Caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias em amostra brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33233/fb.v22i6.4919Palavras-chave:
distrofia muscular do cíngulo dos membros; doenças neuromusculares; disferlina; debilidade muscular; destreza motora; avaliação da deficiênciaResumo
Estudo de caracterização da força e da função muscular nas disferlinopatias para estabelecer biomarcadores de habilidades motoras com amostra de 40 pacientes, tendo sido avaliados força muscular (Medical Research Council - MRC), percentual de MRC, tempo de execução para deambular e escores nas Escalas de Vignos, Egen Klassifikation, Avaliação Funcional para Distrofia Muscular de Duchenne (FES-DMD) e North Star Ambulatory Assessment adaptada. Prevalência da disferlinopatia de 25,5% na amostra total de distrofias (1340), idade média de 36,5 anos, 52,5% do sexo masculino e 75% deambuladores. Músculos mais fracos: abdominal, glúteos, íliopsoas, isquiotibial, quadríceps femoral, tibial anterior e deltóide médio. Correlação forte entre MRC e tempo para deambular (r=0,77) e, muito forte da MRC distal de membros inferiores com aNSAA (r=0,90). Interação da MRC dos membros superiores e inferiores nos segmentos proximal e distal (p<0,001), sendo mais evidente em membros superiores que inferiores. Taxa variável de progressão da doença com 60% dos pacientes moderadamente ou gravemente afetados, com mais que 12 anos de doença. Estudo mostra que padrão de fraqueza muscular dos brasileiros com disferlinopatia é proximal e distal dos MMII, com comprometimento associado da região proximal dos MMSS, além de elucidar as habilidades motoras em relação ao processo de locomoção e disfunções cardiorrespiratórias.
Referências
Takahashi T, Aoki M, Suzuki N, Tateyama M, Yaginuma C, Sato H, et al. Clinical features and a mutation with late onset of limb girdle muscular dystrophy 2B. J Neurol Neurosur Ps 2013;84(4):433-40. doi: 10.1136/jnnp-2011-301339
Harris E, Bladen CL, Mayhew A, James M, Bettinson K, Moore U, et al. The clinical outcome study for dysferlinopathy: an international multicenter study. Neurol Genet 2016;2(4):e89. doi: 10.1212/NXG.0000000000000089
Manzur AY, Muntoni, F. Diagnosis and new treatments in muscular dystrophies. J NeurolNeurosur Ps 2009;80(7):706-14. doi: 10.1136/jnnp.2008.158329
Eulate FG, Querin G, Moore U, Behin A, Masingue M, Bassez G. Deep phenotyping of an international series of patients with late-onset dysferlinopathy. Eur J Neurol 2021;28(6):2092-102. doi: 10.1111/ene.14821
Nigro V, Savarese M. Genetic basis of limb-girdle muscular dystrophies: the 2014. Acta Myol [Internet]. 2014 [cited 2021 Dec 4];33(1):1-12. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4021627/
Diniz G, Eryaşar G, Türe S, Akçay A, Ortaç R, Tekgül H, et al. A regional panorama of dysferlinopathies. Turk Patoloji Derg 2012,28:259-65. doi: 10.5146/tjpath.2012.01133
Wicklund MP, Kissel JT. The limb-girdle muscular dystrophies. Neurol Clin 2014;32(3):729-49. doi: 10.1016/j.ncl.2014.04.005
Medical Research Council. Aids to the examination of the peripheral nervous system. Memorandum No. 45 (superseding War Memorandum No. 7) [Internet]. London: Her Majesty's Stationery Office. 63p.1976. [cited 2021 Dec 4]. Available from: https://www.mrc.ac.uk/research/facilities-and-resources-for-researchers/mrc-scales/mrc-muscle-scale
Scott OM, Hyde SA, Goddard C, Dubowitz V. Quantitation of muscle function in children: a prospective study in Duchenne muscular dystrophy. Muscle Nerve 1982;5(4):291-301. doi: 10.1002/mus.880050405
Carvalho EV, Caromano FA. Criação e análise de confiabilidade de escala de avaliação funcional da marcha para crianças com distrofia muscular de Duchenne [Dissertation] [Internet]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2013. Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-10122013-121610/pt-br.php
Gardner-Medwin D, Walton JN. Disorders of voluntary muscle. Edinburg: Churchill Livingstone; 1974; p.517-60.
