Disfunções do assoalho pélvico em pacientes de um projeto de responsabilidade social em Fortaleza/CE: um estudo retrospectivo de 14 anos

Autores

  • Alaiza de Sá Damasceno Centro Universitário Estácio do Ceará
  • Marcia da Conceição de Souza Centro Universitário Estácio do Ceará https://orcid.org/0000-0003-3326-7695
  • Francisco Fleury Uchoa Santos Junior Centro Universitário Estácio do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v21i4.3235

Palavras-chave:

disfunções, assoalho pélvico, Fisioterapia

Resumo

Introdução: A pelve é formada pela junção de dois ossos ilíacos, sacro e cóccix, localizados na parte inferior do tronco formando uma estrutura que une os músculos, tecidos e ligamentos e tem como desígnio proteger os órgãos internos. Quando ocorre uma desordem dessas estruturas chamamos de disfunções do assoalho pélvico. O objetivo do presente estudo foi analisar prevalência das disfunções do assoalho pélvico (DAP) em pacientes atendidos em um projeto de responsabilidade social em Fortaleza/CE. Métodos: A pesquisa foi desenvolvida em uma abordagem retrospectiva e documental. A amostra foi constituída por todos os prontuários ao longo dos últimos 14 anos, compondo 83 prontuários. Resultados: Através do estudo, pode-se evidenciar que a Incontinência Urinária (IU) é a disfunção com a maior prevalência (80,7%) atingindo em sua grande maioria o público feminino (62%), no público masculino a disfunção predominante é a IU por prostatectomia (36%). Em seguida temos o destaque para a bexiga hiperativa com cerca de 14,4%, também mais presente em mulheres. Além disso, foi vista associação entre a IU e a prostatectomia (p=0,0129), os pacientes que realizaram a prostatectomia eram 10 vezes mais propensos a apresentarem IU (OR= 10,67; 95%IC: 1,529-51,96). Conclusão: O presente estudo identificou que existe um maior predomínio das DAP no sexo feminino, com destaque para a IU de esforço, já no masculino existe uma prevalência maior em IU relacionada a prostatectomia. 

Biografia do Autor

Alaiza de Sá Damasceno, Centro Universitário Estácio do Ceará

Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

Marcia da Conceição de Souza, Centro Universitário Estácio do Ceará

Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

Francisco Fleury Uchoa Santos Junior, Centro Universitário Estácio do Ceará

Curso de Fisioterapia, Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil

Referências

Ribeiro JS, Braz MM, Lemos LFC, Dorneles PP, Mota CB. Influência da visão e da dupla tareda no controle postural de idosas com perdas urinárias. Fisioter Bras 2019;20(3):409-17. doi: 10.33233/fb.v20i3.2801

Langoni CS, Knorst MR, Lovatel GA, Leita VO, Rezende TL. Incontinência urinária em idosas de Porto Alegre: sua prevalência e sua relação com a função muscular do assoalho pélvico. Fisioter Pesqui 2014;21(1):74-80. doi: 10.1590/1809-2950/475210114

Freitas AO, Silva GC, Scarpelini P, Haddad CAS. Cinesioterapia e eletroestimulação sacral no tratamento de incontinência urinária masculina pós prostatectomia - relato de caso. Revista Unilus Ensino e Pesquisa 2014;11(23).

Nassif EA, Dias A, Berto J. Existe um tratamento cirúrgico ideal para incontinência urinária feminina? Revista UNINGÁ Review 2013;15(1):18-22.

Cunha RM, Leite LC, Oliveira GND, Brito GA, Figueirêdo VB, Nascimento SL. Perfil epidemiológico e sintomas urinários de mulheres com disfunções do assoalho pélvico atendidas em ambulatório. Fisioterapia Saúde Funcional 2016;5(1):42-9.

Bonfim IQM, Soutinho RSR, Araújo EN. Comparação da qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária atendidas no sistema de saúde público e privado. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde 2014;16(1):19-24.

Henkes DF, Fiori A, Carvalho JAM, Tavares KO, Frare JC. Incontinência urinária: o impacto na vida de mulheres acometidas e o significado do tratamento fisioterapêutico. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina 2015;36;(2):45-56. doi: 10.5433/1679-0367.2015v36n2p45

Silva LWS, Lucas TQC, Santos SSO, Novais VS, Pires EPOR, Lodovici FMM. Fisioterapia na incontinência urinária: olhares sobre a qualidade de vida de mulheres idosas. Revista Kairós Gerontol 2017;20(1):221-38. doi: 10.23925/2176-901X.2017v20i1p221-238

Almeida ALR, Marsal AS. A influência da fisioterapia aplicada no tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres: estudo da eficácia da cinesioterapia. Visão Universitária 2015;3(1):109-28.

Santos CRS, Santos VLCG. Prevalência da incontinência anal na população urbana de Pouso Alegre - Minas Gerais. Rev Esc Enferm USP 201;1(45):180-6. doi: 10.1590/S0080-62342011000100025

Weschenfelder AJ, Strelow CS, Arruda GT, Froelich MA, Pivetta HMF, Braz MM. Prevalência de incontinência urinária e seu impacto sobre a qualidade de vida de idosos: estudo comparativo entre meio urbano e meio rural. Revista Kairós Gerontol 2016;19(3):67-77.

