplegia.

 

Biografia do Autor

Antonio Vinicius Soares, IELUSC

Professor-pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Neuroreabilitação - NUPEN da Associação Catarinense de Ensino – ACE e do Bom Jesus/ IELUSC

Referências

Greve JMD. Diagnóstico e tratamento da lesão da medula espinhal. São Paulo: Roca; 2001.

Nadeau M et al. Fisiologia aplicada na atividade física. São Paulo: Manole; 1985.

Glaser RM et al. The physiology of exercise. In: Apple DF, ed. Physical fitness: A guide for individuals with SCI. Department of Veterans Affairs-Veterans Health Administration, 1996; 3-23.

Pryor JA, Webber BA. Fisioterapia para problemas respiratórios e cardíacos. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; 2002.

Costa D. Fisioterapia respiratória básica. São Paulo: Atheneu; 2004.

Nascimento APC. Projeto e desenvolvimento de um cicloergômetro para membros superiores e inferiores. [Dissertação]. São Carlos: Instituto de Química de São Carlos - Universidade de São Paulo, 2004.

Frontera W et al. Exercício fisico e reabilitação. Porto Alegre: Artmed; 2001.

Stokes M. Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000.

Bohannom R, Smith W. International reability of a modified Ashworth scale of muscle spasticity. Phys Ther 1981;67:206-7.

Ditunno JF et al. The international standars booket for neurological and functional classification of spinal cord injury. Paraplegia 1994;32:70-80.

Teixeira-Salmela LF et al. Adaptação do perfil de saúde de Nottinghan: um instrumento simples de avaliação da qualidade de vida. Cad Saúde Pública 2004;20:905-14.

Balady GJ et al. Diretrizes da ACSM para testes de esforço e sua prescrição. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.

Borg G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido. São Paulo: Manole; 2000.

Nickerson BG, Keens TG. Measuring ventilatory muscle endurance in humans as sustainable inspiratory pressure. J Appl Physiol 1982;52:768-72.

Hart N et al. A novel clinical test of respiratory muscle endurance. Eur Respirat J 2002; 19:232-39.

Liaw MY et al. Resistive inspiratory muscle training: its effectiveness in patients with acute complete cervical cord injury. Arch Phys Med Rehabil 2000;81:752-56.

Silva AC et al. Effect of aerobic training on ventilatory muscle endurance of spinal cord injured men. Spinal Cord 1998;36:240-5.

Uijil SG et al. Training of the respiratory muscles in individuals with tetraplegia. Spinal Cord 1999;37:575-9.

Esch MVD et al. Respiratory muscle performance as a possible determinant of exercise capacity in patients with ankylosing spondylitis. Aust J Phys 2004;50:41–5.

Haddad S et al. Efeito do treinamento físico aeróbico de membros superiores de curta duração no deficiente físico com hipertensão leve. Arq Bras Cardiol 1997;69:173-93.

MyslinskI MJ. Evidence-based exercise prescription for individuals with spinal cord injury. J Neurol Phys Ther 2005.

Downloads

Publicado

2018-01-01

Edição

Seção

Relatos de caso