Efeitos de um programa fisioterapêutico com terapia por tarefas orientadas e treino de marcha para trás na locomoção de pacientes após acidente vascular encefálico: série de casos

Autores

  • Suzanne Guimarães Machado UFS
  • Jaí­ne Rosalva de Aguiar UFS
  • Gabriel Pacheco Bispo UFS
  • Ricardo de Oliveira Santana UFS
  • Raphaela Schiassi Hernandes UFS
  • Sheila Schneiberg UFS

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v21i2.2499

Palavras-chave:

acidente vascular cerebral, locomoção, marcha, tarefas orientadas

Resumo

Introdução: Pacientes após Acidente Vascular Encefálico (AVE) costumam ter alteração da marcha, apresentando velocidade lenta, baixa resistência a longas distâncias, e limitação da locomoção independente nas ruas. A recuperação dessa marcha comunitária é para esses indivíduos, um dos principais objetivos para a manutenção de uma vida ativa. Objetivo: Investigar a eficácia de uma intervenção fisioterapêutica com o método de tarefas orientadas e com o treino de marcha para trás sobre a locomoção de pacientes hemiparéticos após AVE. Métodos: Trata-se de um estudo de análise de efeito terapêutico do tipo série de casos, no qual o sujeito é seu próprio controle, e são realizadas avaliações múltiplas para cada sujeito nas fases A1- B - A2. Na fase A1 são feitas duas avaliações antes do tratamento, gerando uma linha de base (baseline) que por ter duas medidas inclui a variação normal do sujeito, na fase B também são feitas duas avaliações, mas, durante e imediatamente após o tratamento, para obter as mudanças relacionadas ao mesmo e na fase A2 são feitas duas avaliações após duas semanas e um mês sem tratamento, para avaliar retenção do tratamento. Este estudo foi realizado com indivíduos com sequelas de AVE deambuladores comunitários (capazes de andar na rua, com ou sem auxílio de órteses). Os constructos utilizados para avaliar o efeito da terapia nos participantes foram: equilíbrio avançado, marcha comunitária com capacidade de modificar marcha as tarefas funcionais, equilíbrio e mobilidade, que foram investigados respectivamente com os instrumentos Fullerton Advanced Balance (FAB), Índice de Marcha Dinâmica (DGI) e Timed Up Go (TUG). Dois métodos estatísticos foram utilizados: 1) O método visual da banda formada pela média e por dois desvios padrão calculados com os resultados das avaliações feitas na baseline, formando uma banda cujos pontos que caírem fora da banda tem uma significância p < 0.05; e 2) O cálculo do tamanho do efeito da terapia com o método de Delta de Glass. Resultados: Participaram do estudo quatro voluntários com sequelas após AVE. Após aplicação do protocolo de intervenção com tarefas orientadas e marcha para trás, observou-se melhora do equilíbrio e mobilidade, assim como da locomoção e da capacidade de modificação da marcha às atividades funcionais, isso pode ser observado especialmente no TUG em que todos os participantes diminuiram o tempo, após o tratamento em aproximadamente 3 a 20 segundos, p < 0,05. Os tamanhos do efeito após terapia foram grandes a enormes > 0,80 e 1,30 para todos os participantes em dois dos três desfechos primários. Conclusão: A associação do treino por tarefas orientadas com o treino de marcha para trás dentro do processo de reeducação funcional de pacientes após AVE surte efeitos positivos sobre a locomoção.

Biografia do Autor

Suzanne Guimarães Machado, UFS

Fisioterapeuta, Egressa do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

Jaí­ne Rosalva de Aguiar, UFS

Fisioterapeuta, Egressa do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

Gabriel Pacheco Bispo, UFS

Fisioterapeuta, Egresso do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

Ricardo de Oliveira Santana, UFS

Fisioterapeuta, Egresso do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

Raphaela Schiassi Hernandes, UFS

Terapeuta ocupacional, Docente, Departamento de Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

Sheila Schneiberg, UFS

Fisioterapeuta, Docente, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto, SE, Brasil

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Publicado

2020-05-16

Edição

Seção

Artigos originais