Análise cinemática da passada normalizada e frequência da marcha de idosos com gonartrose após mobilização pelo conceito Maitland
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v14i1.365Resumo
Introdução: Disfunções na marcha de idosos são problemas quanto ao risco de quedas e do ato motriz, modificações estas acentuadas por doenças crônico-degenerativas como a gonartrose. A Mobilização Articular (MA) consiste numa prática comum para restauração da função, entretanto, poucos dados comprovam sua eficácia, principalmente acerca da amplitude da passada e frequência da marcha em idosos com gonartrose. A normalização da marcha tem como intuito minimizar os efeitos das variáveis massa e altura em amostras não homogêneas. Objetivos: O presente estudo teve por objetivo analisar quantitativamente as alterações do tamanho da passada com medidas normalizadas e frequência da marcha, através da cinemetria, em indivíduos idosos com gonartrose, submetidos í mobilização articular. Materiais e métodos: A amostra foi composta por cinco idosos entre 60-70 anos, com diagnóstico de gonartrose bilateral, graus I e II. Tratou-se de um estudo experimental, longitudinal, prospectivo e cego, sendo cada indivíduo controle de si mesmo. Os dados cinemáticos foram obtidos pela videometria e digitalizados pelo software Skillspector®. A mobilização articular acessória foi realizada no grau IV, segundo Maitland, para a articulação do joelho nos sentidos ântero-posterior e póstero-anterior durante 45 dias, duas vezes semanalmente. Os resultados foram submetidos í análise descritiva e estatística através do teste t student, considerados significativo p < 0,05. Resultados: Para o tamanho da passada, obteve-se 1,24 m e 1,42 m para os dados pré e pós-normalização, respectivamente. A frequência inicial foi de 0,87 Hz e 1,02 Hz após a MA. Conclusão: A MA tendeu a otimizar os valores para tamanho da passada e frequência da marcha, todavia, admitimos como limitação do estudo o número pequeno da amostra.
Palavras-chave: biomecânica, gonartrose, marcha, idoso.
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