Zaslavsky C, Loreiro RG, Jurach MT, Menezes V, Albrecht GJ, Araújo TG et al. Entrevista motivacional no tratamento dos pacientes com incontinência anal. Revista da AMRIGS 2013;3(57):180-4.

Pereira AJSR, Spiller MG, Garcia EP,Correa RG. Influência do método pilates solo na incontinência de urgência dupla. Revista Hórus 2016;11(1):68-80.

Quintão MG, Oliveira SAS, Guedes HM. Incontinência fecal: perfil dos idosos residentes na cidade de rio piracicaba, MG. Rev Bras Geriatr Gerontol 2010;2(13):191-201.

Arend MGP, Fernandes WVB, Arend G. Uso do biofeedback na incontinência fecal e dissinergia do assoalho pélvico – relato de caso. Revista Saúde e Pesquisa 2009;2(3):433-6.

Ferreira LL, Marino LHC, Cavenaghi S. Intervenção fisioterapêutica na incontinência fecal no idoso. Arq Bras Ciênc Saúde 2012;37(3):168-72.

Knorst MR, Cavazzotto K, Henrique M, Resende TL. Intervenção fisioterapêutica em mulheres com incontinência urinária associada ao prolapso de órgão pélvico. Rev Bras Fisioter 2012;16(2):102-7. doi: 10.1590/S1413-35552012000200004

Diniz MF, Vasconcelos TB, Pires JLVR, Nogueira MM, Arcanjo GN. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em mulheres praticantes de Mat Pilates. MTP & Rehab Journal 2014;12:406-20.

Filho ALS, Fonseca AMRM, Camillato ES, Cangussu RO. Análise dos recursos para reabilitação da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com prolapso e incontinência urinária. Fisioter Pesqui 2013;1(20):90-6. doi: 10.1590/S1809-29502013000100015

Horst W, Silva JC. Prolapsos de órgãos pélvicos: revisando a literatura. Arq Catarin Med 2016;2(45):91-101.

Monteiro MVC, Filho ALSF. In: Baracho E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014.

Franco MM, Souza FO, Vasconselos ECLM, Freitas MMS, Ferreira CHJ. Avaliação da qualidade de vida e da perda urinária de mulheres com bexiga hiperativa tratadas com eletroestimulação transvaginal ou do nervo tibial. Fisioter Pesqui 2011;18(2):145-50. doi: 10.1590/S1809-29502011000200008

Ferraz H. Tratamento da Bexiga Hiperativa. Rev Científica HSI 2017;1(2):20-6.

Lima PM, Battestim B, Ferreira SH, Lima FJR, Lawall ARN, Domingues VO, et al. Disfunção erétil no homem idoso. Rev Med Saude Brasilia 2016;1(5):128-34.

Lara LAS, Silva ACJSR, Romão APMS, Junqueira FRR. Abordagem das disfunções sexuais femininas. Rev Bras Ginecol Obstet 2008;6(30):312-21. doi: 10.1590/1809-2950/475210114

Piassarolli VP, Hardy E, Andrade NF, Ferreira NO, Osis MJD. Treinamento dos músculos do assoalho pélvico nas disfunções sexuais femininas. Rev Bras Ginecol Obstet 2010;5(32):234-40. doi: 10.1590/S0100-72032010000500006

Barreto KL, Mesquita YA, Junior FFUS, Gameiro MO. Treinamento da força muscular do assoalho pélvico e os seus efeitos nas disfunções sexuais femininas. Motricidade 2018;14(1):424-7.

Delgado AM, Ferreira ISV, Sousa MA. Recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento das disfunções sexuais femininas. Catussaba 2015;4(1):47-56.

Direta L. O papel social das IES. 2018. [citado 2018 Out 17]. Disponí­vel em: https://abmes.org.br/noticias/detalhe/2964/o-papel-social-das-ies

Dyniewicz AM. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Caetano: Difusão; 2014.

Saud LF, Campos GV, Maniezzo R, Marques YMP, Rezende LF. A incidência de incontinência urinária nos tratamentos de braquiterapia e prostatectomia radical no câncer de próstata: abordagem de abrangência em prol da prática clínica. Revista da Universidade Vale do Rio Verde 2018;16(1):1-9. doi: 10.5892/ruvrd.v16i1.3730

Carneiro JA, Ramos GCF, Barbosa ATF, Medeiros SM, Lima CA, Costa FM et al. Prevalência e fatores associados à incontinência urinária em idosos não institucionalizados. Cad Saúde Coletiva 2017;3(25):268-77. doi: 10.1590/1414-462X201700030295

Naves PP, Letieri RV, Simon ISL, Leite SN, Letieri M. Avaliação da qualidade de vida em mulheres com sintomas de incontinência urinária de esforço praticantes de atividade fí­sica. Revista Inspirar Movimento & Saúde 2016;8(1):10-6.

Alves AM, Cirqueira RP. Sintomas do vaginismo em mulheres submetidas à episiotomia. Rev Mult Psic 2019;13(43):329-39. doi: 10.14295/idonline.v13i43.1525

Maia ARA, Melo ALM, Souza AM, Souza LM, Martinelli PM. Os benefícios da cinesioterapia e eletroestimulação para o fortalecimento do assoalho pélvico feminino: uma revisão sistematizada. Ciência em Foco 2018;1(2):103-12.

Downloads

Publicado

2020-08-08

Edição

Seção

Artigos originais