Martinez JA, Brunherotti MA, de Assis MR, Sobreira CF. Validation of the EK functional motor scale in the Portuguese language. Rev Assoc Med Bras (1992) 2006;52(5):347-51. doi: 10.1590/S0104-42302006000500024
Scott E, Eagle M, Maythew A, Freeman J, Main M, Sheehan J, et al. North Star Clinical Network for Paediatric Neuromuscular Disease. Development of a functional assessment scale for ambulatory boys with Duchenne muscular dystrophy. Physiother Res Int 2012;17(2):101-9. doi: 10.1002/pri.520
Nalini A, Gayathri N. Dysferlinopathy: a clinical and histopathological study of 28 patients from India. Neurol India 2008;56(3):379-85; discussion 386-7. doi: 10.4103/0028-3886.40964
Vainzof M, Anderson LV, McNally EM, Davis DB, Faulkner G, Valle G, et al. Dysferlin protein analysis in limb-girdle muscular dystrophies. J Mol Neurosci 2001;17(1):71-80. doi: 10.1385/JMN:17:1:71
Rosales XQ, Gastier-Foster JM, Lewis S, Vinod M, Thrush DL, Astbury C, et al. Novel 21. doi: 10.1002/mus.21650
Zhao Z, Hu J, Sakiyama Y, Okamoto Y, Higuchi I, Li N, et al. DYSF mutation analysis in a group of Chinese patients with dysferlinopathy. Clin Neurol Neurosurg 2013;115(8):1234-7. doi: 10.1016/j.clineuro.2012.11.010
Gómez-Díaz B, Rosas-Vargas H, Roque-Ramírez B, Meza-Espinoza P, Ruano-Calderón LA, Fernández-Valverde F, et al. Immunodetection analysis of muscular dystrophies in Mexico. Muscle Nerve 2012;45:338-45. doi: 10.1002/mus.22314
Shin HY, Jang H, Han JH, Park HJ, Lee JH, Kim SW, et al. Targeted next-generation sequencing for the genetic diagnosis of Dysferlinopathy. Neuromuscular Disord 2015;25(6):502-10. doi: 10.1016/j.nmd.2015.03.006
Mahjneh I, Marconi G, Bushby K, Anderson LVB, Tolvanen-Mahjneh H, Somer H. Dysferlinopathy (LGMD2B): a 23-year follow-up study of 10 patients homozygous for the same frameshifting dysferlin mutations. Neuromuscular Disord 2001;11(1):20-6. doi: 10.1016/S0960-8966(00)00157-7
Linssen WH, Voogt WG, Krahn M, Bernard R, Levy N, Wokke JH, et al. Long-term follow-up study on patients with Miyoshi phenotype of distal muscular dystrophy. Eur J Neurol 2013;20(6):968-74. doi: 10.1111/ene.12129
Klinge L, Aboumousa A, Eagle M, Hudson J, Sarkozy A, Vita G, et al. New aspects on patients affected by dysferlin deficient muscular dystrophy. J Neurol Neurosur Ps 2010;81(9):946-53. doi: 10.1136/jnnp.2009.178038
Nguyen K, Bassez G, Krahn M, Bernard R, Laforêt P, Labelle V, et al. Phenotypic study in 40 patients with dysferlin gene mutations: high frequency of atypical phenotypes. Arch Neurol 2007;64(8):1176-82. doi: 10.1001/archneur.64.8.1176
Illa I, Serrano-Munuera C, Gallardo E, Lasa A, Rojas-García R, Palmer J, et al. Distal anterior compartment myopathy: a dysferlin mutation causing a new muscular dystrophy phenotype. Ann Neurol 2001;49(1):130-4. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11198284/
Horlings CGC, Küng UM, van Engelen BGM, Voermans NC, Hengstman GJ, van Der Kooi AJ, et al. Balance control in patients with distal versus proximal muscle weakness. Neuroscience 2009;164(4):1876–86. doi: 10.1016/j.neuroscience.2009.09.063
Guglieri M, Magri F, D’Angelo MG, Prelle A, Morandi L, Rodolico C, et al. Clinical, molecular, and protein correlations in a large sample of genetically diagnosed Italian limb girdle muscular dystrophy patients. Hum Mutat 2008;29:258-66. doi: 10.1002/humu.20642
Barthélémy F, Wein N, Krahn M, Lévy N, Bartoli M. Translational research and therapeutic perspectives in dysferlinopathies. Mol Med 2011;17(9-10):875-82. doi: 10.2119/molmed.2011.00084
Mahmood OA, Jiang XM. Limb-girdle muscular dystrophies: Where next after six decades from the first proposal (Review). Mol Med Rep 2014;9(5):1515-32. doi: 10.3892/mmr.2014.2048
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Isabela Pessa Anequini, Jéssica Marim de Lima, Silvana Amanda do Carmo, Juliana Aparecida Rhein Telles, Mariana Callil Voos, Fátima Aparecida Caromano
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.