Importância da intervenção fisioterapêutica precoce na correção da incontinência urinária masculina pós-prostatectomia
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v7i3.1903Resumo
Introdução: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a importância do tempo de início da fisioterapia em pacientes que sofreram algum tipo de procedimento cirúrgico na próstata, resultando em incontinência urinária. Material e Métodos: Vinte pacientes com diagnóstico de perda urinária decorrente da prostatectomia radical ou ressecção transuretral da próstata foram avaliados com pad test e número de fraldas utilizadas diariamente. Todos eles foram submetidos a doze sessões de fisioterapia, utilizando cinesioterapia e eletroestimulação, uma vez semanalmente. Posteriormente, foram reavaliados por meio de pad test e número de fraldas. Os pacientes foram divididos em dois grupos. O primeiro grupo era composto por dez pacientes que iniciaram a fisioterapia nos primeiros seis meses de pós-operatório; o segundo grupo de dez pacientes que iniciaram o tratamento fisioterapêutico, após o sexto mês da intervenção cirúrgica. Resultados: Observou-se que tanto no primeiro grupo como no segundo houve uma diferença estatisticamente significante quanto ao pad test inicial em relação ao final. Quanto ao número de fraldas, ocorreu diferença significante somente no primeiro grupo, mostrando uma diminuição significante no número de fraldas. Conclusão: O tratamento com cinesioterapia e com eletroestimulação permitiu concluir que a fisioterapia foi efetiva, com melhora significativa da incontinência urinária. Após a fisioterapia,ocorre melhora na classificação da incontinência, com relação ao pad test e diminuição do número de fraldas utilizadas pelos pacientes prostatectomizados. A redução do número de fraldas utilizadas pelos pacientes do primeiro grupo foi maior do que aquela apresentada pelos pacientes do segundo grupo.
Palavras-chave : incontinência urinária, prostatectomia, ressecção transuretral da próstata, fisioterapia.Referências
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