Análise cinemática da passada normalizada e frequência da marcha de idosos com gonartrose após mobilização pelo conceito Maitland

Autores

  • Alan Lopes de Oliveira Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
  • André Custódio da Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.33233/fb.v14i1.365

Resumo

Introdução: Disfunções na marcha de idosos são problemas quanto ao risco de quedas e do ato motriz, modificações estas acentuadas por doenças crônico-degenerativas como a gonartrose. A Mobilização Articular (MA) consiste numa prática comum para restauração da função, entretanto, poucos dados comprovam sua eficácia, principalmente acerca da amplitude da passada e frequência da marcha em idosos com gonartrose. A normalização da marcha tem como intuito minimizar os efeitos das variáveis massa e altura em amostras não homogêneas. Objetivos: O presente estudo teve por objetivo analisar quantitativamente as alterações do tamanho da passada com medidas normalizadas e frequência da marcha, através da cinemetria, em indiví­duos idosos com gonartrose, submetidos í  mobilização articular. Materiais e métodos: A amostra foi composta por cinco idosos entre 60-70 anos, com diagnóstico de gonartrose bilateral, graus I e II. Tratou-se de um estudo experimental, longitudinal, prospectivo e cego, sendo cada indiví­duo controle de si mesmo. Os dados cinemáticos foram obtidos pela videometria e digitalizados pelo software Skillspector®. A mobilização articular acessória foi realizada no grau IV, segundo Maitland, para a articulação do joelho nos sentidos ântero-posterior e póstero-anterior durante 45 dias, duas vezes semanalmente. Os resultados foram submetidos í  análise descritiva e estatí­stica através do teste t student, considerados significativo p < 0,05. Resultados: Para o tamanho da passada, obteve-se 1,24 m e 1,42 m para os dados pré e pós-normalização, respectivamente. A frequência inicial foi de 0,87 Hz e 1,02 Hz após a MA. Conclusão: A MA tendeu a otimizar os valores para tamanho da passada e frequência da marcha, todavia, admitimos como limitação do estudo o número pequeno da amostra.

Palavras-chave: biomecânica, gonartrose, marcha, idoso.

Biografia do Autor

Alan Lopes de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Residente em Fisioterapia Neurofuncional pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Pós-graduado em Terapia Manual e Biomecânica Clí­nica pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO)

André Custódio da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

M.Sc., Docente de Fisioterapia pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LaBiCoM/UERJ), Fisioterapeuta da Clí­nica Escola de Fisioterapia da UniverCidade Campus Praça XI

Referências

Ramos LR. Determinant factors for healthy aging among senior citizens in a large city: the Epidoso Project in Sao Paulo. Cad Saúde Pública 2003;19(3):793-8.

Rodrigues MAP, Facchini LA, Thumé E, Maia F. Gender and incidence of functional disability in the elderly: a systematic review. Cad Saúde Pública 2009;25(Sup3):464-76.

Kubinski AJ, Higginson JS. Strategies used during a challenging weighted walking task in healthy adults and individuals with knee osteoarthrits. Gait & Posture 2012;35:6-10.

Maki BE. Gait changes in older adults: predictors of falls or indicators of fear? J Am Geriatr Soc 1997;45(3):313-20.

Chamberlin ME, Fulwider BD, Sanders SL, Medeiros JM. Does fear of falling influence spatial and temporal gait parameters in elderly persons beyond changes associated with normal aging? J Gerontol A Biol Sci Med 2005;60(9):1163-7.

Kaufman KR, Hughes C, Morrey BF, Morrey M. Gait characteristics of patients with knee osteoarthritis. J Biomech, 2001;34(7):907-15.

Amatuzzi MM. Joelho: articulação central dos membros inferiores. Rio de Janeiro: Roca; 2004.

Chang A, Hayes K, Dunlop D, Song J, Hurwitz D, Cahue S, et al. Hip abduction moment and protection against medial tibiofemoral osteoarthritis progression. Arthritis Rheum 2005;52(11):3515-9.

