Percepção subjetiva de esforço e recuperação da fadiga pós-sessão fisioterapêutica em pacientes com paraparesia espástica tropical
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v21i6.4022Palavras-chave:
infecções por HTLV-I, paraparesia espástica tropical, fadiga, exercícioResumo
Introdução: Vírus Linfotrópico de Células T Humana do Tipo-1 (HTLV-1) é um retrovírus que afeta os linfócitos T humano e desencadeia inflamação na medula, levando à paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (PET/MAH) com prejuízos funcionais. Tais disfunções podem influenciar nos efeitos da fisioterapia, gerando diferentes níveis de fadiga. Objetivo: Avaliar a percepção subjetiva de esforço e de recuperação de indivíduos com PET/MAH após sessão única de fisioterapia. Material e métodos: Incluíram-se 12 participantes sintomáticos para PET/MAH, de ambos os sexos, que foram submetidos uma vez ao protocolo fisioterapêutico. Os instrumentos avaliativos foram: Escala Modificada de Borg, Escala de Percepção Subjetiva de Recuperação (1º, 5º e 10º minuto após a sessão) e Escala de Incapacidade Neurológica do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas – 2 (EIPEC). Resultados: Encontrou-se correlação moderada entre idade e taxa de percepção subjetiva de recuperação ao 1º (r = - 0,4923) e 5º (r = - 0,4913) minuto e entre índice do EIPEC-2 e taxa de percepção subjetiva de recuperação ao 1º (r = 0,3592) e 5º (r = - 0,3772) minuto. Conclusão: Indivíduos deste estudo com maior idade e grau de incapacidade neurológica têm menor percepção subjetiva de recuperação.
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