A inserção e a atuação dos fisioterapeutas concursados da rede municipal de Santa Maria/RS
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v14i4.407Resumo
No decorrer da história ocorreram evoluções do conceito de saúde, levando a revisão das estratégias dos sistemas de saúde e atuação dos profissionais, entre eles o fisioterapeuta. O objetivo desta pesquisa foi investigar a inserção e a atuação dos fisioterapeutas concursados que atuam no SUS em Santa Maria (RS). De caráter quantitativo e delineamento transversal, ocorreu com 16 fisioterapeutas do município, sendo excluídos os prestadores de serviços terceirizados. Destes, 9 (56,25%) trabalham pela Prefeitura Municipal e 7 (43,75%) na área hospitalar. Questionados sobre o tipo de atuação realizado no local de trabalho, 13 (81,25%) citaram reabilitação/cura de patologias ou agravos. Os pontos positivos do SUS mais descritos foram a rede de UBS, a diversidade de profissionais atuantes e gratuidade dos serviços. Em relação aos pontos frágeis as respostas mais reproduzidas foram o pouco número de profissionais atuantes no Sistema, a falta de organização da rede de saúde municipal, falta de infraestrutura e de incentivo para capacitações, além de poucas unidades de saúde/leitos. Percebeu-se que os fisioterapeutas concursados de Santa Maria atuam em diversos locais de abrangência do município, mas com forte predominância hospitalar. Ainda, o interesse em trabalhar no SUS mostrou-se pequeno, o que pode ser mudado com a formação dos novos egressos da profissão sob respaldo das Diretrizes Curriculares Brasileiras que, aliado a uma gestão forte e organização de rede de saúde satisfatória motivará o ingresso de novos profissionais na área de Saúde Pública.Â
Palavras-chave: serviços de saúde, fisioterapia, sistema único de saúde, área de atuação profissional.
Referências
Scliar M. História do conceito de saúde. Physis: Rev Saúde Coletiva 2007;17(1):29-41.
Buss PM, Pellegrini Filho A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Rev Saúde Coletiva 2007;17(1):77-93.
Brasil. Relatório Final da 8º Conferência Nacional de Saúde. BrasÃlia: SUS; 1986.
Weigelt LD. O SUS e os profissionais da saúde de nÃvel universitário da rede pública de Santa Cruz do Sul, RS: um estudo sobre recursos humanos no SUS, através das representações sociais. Série Conhecimento 6. Santa Cruz do Sul: Edunisc; 2001.
Ministério da Saúde. Secretaria de PolÃticas de Saúde: o desafio de construir e implementar polÃticas de saúde - relatório de gestão 2000-2002. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2002.
Brasil ACO, Brandão JAM, Silva MON, Gondim Filho VC. O papel do fisioterapeuta do programa saúde da famÃlia do municÃpio de Sobral-Ceará. Revista Brasileira Promoção Saúde 2005;18(1):3-6.
Lima NT, Gerscheman S, Edler FC, ed. Saúde e democracia: história e perspectivas do SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005.
Bispo Junior JP. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciênc Saúde Coletiva 2010;15(Supl 1):1627-36.
Rocha VM, Caldas MAJ, Araújo FRO, Ragasson CAP, Santos MLM, Batiston AP. As diretrizes curriculares e as mudanças na formação de profissionais fisioterapeutas. Fisioter Bras 2010;11(5):4-8.
Barros FBM. O fisioterapeuta na saúde da população: atuação transformadora. Série fisioterapia e sociedade. Rio de Janeiro: Fisiobrasil; 2002.
Neuwald MF, Alvarenga, LF. Fisioterapia e educação em saúde: investigando um serviço ambulatorial do SUS. Bol Saúde 2005;19(12):73-82.
Teixeira CF, Paim JS, Vilasbôas AL. SUS modelos assistenciais e vigilância da saúde. Inf. Epidemiol. SUS (IESUS) 1998;7(2):07-27.
Brasil. Ministério da Saúde. Situação da base de dados nacional - DATASUS. BrasÃlia: Ministério da Saúde; 2009.
Gasparetto A. A promoção da saúde na prática educacional de fisioterapeutas docentes dos cursos de fisioterapia do estado do Rio Grande do Sul, Brasil [Dissertação]. Rio Grande: Universidade Federal do Rio Grande; 2008. 132p.
Turato ER. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev Saúde Pública 2005;39(3):507-514.
Conselho Nacional de Saúde - CNS. Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. BrasÃlia: Conselho Nacional de Saúde; 1996.
Trelha CS, Gutierrez PR, Cunha ACV. Perfil demográfico dos fisioterapeutas da cidade de Londrina/PR. Salusvita 2003;22(2):247-56.
Chevan J, Chevan A. A statistical profile of physical therapists, 1980 and 1990. Phys Ther 1998;78(3):301-12.
Badaró AFV, Guilhem D. Perfil sociodemográfico e profissional de fisioterapeutas e origem das suas concepções sobre ética. Fisiter Mov 2011;24(3):445-54.
Delai KD, Wisniewski MSW. Inserção do fisioterapeuta no Programa Saúde da FamÃlia. Ciênc Saúde Coletiva 2011;16(Supl 1):1515-23.
Altamiranda EEF. Perfil do fisioterapeuta no estado de Santa Catarina [Dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2003. 91p.
Machado D, Carvalho M, Machado B, Pacheco F. A Formação Ética do Fisioterapeuta. Fisioter Mov 2007;20(3):101-5.
Silva DY, Da Ros MA. Inserção de profissionais de fisioterapia na equipe de saúde da famÃlia e Sistema Único de Saúde: desafios na formação. Ciênc Saúde Coletiva 2007;12(6):1673-81.
Carta de Vitória. Padrão mÃnimo de qualidade na formação do Fisioterapeuta; 2004.
Caldas MAJ. O processo de profissionalização do fisioterapeuta: o olhar em Juiz de Fora [Tese]. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social; 2006. 118p.
Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃsticas - IBGE. Cidades. Rio Grande do Sul; 2011.
Almeida ALJ. O lugar social do fisioterapeuta [Tese]. Presidente Prudente: Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia; 2008. 166p.
Schiwingel G. A fisioterapia na Saúde Pública – Um agir técnico, polÃtico e transformador. In: Barros FBM. O fisioterapeuta na saúde da população – atuação transformadora. Rio de Janeiro: Fisiobrasil; 2002.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia ocupacional - COFFITO. Lei no 8.856, de 1º de março de 1994.
Brasil. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES4, de 19 de Fevereiro de 2002 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia. BrasÃlia: Ministério da Educação; 2002.
Portes LH, Caldas MAJ, Paula LT, Freitas MS. Atuação do fisioterapeuta na Atenção Básica à Saúde: uma revisão da literatura brasileira. Rev Atenc Primária Saúde 2011;14(1):111-9.
Bispo Junior JP. Formação em fisioterapia no Brasil: reflexões sobre a expansão do ensino e os modelos de formação. História, Ciências, Saúde 2009;16(3):655-68.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.