Maly MR, Costigan PA, Olney SJ. Mechanical factors relate to pain in knee osteoarthritis. Clin Biomech 2008;23:796-805.

Senna ER, Barros AL, Silva EO, Costa IF, Pereira LV, Ciconelli RM, et al. Prevalence of rheumatic diseases in Brazil: a study using the COPCORD approach. J Rheumatol 2004;31(3):594-7.

Landry SC, McKean KA, Hubley-Kozey CL, Stanish WD, Deluzio KJ. Knee biomechanics of moderate OA patients measured during gait at a self-selected and fast walking speed. J Biomech 2007;40:1754-61.

Batista LA. Introdução à Biomecânica Aplicada. Rio de Janeiro: LaBiCoM/UERJ, 2004.

Hof AL. Scaling gait data to body size. Gait and Posture 1996;4:222-3.

Maitland GD. Princípios das técnicas. In: Maitland GD, ed. Maitland’s Vertebral Manipulation. 6. ed. London: Butterworth Heinemann; 2001. p.171-82.

Denegar CR, Hertel J, Fonseca J. The effect of lateral ankle sprain on dorsiflexion range of motion, posterior talar glide, and joint laxity. J Orthop Sports Phys Ther 2002;32:166-73.

Green T, Refshauge K, Crosbie J, Adams R. A randomized controlled trial of a passive accessory joint mobilization on acute ankle inversion sprains. Phys Ther 2003;81(4):984-94.

Pellow JE, Brantinghan JW. The efficacy of adjusting the ankle in the treatment of subagude and chronic grade I and grade II ankle inversion sprains. J Manipulative Physiol Ther 2001;24(1):17-24.

Norkin C, Levangie P. Joint structure and function: a comprehensive analysis. 2a ed. Philadelphia: FA Davis; 1992.

Hsu A, Ho L, Chang J, Chang G. Characterization of tissue resistance during a dorsally directed translation mobilization of the glenohumeral joint. Arch Phys Med Rehabil 2002;83:360-6.

Cook CE. Effectiveness of visual perceptual learning on intertherapist reliability of lumbar spine mobilization. The Internet Journal of Allied Health Sciences & Practice, 2003;1(2):1540-80.

Gurney B. Leg length discrepancy. Gait and Posture 2002;15:195-206.

Vaughan CL, Davis BL, O’Connor JC. Dynamics of human gait. 2a. ed. Cape Town: Kiboho Publishers; 1999.

Danion F, Varraine E, Bonnard M, Pailhous J. Stride variability in human gait: the effect of stride frequency and stride length. Gait Posture 2003;18:69-77.

Custódio AS, Batista LA. Estudo cinemático, com medidas normalizadas e não normalizadas, de marchas realizadas em diferentes velocidades [Dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade Castelo Branco; 2010. 88f.

Cristopoliski F, Cristopoliski F, Sarraf TA, Dezan VH. Efeito transiente de exercícios de flexibilidade na articulação do quadril sobre a marcha de idosas. Rev Bras Med Esporte 2008;14(2):139-44.

Farinatti PTV, Lopes LNC. Amplitude e cadência do passo e componentes da aptidão muscular em idosos: um estudo correlacional multivariado. Rev Bras Med Esporte 2004;10(5):389-94.

Elbaz A, Mor A, Segal G, Debbi E, Harim A. APOS therapy improves clinical measurements and gait in patients with knee osteoarthritis. Clin Biomech 2010;25(9):920-5.

Sutherland DH. Dimensionless gait measurements and gait maturity. Gait Posture 1996;4:209-11.

Zijlstra W, Prokop T, Berger W. Adaptability of leg movements during normal treadmill walking and split-belt walking in children. Gait Posture 1996;4:212-21.

Hof AL, Zijlstra W. Comment on normalization of temporal-distance parameters in pedriatric gait. J Biomechanics 1997;30:299.

Downloads

Publicado

2018-07-11

Edição

Seção

Artigos originais